Racionalismo de Descartes
Por: João Pedro Andrade • 6/10/2016 • Trabalho acadêmico • 933 Palavras (4 Páginas) • 778 Visualizações
Escola Estadual João XXIII
FILOSOFIA MODERNA: de Galileu a Kant.
Ipatinga
2016
ANA PAULA DE OLIVEIRA FERREIRA
TRABALHO DE FILOSOFIA
Trabalho apresentado á disciplina Filosofia na E. E. João XXIII.
Professor Marcos Ferreira
Ipatinga
2016
SUMÁRIO
1. O RACIONALISMO DE DESCARTES E AS FALSAS OPNIÕES 04
2. A DÚVIDA PARA ENCONTRAR A VERDADE INDUBITÁVEL 05
2.1. AS FALSAS OPNIÕES NOS TEMPO ATUAIS06
3. CONCLUINDO 07
4. REFERÊNCIAS 08
1. O RACIONALISMO DE DESCARTES E AS FALSAS OPNIÕES
René Descartes novamente traz ao racionalismo uma abordagem do mundo sensível, buscando superar as opiniões contrárias e ilusórias em direção à verdade. – metodologia empregada pelo racionalismo socrático-platônico. Descartes, que vincula o erro ao sensível e às percepções, questiona-se sobre a existência de um critério de veracidade das coisas.
Com isso, a realização dessa pesquisa fez-se necessário para o aprofundamento da doutrina pregada pelo estudioso em questão e para a melhor compreensão da relevância do desenvolvimento do senso crítico em nossa sociedade atual.
De Meditação Primeira, contextualizaremos a indagação de Descartes, com a nossa realidade, em que cremos em fundamentos incertos, sem nem mesmo os conceber um exame crítico. Ora, mas então como poderíamos questionar nossas próprias crenças que fielmente insistimos em nunca duvidar?
Em esclarecimento disso, apresentaremos a forma na qual Descartes rejeitará como falso tudo aquilo que o cause dúvida, propondo que não aceitemos fundamentos dubitáveis como verdadeiro, que desde muito tempo termos recebido como verdadeiros. E mostraremos como o filósofo julga necessário tentar reconstruir-se de todas as opiniões duvidáveis, para que estabelecesse algo de firme e de constante nas ciências.
2. A DÚVIDA PARA ENCONTRAR A VERDADE INDUBITÁVEL
As percepções, como forma individual de se perceber as coisas pelas sensações, são fontes de confusões, obscuridades e ilusões. Partindo assim da racionalidade como atributo humano essencial, Descartes vincula o erro ao sensível e às percepções, em busca da verdade mais clara e exata. Inicialmente com o objetivo de encontrar um método para chegar a uma verdade inquestionável que fosse em si própria, a prova que superasse qualquer dúvida. Após, Descartes se vê mergulhado em dúvidas, e embora não fosse cético, considerava o ceticismo muito importante como forma de encontrar a verdade indubitável. Estabelece então, a própria dúvida como forma de então superar as opiniões ilusórias ou incertas em direção à luz.
Descartes percebendo que por muito tempo teve recebido falsas opiniões como verdadeiras e as dado crédito, admite então necessário coloca-las em dúvida e desfazer-se de todas estas, para assim encontrar a verdade indubitável, de forma que não era necessário que as provasse como falsas, e a menor dúvida seria motivo para que a as rejeitasse.
Ora, não será necessário, para alcançar esse desígnio, provar que todas elas são falsas, o que talvez nunca levasse a cabo; mas, uma vez que a razão já me persuade de que não devo menos cuidadosamente impedir-me de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis, do que às que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvida que eu nelas encontrar bastará para me levar a rejeitar todas. E, para isso, não é necessário que examine cada uma em particular, o que seria um trabalho infinito; mas, visto que a ruína dos alicerces carrega necessariamente consigo todo o resto do edifício, dedicar-me-ei inicialmente aos princípios sobre os quais todas as minhas antigas dúvidas estavam apoiadas. DESCARTES. Meditação Primeira, 1991. p. 167-168.
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