Quais são as limitações do modelo biomédico?
Por: Vanessa Goncalves Ferreira • 19/5/2019 • Trabalho acadêmico • 531 Palavras (3 Páginas) • 516 Visualizações
Portfólio
Prof. Ailton da silva Souza
Claretiano Centro Universitário
SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ-RO
Quais são as limitações do modelo biomédico?
Com os avanços e sofisticação da biomedicina foi sendo detectada sua impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para muitos problemas ou, sobretudo, para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham, em grau maior ou menor, qualquer doença. As críticas à prática médica habitual e o incremento na busca de estratégias terapêuticas estimulada pelos anseios de encontrar outras formas de lidar com a saúde e a doença no seu conjunto designadas como medicinas alternativas ou complementares constituem uma evidência dos reais limites da tecnologia médica. Em primeiro lugar, a doença é vista como um colapso no interior do corpo humano que diverge de seu modo de ser normal. A teoria do germe da doença, desenvolvida no final do século XIX, sustenta que há um agente específico identificável em cada doença.
A fim de restabelecer a saúde do corpo, a causa da doença precisa ser isolada e tratada em segundo lugar, à mente e o corpo podem ser tratados separadamente. O paciente representa um corpo doente uma patologia mais do que um todo individual. Há ênfase maior na cura da doença do que no bem-estar do indivíduo. O modelo biomédico sustenta que o corpo do doente pode ser manipulado, investigado e tratado isoladamente, sem considerar outros fatores. Os médicos especialistas adotam um olhar médico, uma abordagem discriminada ao examinar e tratar o paciente doente. O tratamento deve ser realizado de um modo neutro, livre de valorações, com informação coletada e compilada, em termos clínicos, dentro de um arquivo oficial do paciente. Em terceiro lugar, os médicos especialistas treinados são considerados os únicos especialistas no tratamento da doença. A profissão médica, enquanto corporação adere a um reconhecido código de ética e é constituída por indivíduos credenciados, que completaram com sucesso um longo treinamento. Não há lugar para curandeiros autodidatas ou para práticas médicas não científicas. O hospital representa um ambiente apropriado onde doenças graves são tratadas esses tratamentos muitas vezes contam com a combinação entre tecnologia, medicação ou cirurgia.
O que e o fenômeno da medicalização?
Medicalização surgiu no final da década de 1960 para se referir à crescente apropriação dos modos de vida do homem pela medicina, é de grande relevância nos estudos críticos do campo da sociologia da saúde. Apesar de se tratar de um termo descritivo para indicar algo que se tornou médico, a maioria dos autores o utilizou no contexto de crítica negativa ao excesso de medicalização através da denúncia da crescente influência da medicina em campos que até então não lhe pertenciam, criando conflitos acerca do estatuto médico, social, epistêmico ou ontológico de determinadas doenças e, portanto, da necessidade de controle e terapêutica das mesmas. De uma forma geral, os estudos da medicalização se direcionam para a análise
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