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RESENHA INTELECTUAIS ORGÂNICOS EM TEMPOS DE PÓS-MODERNIDADE

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Por:   •  17/2/2015  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  819 Visualizações

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RESENHA

INTELECTUAIS ORGÂNICOS EM TEMPOS DE PÓS-MODERNIDADE

O autor ressalta nesse texto a função dos intelectuais na sociedade pós-moderna. Destacando a figura do intelectual em Marx e o intelectual orgânico delineado por Gramsci. Esse novo intelectual vai surgir em 1845 na Europa quando ocorre a intensa atividade nas fabricas e a agitação política revolucionavam as relações sociais. Os intelectuais nesse momento não podiam se limitar mais ao mundo das ideias e das palavras, teriam que se envolver nas lutas operárias, que somente com esse envolvimento era que ia surgir o outro tipo de intelectual, o intelectual crítico, revolucionário e compromissado com o próprio grupo social.

Dentro desse contexto os intelectuais precisavam está sintonizados com as dinâmicas sociais, políticas e econômicas do seu tempo, e não podiam mais se esconder atrás da neutralidade cientifica e ficar alheios às contradições, tinham agora obrigatoriedade de se definir nos conflitos da história e tomar partido. Para Marx os intelectuais políticos tinham que se colocar de vitima do sistema, ele estava convencido de que as classes desapropriadas e os povos saqueados possuíam a inteligência para fazer avançar a história em direção à liberdade, e a sociabilidade universal romperia o ciclo da exploração e criaria um novo individuo social. Traçaria as estratégias políticas para a emancipação dos subjulgados. Gramsci opõe-se ao pensamento de Marx e rompe com o intelectual autônomo e independente. Ele recria a função dos intelectuais conectando-os as lutas políticas dos subalternos, ou seja, apresenta os intelectuais pertencentes a uma classe, a um grupo social vinculado a um determinado modo de produção. É com essa visão que Gramsci cria os intelectuais orgânicos, os intelectuais que fazem parte de um organismo vivo, aqueles que estão conectados ao mundo do trabalho, as organizações políticas e culturais, são esses intelectuais que são capazes de operar a conformação das massas no nível de produção material e cultural exigido pela classe do poder. E que os intelectuais tradicionais eram presos a uma formação socioeconômica superada, ficam apenas empalhados dentro de um mundo antiquado, alheios às questões centrais da própria história, eram incapazes de compreender o conjunto do sistema da produção e das lutas hegemônicas. Gramsci ainda ressalta que os intelectuais convencionais preocupam-se apenas com a centralização do poder, o universalismo abstrato com a coerção direta ou indireta. Já os intelectuais orgânicos preocupam-se com a democratização do poder, pela expansão dos direitos, pela eliminação da violência e do embuste.

Ele não descarta a possibilidade de que todos tem a capacidade de pensar de agir de elaborar conhecimentos, de ter um ponto de vista próprio, por isso é que ele diz que não existe atividade humana da qual se possa excluir alguma intervenção intelectual. Até no trabalho mais mecânico e alienado há sempre um componente reflexivo. Portanto, o exercício do intelectual tem função de coletividade, é dialético, o que justifica em Gramsci a formulação de um intelectual coletivo e de um filosofo democrático. Assim o grau de atividades entre os seus componentes é apenas quantitativo e não qualitativo, e nunca deve justificar hierarquias ou divisão de classes na sociedade. Gramsci aprofunda mais ainda essa inseparável relação dialética entre o intelectual e o mundo, entre a construção do conhecimento e a prática coletiva de ensino aprendizagem. Para

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