RESUMO E SÍNTESE CONCLUSIVA: O SENSÍVEL OLHAR PENSANTE SOBRE A GRÉCIA ANTIGA
Por: idaildo • 5/4/2018 • Resenha • 484 Palavras (2 Páginas) • 596 Visualizações
RESUMO E SÍNTESE CONCLUSIVA: O SENSÍVEL OLHAR PENSANTE SOBRE A GRÉCIA ANTIGA: A GÊNESE DO OCIDENTE, do livro: Superdotação: imagem reflexa de Narciso, de Silvio Carlos dos Santos.
Idaildo Souza da Silva
Podemos observar na contemporaneidade a presença da cultura helênica por meio do legado das ciências, ideias e conceitos que edificam este mundo, isto porque a Antiguidade Clássica trouxe para a cultura ocidental a reflexão humana, por meio de seus mitos, ritos e costumes. Dessa maneira, a cultura helênica se torna a gênese do ocidente, mas esse conhecimento trazido dos gregos, por aqui despegado do mundo das sensibilidades, é usado como ferramenta de controle, para dominar o outro, já que é esse o poder erguido no mundo recente.
Sem a reflexão e racionalidade que a Antiguidade Clássica nos propôs, seríamos meramente notórios de fé, por isso é importante o estudo sobre essa cultura, sobre nossa gênese, pois é claro o embate do ser humano para com ele mesmo nos mitos, e os mitos repercutem a busca do sentido da vida humana, uma significação, uma compreensão da nossa história por meio de um entendimento do mundo.
A civilização grega conseguiu desenvolver um arquétipo de entendimento científico enlaçado com o empírico revelado no cotidiano, e isso parece estranho na pós-modernidade, uma vez que não se enxerga os acontecimentos da natureza como divindades, mas somos uma sociedade narcísica e hedonista, e isso se revela nos mitos, por exemplo, o Mito de Narciso, pois o humano contemporâneo é inspirado no eu, no individualismo, na sua autoimagem.
O ser humano é criativo, e o exato momento de início dessa criação se dá quando este se nota inserido num mundo de significações, num mundo de cultura, e essa cultura o antecede, daí dá-se a (re) criação, pois para criar é importante que se entenda os símbolos e mitos que definem a bagagem deste ser, definem sua condição humana. É por meio da cultura que o ser humano acha possibilidade de se entender, de (re) criar, de ser, estar e agir. Os mitos asseguram essa bagagem, essa ponte ao mundo ocidental, e impõe uma relação espelhar na realização historiável do ser humano dentro das probabilidades de ser, pensar, sentir, agir e fazer no mundo.
O mito traz consigo a consciência entre a realidade e o padrão que a faz real e não fictícia, traz consigo o consciente coletivo. O arquétipo pós-moderno não é fixo na natureza, como eram os helenos, vivemos mais apressados e o que nos importa é somente o eu, e com essa diferença em mente podemos refletir, por meio dos mitos, nossa atual conjuntura humana, como somos, nos relacionamos, nos comunicamos, e assim, melhor compreendermos a nós mesmos e o nosso tempo líquido.
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