Psicologia Do Desenvolvimento E Da Aprendizagem
Trabalho Universitário: Psicologia Do Desenvolvimento E Da Aprendizagem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: regianeharbs • 1/6/2013 • 990 Palavras (4 Páginas) • 3.098 Visualizações
Podemos afirmar que o processo de aprendizagem é contínuo, ou seja, um caminho sem fim, o qual somos submetidos já nas nossas primeiras horas de vida até a nossa morte. Temos uma aprendizagem formal e sistematizada no ambiente escolar, mas não podemos desconsiderar também a aprendizagem casual que ocorre de forma espontânea pela convivência social, leituras, conversas, entre outras experiências.
Segundo Aquino (2007, p. 6), “Aprendizagem refere-se à aquisição cognitiva, física e emocional, e ao processamento de habilidades e conhecimento em diversas profundidades, ou seja, o quanto uma pessoa é capaz de compreender, manipular, aplicar e/ou comunicar esse conhecimento e essas habilidades”.
A aprendizagem contribui para a evolução e desenvolvimento do ser humano. Para Carmo (2010, p. 79), “Aprendizagem refere-se a modificação, e modificação remete a uma comparação entre dois estados: antes e depois; ou seja, é a comparação entre um estado ou condição anterior e um estado ou condição atual”.
Para entender e aprimorar a aprendizagem surgiram algumas teorias da aprendizagem. Segundo Arredondo e González (2010, p. 30), “Entendemos por teorias da aprendizagem as formulações, os enfoques e as proposições que tentam explicar como aprendemos”. As principais teorias da aprendizagem são associacionismo, quando a aprendizagem se dá com a associação entre acontecimentos, e o construtivismo, quando a aprendizagem se dá com a reorganização das informações, dos esquemas cognitivos e das formas de pensar.
Pelo modelo associacionista, a aprendizagem não deixa de ser uma reprodução do que já existe e o papel do aprendiz é quase estático. Não acredito que este modelo funcione em nossas escolas e universidades atualmente. Hoje vivemos a era do conhecimento, com ferramentas como a Internet que permitem o acesso às informações de qualquer assunto e de qualquer lugar do mundo. Os alunos não dependem apenas do conhecimento transmitido pelo professor, eles mesmos participam na construção do seu conhecimento.
Weisz e Sanchez (2009, p. 58) afirmam sobre o construtivismo: “De uma perspectiva construtivista, o conhecimento não é concebido como uma cópia do real, incorporado diretamente pelo sujeito: pressupõe uma atividade, por parte de quem aprende, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já existentes”. Arredondo e González (2010, p. 34) corroboram: “Considera que as estruturas do pensamento são construídas, pois nada é dado desde o início. As estruturas são construídas na interação entre as atividades do sujeito e as reações deste diante do objeto”.
Com a teoria construtivista, percebemos a importância de considerar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos em sua vida. Suas experiências contribuem para a construção de novos conhecimentos. “Para aprender alguma coisa é preciso já saber alguma coisa – diz o modelo construtivista. [...] O conhecimento não é gerado do nada, é uma permanente transformação a partir do conhecimento que já existe”. (WEISZ; SANCHEZ, 2009, p. 61)
Na minha opinião e visão de aprendizagem, cabe ao professor traduzir o conhecimento que possui em uma linguagem acessível para os seus alunos, através de exemplos e experiências já vivenciadas por estes. Dessa forma, os alunos aprendem de uma forma prática e formam os seus próprios conceitos, demonstrando entendimento do assunto.
A aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é copiar ou reproduzir a realidade. Para a concepção construtivista, aprendemos quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou conteúdo que pretendemos aprender. (COLL, 2009, p. 19)
Para que o aluno aprenda, o professor deve também motivá-lo a estudar o assunto, seja explicando a importância de conhecer aquela matéria ou então a trazendo para uma experiência prática. Por exemplo, ao explicar a propriedade de adição na matemática, um professor pode exemplificar o seu uso quando compramos duas mercadorias no mercado e somamos o preço para obter o total a pagar.
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