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Psicologia Do Desenvolvimento

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Por:   •  5/3/2015  •  1.695 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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Psicologia do Desenvolvimento

Por desenvolvimento entende-se o conjunto de mudanças contínuas no ser humano ao longo da sua existência.

O conceito de desenvolvimento assim uma sequência de alterações graduais que levam a uma maior complexidade no interior de um sistema ou organismo. Na evolução por que passa cada indivíduo desenham-se estádios que seguem uma ordem praticamente imutável, mas o tempo de permanência em cada um deles varia conforme o indivíduo.

A psicologia do desenvolvimento tinha uma visão negativa da infância, encarando a criança como uma espécie de selvagem quase sem humanidade, incluindo-a na mesma categoria em que mantinham os primitivos e os deficientes mentais.

Teorias do desenvolvimento

Maturacionismo: Gesell encabeça a defesa do modelo maturacionista, acreditando que o desenvolvimento se deve fundamentalmente a processos internos de maturação do organismo. Segundo o maturacionismo, as diferenças observadas ao longo do desenvolvimento ocorreriam numa sequência geneticamente determinada, devendo muito pouco às influências ambientais externas.

Mecanicismo: Os psicólogos behavioristas são adeptos de um modelo mecanicista, segundo o qual o organismo humano reage passivamente às imposições do meio externo, que determinam as suas progressivas modificações. Resumidamente, podemos dizer que psicólogos como Watson e Skinner negligenciam qualquer interferência de fatores internos associados aos organismo, acreditam que as diferenças detectadas na evolução do indivíduo se devem exclusivamente às situações do meio.

Organicismo: Os psicólogos que defendem o modelo organiscista assumem uma perspectiva interaccionista, em que consideram que o desenvolvimento é um processo dinâmico em que factores maturacionais, genéticos e da experiência externa se combinam no decorrer dos diferentes estádios por que o indivíduo passa ao longo da vida.

• Piaget e o desenvolvimento cognitivo

Jean Piaget elaborou uma teoria do desenvolvimento a partir do estudo da inteligência da criança e do adolescente. A sua teoria permitiu que se acabasse com a concepção de que a adolescência da criança era semelhante à do adulto, existindo entre elas mera diferença quantitativa.

Segundo Piaget, a inteligência precede o pensamento, desenvolvendo-se por etapas progressivas que exigem processos de adaptação ao meio. Deste modo, o desenvolvimento pressupõe a maturação do organismo, bem como a influência do meio físico e social.

Para compreendermos a teoria de Piaget, é necessário termos em conta alguns conceitos:

1. em cada etapa de desenvolvimento estão presentes esquemas mentais, que formam uma estrutura quando coordenados entre si.Esquema

2. a inteligência é uma adaptação ao meio ambiente, feita através da assimilação e da acomodação.Adaptação

3. é o processo de integração dos dados daAssimilaçãoexperiência nas estruturas do sujeito.

4. é a modificação constante das estruturas do sujeito para se adaptar aos novos elementos provenientes do meio. Entre a assimilação e a acomodação desenrola-se a coordenação que permite que ocorra o desenvolvimento intelectual progressivo.Acomodação

5. o pensamento atua de forma organizada e de acordo com o meio, isto é, a adaptação ao meio conduz à organização do pensamento e o pensamento organizado estrutura melhor os objetos do meio.Organização

6. são fases ou etapas qualitativamente diferentes por que passa o desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento intelectual faz-se por etapas sucessivas em que as estruturas intelectuais se desenvolvem progressivamente. Cada novo estádio representa uma forma de equilíbrio cada vez maior, que permite uma adaptação mais adequada às circunstâncias.Estádios

Em todos os estádios existe uma interação entre o sujeito e o mundo, feita através da assimilação e da acomodação. Estes dois mecanismos possibilitam a construção das novas estruturas ou esquemas. Inicialmente são esquemas de ação que quando interiorizados se transformam em esquemas operatórios.

O desenvolvimento pode explicar-se através de diferentes fatores, como a hereditariedade, a maturação interna, que não atua sozinha e por isso é um fator insignificante. O segundo fator é a experiência física, a ação dos objetos. A lógica da criança em especial, advémdas ações exercidas sobre os objetos. O terceiro fator prende-se com a educação, que no entanto, por si só é insuficiente, sendo necessária a assimilação por parte da criança. O quarto fator é a equilibração, ou seja, o equilíbrio entre os três fatores anteriores.

O desenvolvimento da inteligência faz-se pelo intercâmbio constante entre a criança e o meio. Piaget distingue quatro estádios de desenvolvimento.

Período Sensório-Motor – (do nascimento aos 2 anos).

A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).

Período Simbólico – (dos 2 anos aos 4 anos).

Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, porexemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares

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