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A Vida de Paulo Freire por si mesmo

Por:   •  3/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  4.180 Palavras (17 Páginas)  •  277 Visualizações

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RESUMO DA PRIMEIRA PARTE: Paulo Freire por si mesmo

De inicio o livro traz uma pequena e breve descrição sobre a vida pessoal de Paulo Freire, o qual conta que nasceu  em  19 de setembro de 1921, em Recife, estrada do encanamento, bairro casa amarela.  Ainda conta um pouco sobre seus pais, de onde eram, o que faziam, sua religião e suas capacidades intelectuais segundo seu ponto de vista.

Conta como aprenderá com seus pais a respeitar e dialogar com os outros a cerca de ideias e ideais diferentes.  Além de descrever sua escolha de realizar sua primeira comunhão. Cita que seu pai era homem justo e que lhe ensinará a fazer as coisas. Paulo Freire que  durante a crise de 29 foi obrigado com sua família a mudar-se para Jaboatão,  para poder morar devido a crise,  Cidade está onde viveria experiências que marcariam sua vida.

Relata que em Jaboatão perdeu seu pai, e experimentou de diversas situações, dentre elas a fome. Lá acontecerá sua conversão em homem, ainda menino. Jogou bola com os moleques das ruas e passou por muitas outras coisas.

Conta sobre sua vida acadêmica e como desenvolveu a mesma. Foi professor de português e se dedicou a profissão com gosto. Fala que devido a distância que não compreenderá, entre a vida e a mesma e o compromisso que ela exige, afastou-se da igreja, mas nunca de Deus. Mesmo se afastando conta que  voltou a ela através, sobretudo, das sempre lembradas leituras de Tristão de Atayde.

Por conta da sua grande vocação para ser pai de família, casa aos 23 anos. Sendo pai de cinco filhos, três mulheres e dois homens.

Foi a partir do casamento o qual teve a preocupação sistemática com os problemas educacionais. Estudava muito sobre educação, sociologia e filosofia, e ainda era aluno de direito.

Licenciado em Direito pela atual Universidade Federal de Pernambuco, deixou a profissão na primeira causa.

Trabalhou no departamento de serviço social, do tipo assistencial, onde repetiu seu dialogo com o povo, já sendo um homem. Fez as primeiras experiências que o conduziram mais tarde ao método que iniciou em 1961. Teve um lugar representativo no movimento de cultura do Recife.

Em 1964 seus esforços  para contribuir na educação foram detidos, e ele preso por cerca de 70 dias, sendo submetido a interrogatórios que na maioria queriam provar uma ignorância absoluta.  Sendo que na verdade queriam impedir que representasse algum perigo. Logo depois refugiou-se na Bolívia.

Chegou a ser comparado a Stalin, Hitler, Perón e Mussolini .

Contexto Histórico da Experiência

No Brasil

O livro relata o momento onde foram criadas algumas das formas de mobilização, momento este que era possível registrar numerosos procedimentos de natureza política, social e cultural de mobilização e de conscientização de massas, a partir da crescente participação popular por meio do voto. Ainda pode ver-se que outros movimentos se organizaram, tais como o dos estudantes e  o crescimento do sindicalismo rural.

O movimento de Paulo freire começou pela parte mais pobre do Brasil onde se tinha uma grande taxa de analfabetos, teve-se interesse depois da experiência adquirida  no Rio grande do Norte.

Depois de verem seus resultados, que apenas em 45 dias alfabetizou 300 trabalhadores, decidiu-se estender o projeto em nível nacional. Assim deu-se inicio a formação de coordenadores na maior parte das capitais dos estados brasileiros. Havia um plano que pretendia criar centros de cultura capazes de formar dois milhões de alunos no mesmo ano.

Iniciou-se o projeto de alfabetização que iria atingir primeiramente as zonas urbanas e logo após a rural.

Por Paulo Freire ser católico os grupos reacionários não gostavam da ideia de ele ser representante dos oprimidos, sendo que ele levava-os a duvidar de seus privilégios.

Assim preferiram acusar Paulo freire e atacar o movimento de democratização.

A formação da consciência era vista de forma perigosa pelos reacionários, que acusavam de forma de subversão.

Apesar do Movimento de Educação Popular, não ter sido completado, devido ao golpe de estado, viu-se que houve um grande e violento choque eleitoral em certos setores tradicionais. Com isso o conhecimento da cidadania politica foi crescendo.  Os grupos de direita não ocultavam seu desagrado com a ideia do crescimento do eleitorado.

Os projetos de Getúlio Vargas, sobre a participação eleitoral eram criticados, já que  não podiam voltar a cultura oligárquica de 1930, pelo menos deveriam conter a participação politica popular, e limitar com todas suas forças a mesma, e opondo-se ao direito de voto para os analfabetos. O medo pela perda do poder era grande.

A exclusão dos analfabetos era mais importante nas localidades mais pobres. A vitória de Miguel A. é um exemplo disto, visto que ganhou por maioria na capital e perdeu no interior, local onde a pequena burguesia comandava, por ser dona das maiores terras, este motivo é o mesmo pelo qual uma pessoa influente como Francisco Julião não era eleito, apesar de ter influência nacional.

O movimento de educação constituía em uma ameaça para a antiga situação. Visto que o plano de 1964 planejava aumentar o numero de eleitores.

Apesar do plano de ampliar a participação dos cidadãos, a ideia de dar simplesmente o direito de votar é insuficiente, visto que os indivíduos não tem senso critico formado para fazer as próprias escolhas. Então além do voto, devia haver uma preparação critica do ser, para que o mesmo pudesse escolher por si só.

Paulo freire não foi perseguido apenas por suas, mas, sobretudo, por querer fazer da libertação  do homem o seu sentido de ação.

Os indivíduos formados pelo movimento de educação eram mais exigentes e viam o quais promessas podiam continuar como apenas uma promessa e quais podia se concretizar.

Como os políticos populistas viam apenas quantidade e não a qualidade dos eleitores a se formar ofereceu-se um apoio muito escasso ao projeto.

Os educadores viam nas massas a capacidade e confiavam em sua liberdade, em seu poder de criação e de crítica. Já os políticos os viam apenas como votos, servindo apenas para serem manipulados no jogo eleitoral.

Embora seja verdade que é impossível aceitar a visão ingênua como o “fermento da revolução”, sem dúvida, seria conveniente considerar a possibilidade de uma educação que antecipe uma verdadeira política popular, para sugerir-lhe novos horizontes.

Contexto Histórico da Experiência

No Chile

O método de Paulo Freire é utilizado em todos os programas oficiais de alfabetização do Chile. O Chile é um país interessante porque se ele continuar com o programa, reduzirá a taxa de analfabetismos em pouco menos de seis anos.

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