OS SOFISTA E SÓCRATES OS SOFISTAS
Por: edsonall • 4/6/2015 • Seminário • 1.330 Palavras (6 Páginas) • 633 Visualizações
RESUMO
OS SOFISTA E SÓCRATES
OS SOFISTAS
O termo sofista que antes tinha um significado positivo (sábio) com o decorrer do tempo, na época de Sócrates, Platão e Aristóteles, passou a ter um sentido pejorativo, pois segundo estes filósofos o saber dos sofistas era aparente, não efetivo e professado não em busca da verdade, mas do dinheiro.
Com os Sofistas houve uma mudança no assunto a ser tratado pelos filósofos, passou-se da cosmologia, da natureza, da religiosidade para a o homem. Essa objetivação prática dos sofistas, tratar das questões da vida social do homem, fez emergir para o primeiro plano o compromisso pedagógico e o problema educacional, pois para eles a educação baseava-se na difusão do saber.
Diferente de seus predecessores, os sofistas exigiam dinheiro para ensinar, isso gerava uma reprovação por parte de outros filósofos. Porém essa conduta estava de acordo com o pensamento sofista, uma vez que para eles a virtude não estava na nobreza do sangue ou da nascença, mas no saber, na difusão do saber como pesquisa da verdade.
Os sofistas surgem num momento em quer ser um orador eficaz era a chave do poder e com o logos (retórica) viria todo o necessário para uma carreira política e judiciária de sucesso. As palavras tornaram-se, nesse momento, o elemento primordial para a definição do justo e do injusto, sendo assim a técnica argumentativa daria ao orador a possibilidade de superar qualquer obstáculo.
O relativismo, característica marcante dos sofistas, ficou evidente no pensamento de Protágoras: “o homem é a medida de todas as coisas”. Dessa proposição infere-se que o homem é a única norma de juízo ou critério sobre qualquer coisa, assim negava-se a existência de um critério absoluto que discrimina-se o ser e o não ser, o verdadeiro e o falso, como também negava-se a existência de valores morais absolutos. Pois cada homem tinha a sua própria percepção sobre determinado assunto, variando assim de indivíduo para indivíduo a resposta referente a situação em questão. Logo tudo era relativo para os sofistas. O relativismo do princípio homen-medida aprofunda-se no pensamento de que “em torno de cada coisa há dois raciocínios que se contrapõem através de razões que se anulam reciprocamente”.
A partir do relativismo só se podia definir a justiça ou a injustiça do caso diante da análise de sua situação concreta, de sua ocorrência efetiva, de sua apreciação imediata. Essa relativização da justiça originou-se do debate entre o prevalecimento das leis da natureza (phýsis) e o prevalecimento da lei convencionada pelos homens (arbitrária). Os sofistas em geral optaram pelo nómos que seria o responsável pela libertação humana dos laços da barbárie.
Os sofistas não formaram uma escola e apesar de não terem adotado uma linha única de pensamento, tinham em comum o homem como centro de seu estudo e a identidade entre os conceitos de legalidade e justiça de modo a favorecer o desenvolvimento de idéias que associavam à inconstância da lei a inconstância do justo.
SÓCRATES
O problema para se estudar Sócrates está no fato de ele não ter deixado nada escrito, pois considerava que a sua mensagem era transmissível pela palavra através do diálogo e da oralidade dialética. A fonte para se estudar Sócrates está nos escritos que seus alunos deixaram, que porém muitas vezes se contradizem. Isso nos leva a pensar o que desses escritos é realmente pensamento de Sócrates e o que é pensamento de seus alunos.
Sócrates rompeu com tendência de centralizar o estudo filosófico na cosmologia, que especulava a respeito da natureza, dos astros, das estrelas, da origem do universo e etc. Essa atitude fez dele referência na filosofia grega, exatamente pela ruptura com a tradição precedente e com os ensinos predominantes de seu tempo. Como os sofistas Sócrates concentrou-se no homem, porém com estes era contrário no que se refere a cobrança de pagamentos pelos sofistas para ensinar os que a eles recorriam em busca do saber.
O pensamento socrático é profundamente ético, pois ética significa conhecimento e o ensinamento ético de Sócrates reside no conhecimento e na felicidade, pois ao praticar o mal, crê-se praticar algo que leve à felicidade, e, normalmente, esse juízo é falseado por impressões e aparências puramente externas. Para saber julgar acerca do bem e do mal, é necessário
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