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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DIVERGÊNCIAS DA CIÊNCIA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA

Por:   •  20/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.403 Palavras (10 Páginas)  •  2.817 Visualizações

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DIVERGÊNCIAS DA CIÊNCIA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DIVERGÊNCIAS DA CIÊNCIA CLÁSSICA E CONTEMPORÂNEA

Yara Maia Alves

        

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Bases Epistemológicas da Ciência Moderna do curso de BC&T, turno noturno, da Universidade Federal do ABC ministrado pelo professor Alex Moura.


Sumário

Introdução                                                                                04

Desenvolvimento                                                                         05

Parte I – Ciência Clássica e Descartes                                                05

Parte II – Ciência Moderna – Adorno e Horkheimer                                07

Conclusão                                                                                 11

Referência Bibliográfica                                                                 12


Introdução

Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais características e diferenças entre a ciência Clássica e Contemporânea, a partir do que foi visto em sala, utilizando, pelo menos, dois filósofos apresentados pelo professor assim como suas obras.

Estando subdividido em duas partes, na primeira encontra-se as características da Ciência Moderna juntamente com o filósofo e matemático René Descartes, que teve um papel fundamental na ciência moderna, e na segunda parte encontra-se as principais características da Ciência Contemporânea assim como suas divergências com a Moderna e como outros dois filósofos estudados em aula, Adorno e Horkheimer estão inseridos no contexto.

        A metodologia utilizada para confecção deste trabalho foi a partir de notas de aula, pesquisa na internet, artigos científicos e obras dos autores citados que foram estudadas em sala.


  1. Ciência Clássica e Descartes

A ciência é uma forma de conhecimento que busca explicar e entender, em princípio, a realidade. Assim é que diferentes ramos, áreas ou disciplinas cientificas se debruçam sobre os mais diversos fenômenos convertendo-os em objeto de pesquisa científica. Na ciência clássica o raciocínio indutivo tem um grande papel. É a partir das observações particulares, que chegamos a uma teoria ou lei geral, além disto, é uma forma de pensamento que nos conduz à descoberta, pois permite formular novas conclusões a partir de algumas observações que podem ser suficientes para uma generalização. É um raciocínio que permite, através de experiências passadas, prever acontecimentos futuros. Esta ciência dará atenção especial à constituição do seu objeto e, sobretudo considerará a importância crucial do método.

Descartes foi o primeiro filósofo estudado em sala assim como suas três primeiras meditações. Ele tenta encontrar um conjunto de princípios fundamentais que podem ser considerados verdadeiros sem que haja qualquer dúvida: eu penso, logo existo. Ele constrói um sistema de conhecimento no qual descarta a percepção por não ser confiável, e usa a dedução.

Propõe um fundamento para o conhecimento, onde o princípio seja verdadeiro. É que será do método que dependerá, em última análise, a verdade ou a falsidade dos conhecimentos obtidos e, por conseguinte, o êxito ou o fracasso de todo o intento. E o próprio método tem de permitir distinguir o verdadeiro do falso.

René Descartes considerava o método matemático como o caminho mais seguro para se chegar ao conhecimento. Aplicando o raciocínio matemático aos problemas filosóficos, podemos alcançar a mesma certeza e clareza evidenciadas na geometria. As realizações cientificas dos tempos modernos tiveram origem na habilidosa sincronização dos métodos indutivo e dedutivo.

 Este método possui quatro regras:

  • Evidência: a premissa deve ser clara e distinta (não pode ser confusa ou obscura e deve se distinguir das outras);
  • Decompor (dividir até as partes mais simples);
  • Caminho contrário (ir do mais simples ao mais composto por uma dedução e a as partes devem se interligar – a parte seguinte deve estar ligada com a anterior);
  • Enumerar e revisar tudo o que foi visto antes.

Depois de seguidos estes passos, você chegará a parte mais simples que é tudo aquilo que não possa ser mais divisível nem mais decomposta. Em suma, quando sua dúvida puder acabar então chega-se na verdade.

É do método que dependerá o sucesso ou fracasso da tarefa que empreendemos, é do método que dependerá a verdade ou falsidade do conhecimento, e, por isso, o método tem de permitir distinguir o verdadeiro do falso.

Ele tenta chegar a um conjunto de princípios fundamentais que seriam verdadeiros sem qualquer sombra de dúvida: metodologia do ceticismo. Descartes chega apenas a um princípio: “os pensamentos existem, os pensamentos não podem ser separados de mim, portanto, eu existo”. “Até agora enganamo-nos porque confiamos nos sentidos, porque guiamos os nossos passos por processos duvidosos. Há, portanto, que desconfiar dos sentidos e dar uma oportunidade à razão como órgão da constituição do verdadeiro conhecimento. Há que inventar um novo método seguro que possibilite a obtenção de conhecimentos seguros, certos, verdadeiros e, porque verdadeiros, universais. Enfim, uma nova lógica a suportar uma nova física.”

Descartes foi considerado o fundador da filosofia moderna por ter incentivado os indivíduos a questionarem todas as crenças tradicionais e por ter proclamado a inviolável autonomia da mente, sua habilidade e direito de compreender a verdade. Suas declarações conscientizaram as pessoas de sua capacidade de entender o mundo através de suas próprias faculdades mentais.

Descartes constrói um sistema de conhecimento no qual descarta a percepção por não ser confiável, e usa a dedução Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. "Penso, cogito, logo existo". Não é um raciocínio (apesar do logo, do ergo), mas uma intuição, e mais sólida que a do matemático, pois é uma intuição metafísica, metamatemática. Ela trata não de um objeto, mas de um ser. Eu penso, Ego. O cogito de Descartes, portanto, não é, o idealismo, onde temos o sujeito pensante e suas ideias como o fundamento de todo conhecimento, mas a descoberta do domínio ontológico onde estes objetos que são as evidências matemáticas remetem a este ser que é meu pensamento.

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