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Paulo Freire: Sua Vida E Sua Obra

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Por:   •  22/10/2014  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  650 Visualizações

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FACULDADE JK

CURSO: PEDAGOGIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA

PAULO FREIRE: SUA VIDA E SUA OBRA

BRASÍLIA/DF

2014

Paulo Régis Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, em Recife (Pernambuco), estudou na Universidade Federal de Pernambuco, foi educador, filósofo e pedagogista (profissional versado em pedagogia da educação) e é considerado o patrono da educação brasileira. Paulo Freire influenciou a pedagogia crítica e foi um dos pensadores mais insignes na área da pedagogia em todo o mundo.

Freire nasceu em uma família de classe média, seu pai era capitão da polícia militar de Pernambuco, Joaquim Temístocles Freire, sua mãe Edeltrudes Neves Freire foi quem o alfabetizou, conta-se que ela o ensinou a escrever com pequenos galhos de árvores no quintal de casa. Paulo teve uma irmã, Stella, e dois irmãos, Armando e Temístocles. Seus irmãos tiveram que começar a trabalhar muito cedo para que pudessem ajudar a manter a casa e para que ele pudesse continuar estudando. Stella foi professora primária do estado de Pernambuco.

Na adolescência, Paulo desenvolveu grande interesse pela língua portuguesa. Aos 22 anos de idade, foi estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Logo após, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos. Formou-se em Direito em 1946, mas não exerceu tal profissão. Logo após, começou a ministrar aulas no Colégio Oswaldo Cruz em Recife.

Em 1947, entrou em contato com a alfabetização de adultos quando foi dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi. A partir daí começa a desenvolver a sua teoria de que na alfabetização do adulto deve-se levar em consideração a maneira como o homem vive em sociedade, à respectiva linguagem, sexualidade, trabalho, religião, culinária, vestuário, tudo que diga respeito a sua cultura; base da pedagogia crítica, tão analisada e que virou referencial para estudos em todo o mundo.

Por ser considerado um revolucionário, com base no seu novo método de ensino, Paulo Freire foi exilado em 1964 e passou 15 anos afastados do Brasil, passando por Chile e Suíça, onde continuou produzindo, inclusive sua principal obra A pedagogia do oprimido foi escrita neste período, especificamente em 1968, quando de sua estada no Chile. No Brasil, o livro somente foi publicado em 1974. Já foi traduzido para 47 idiomas e ainda é a maior referência de pedagogia revolucionária mundial.

Após a Lei da Anistia ser assinada em 1979, Paulo Freire retornou ao Brasil. Em 1989, assumiu o cargo de secretário municipal da educação em São Paulo, onde permaneceu até 1991. Neste tempo, implantou o MOVA (Movimento de Alfabetização) idealizado como um programa de apoio às salas comunitárias de EJA (Educação de Jovens e Adultos) que até hoje é utilizado por algumas prefeituras como modelo. Devido à repercussão do ótimo trabalho que realizou enquanto secretário, comandou vários projetos culturais na África e na América Latina.

Outro livro muito importante foi publicado em 1981, Ação cultural para a liberdade formula uma proposta de ensino que determina que o indivíduo deve envolver-se com sua história, incitá-lo é a melhor forma de que ele possa depreender disso o seu conhecimento e sua transformação. É o mesmo assunto abordado em Educação e mudança, onde afirma que “O homem deve ser o sujeito de sua própria educação. Não pode ser objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém.” (FREIRE, 2008, p.28).

A sua prática didática estava centrada na crença de que o indivíduo compreenderia o que foi estudado utilizando-se de uma prática dialética com a realidade, o indivíduo produziria sua própria educação, construindo um novo olhar em detrimento de seguir outro já antes utilizado, retirando-se de uma linha de costume inveterado. Tinha como alvo a escolarização, a formação da cidadania e da consciência política.

Paulo Freire desenvolveu a pedagogia da libertação, onde se percebia a relação com a teoria marxista, o que contribuiu fortemente para a alfabetização da classe operária, considerada submissa. Nessa teoria se prega à revolução dos “oprimidos” como forma de conscientização e de esclarecimento da massa.

O diálogo entre educando, educador, sociedade, política e suas corroborações sempre foi, para Paulo Freire, a melhor forma para um aprendizado legítimo, onde o educando pode ser autor de sua própria aprendizagem. O homem é um ser indissociável de sua cultura e por isso deve levá-la em consideração em qualquer área que pretenda desenvolver.

Um professor que esteja alienado do “mundo” de seu aluno, de sua linguagem, tente cercear suas preferências e curiosidades, desqualificá-lo ou mesmo minimizá-lo transpõe os pressupostos éticos da profissão, pois não há educação sem bagagem, sem interiorização; e é dever do professor reconhecer tal função em seu educando.

A visão de Paulo Freire vai muito além da alfabetização, trata-se de permitir ao homem tornar-se um cidadão completo, despertando nele o poder de crítica social, de consciência

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