Obras de Platão Discorrendo sobre Sócrates
Por: paulorsx • 14/3/2016 • Trabalho acadêmico • 865 Palavras (4 Páginas) • 257 Visualizações
Apologia de Sócrates
Apologia (defesa) de Sócrates é uma obra escrita pelo filósofo Platão, é uma das primeiras descrições dos relatos de Sócrates em meio ao julgamento, onde este mostra sua versão da defesa feita, o qual foi acusado de não aceitar os deuses que eram reconhecidos pelo estado e de corromper os jovens.
Para Platão, o mestre havia sido vítima da influência do discurso político, que foi contra o raciocínio filosófico, o qual para o filósofo este sempre se colocava a frente daquele, onde regia o seu caminho.
Resumo:
A obra está sob a forma de diálogo, acusação por Meleto, acompanhado de Ânito e Lícon. Meleto é o único na obra a falar durante a defesa de Sócrates, caindo em contradição sobre a natureza da acusação feita ao filósofo, afirmando num momento que este pregava o ateísmo, e em outro, que acreditava em semideuses. Ao longo da obra, Sócrates logicamente se concentra em uma argumentação contrária a seus adversários, que em alguns momentos se torna pessoal. O filósofo responde a seus adversários por refutação, tentando invalidar as teses opostas à sua. Ele ainda irá retroceder ao passado para reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de esvaziar a acusação.
A conclusão do filósofo foi a de que ele não havia cometido nenhum crime diferentemente dos juízes que julgaram procedente a ação para condenar Sócrates à pena de morte.
Sócrates, porém, permanece fiel às suas convicções e não admite renunciar ao que ensinou.
Diálogos Socráticos
Entre suas obras, a um ramo chamado diálogos Socráticos, que aparecem muito em suas primeiras obras, onde apresentam as discussões de Sócrates com outros cidadãos gregos, onde debatia suas ideias filosóficas. Esses diálogos são praticamente a única base que explica o método de Sócrates de inquirição, pois Sócrates não deixou nenhum texto escrito.
Seus diálogos são divididos em três fases. A primeira fase é representada com Platão tentando comunicar a filosofia de Sócrates. Muitos dos diálogos tem a mesma forma. Sócrates encontra alguém que diz que sabe muito. Sócrates se diz ignorante a procura de conhecimento e faz várias perguntas, mostrando que aquele que se dizia mestre no assunto realmente não sabe nada.
Os diálogos da segunda e terceira fase relatam as próprias idéias de Platão, por mais que ele continue a utilizar Sócrates como personagem em seus diálogos.
O Banquete e Fedro
O Banquete não pode ser considerado um diálogo, sendo mais um duelo no qual os participantes realizam o melhor discurso sobre a amizade.
No texto depois de tantas exposições sobre Eros, Sócrates o caracteriza como um resumo das aspirações humanas ao bem.
Fedro é mais um texto filosófico de Platão. Na obra, Fedro é um dos personagens principais do diálogo, que ao lado de Sócrates, falam do amor como uma metáfora para o debate sobre o uso correto da retórica, envolvendo também temas como alma, loucura, inspiração divina...
O primeiro discurso de Sócrates reflete sua certeza de que o amor ao prazer carnal e as opiniões desse mundo são nocivos. O segundo discurso do filósofo fala sobre o amor divino e bens espirituais, aqueles que ele crê que os homens devam buscar.
Resumo:
O Banquete
No Banquete, Apolodoro e seu companheiro, cujo nome não é revelado estão indo de casa, em Falero, para a cidade quando são interrompidos por Glauco, que queria informações a respeito da conversa de Agatão com Sócrates, Alcibíades e outros, no banquete em que proferiram vários discursos sobre o amor. Aristodemo, testemunha dos discursos, contou o que ali se passara para Apolodoro e esse, se empenha em relatar os fatos na presença do seu Companheiro e de Glauco. O que se passou na casa de Agatão é então relatado por Apolodoro. Sócrates chega por último, quando o banquete já estava pelo meio. Depois de tantas exposições a respeito de Eros no Banquete, começando por Fedro, depois Pausânias, Erixímaco, Aristófanes e Agatão, Sócrates bem o caracteriza, como compêndio da aspiração humana ao bem. A amizade, ou amor, representados pelo deus Eros não é o próprio belo e o próprio bem. Eros surge de duas oposições, a riqueza e a beleza, estando numa situação intermediária sem estar em qualquer oposto e extremo. A posição intermediária de Eros atribui-lhe movimento, sendo o mesmo movimento do homem em busca do bem supremo.
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