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Resenha Michael Fourkut

Por:   •  23/4/2021  •  Resenha  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  509 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

BACHARELADO EM BIBLIOTECONOMIA

Valdinei Souza de Oliveira

(Resenha) DETIENNE, Marcel. Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1988.

Manaus, 2021


Valdinei Souza de Oliveira

(Resenha) DETIENNE, Marcel. Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1988.

RESENHA: do livro “Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica” sob a orientação do Professor Pós Graduado em Antropologia da Amazônia José Dalvo Santiago da Cruz do Curso de Bacharelado em Biblioteconomia da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas, para obtenção parcial de nota na disciplina de Introdução à Filosofia.

Manaus, 2021

OLIVEIRA, Valdinei Souza. Resenha do livro “Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica” escrito por Marcel  Detienne e traduzido por Andréa Daher. Trabalho apresentado na Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas, como parte do requisito para a obtenção de nota na disciplina Introdução à Filosofia do curso de Biblioteconomia - Bacharelado, orientado pelo Professor Pós Graduado em Antropologia da Amazônia José Dalvo Santiago da Cruz – Manaus / AM, 2021.

RESUMO: O presente trabalho traz em seu teor um resenha do livro “Os Mestres da Verdade na Grécia Arcaica” escrito por Marcel Detienne e traduzido por Andréa Daher, mas concretamente dando ênfase às ideias essenciais do texto, sem aprofundamento, ou seja, com poucas palavras, no qual é dispensado tudo o que for secundário. A metodologia utilizada para sistematização e análise dos dados obtidos para esta produção textual foi a leitura da obra, buscando a reconstituição do todo decomposto pela análise, registrando apenas o que se considera essencial, registro esse feito usando as palavras textuais do autor, atento aos limites de uma resenha. A fundamentação teórica para a construção desta resenha teve como base o livro mencionado acima e seus autores.

Palavras-chave: resenha; filosofia antiga; Grécia arcaica.

SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 04 2 RESENHA: CAPÍTULO I – VERDADE E SOCIEDADE ................................................ 04

3 RESENHA: CAPÍTULO II – A MEMÓRIA DO POETA ................................................. 04

4 RESENHA: CAPÍTULO III – O ANCIÃO DO MAR …................................................... 05

5 RESENHA: CAPÍTULO IV – A AMBIGUIDADE DA PALAVRA ................................. 05

6 RESENHA: CAPÍTULO V – O PROCESSO DE LAICIZAÇÃO ..................................... 06

7 RESENHA: CAPÍTULO VI – A ESCOLHA: ALÉTHEIA OU APÁTE ........................... 07

8 RESENHA: CAPÍTULO VII – AMBIGUIDADE OU CONTRADIÇÃO ......................... 07

9 CONSIDERAÇÕES ……………………………………………….................................... 08

REFERÊNCIA ………………………………....…………………………..………………. 08

1. INTRODUÇÃO

Com uma linguagem moderada e conteúdo descritivo, o autor traz uma obra dividida em sete capítulos, a qual dá embasamento a esta resenha, caracteriza a discussão de como era dita a verdade durante a sociedade da Grécia arcaica do século VI. A obra traz diversas discussões e reflexões sobre como surgiu o pensamento filosófico, questionando a influência histórica com os discursos da época, com a origem do pensamento filosofico e sofistico, ressaltando a ligação entre o discurso dos primeiros filósofos com a Alétheia(verdade) e a indiferença dos sofistas frente a verdade, sendo eles os responsáveis por atribuir definitivamente a laicização da linguagem na história da filosofia.

2. RESENHA: CAPÍTULO I – VERDADE E SOCIEDADE

O autor inicia sua obra abordando o sentido da Alétheia(verdade) na Grécia arcaica, o que ela era antes do pensamento filosófico e como se construiu após esse pensamento, tal pensamento que teve um guinada no século VI quando a filosofia fez uma reflexão e descobriu seu objeto próprio de busca, em que consiste na desarticulação do pensamento mítico, assim construindo uma nova imagem da verdade. Detienne propõe explorar o significado pré racional de Alétheia através da pré-história do seu conceito.

3. RESENHA: CAPÍTULO II – A MEMÓRIA DO POETA

         Para detienne a Alétheia tem um sentido mágico-religioso ligado às musas, pois a palavra cantada estava associada à memória e o papel do poeta era de suma importância, pois era ele que veiculava através de seus cânticos os reflexos daquela sociedade, sendo dupla sua função, que consistia em celebrar os imortais e celebrar as façanhas dos homens corajosos. Detienne falava que "um homem vale o mesmo que seu lógos”(p.19). Ou seja, eram os aedos  através das musas que ditavam a honra daquele guerreiro ou não, se esses tais guerreiros seriam dignos de se perpetuar ou não na memória, e que Alétheia se oponha a Léthe que é definida como “O esquecimento dos homens”. Diferente da visão ocidental atual na qual vivemos, na qual a massa faz você ser lembrado, já que na Grécia arcaica esse papel era dos poetas, o poeta controla aquilo que é lembrado por isso de certa forma ele tem uma relação de instituir a verdade.

Devemos lembrar que a sociedade grega arcaica se utilizava da oralidade e consequentemente a memória era muito necessária para os aedos veiculassem suas verdades, mas não só os aedos e sim uma sociedade inteira passando de geração a geração seus conhecimentos guardados na memória através da oralidade, por esse motivo que Detienne definia os aedos como. “Funcionário da soberania ou louvador da nobreza guerreira, o poeta é sempre um ‘Mestre da Verdade’. Sua ‘Verdade’ é uma ‘Verdade’ fundamental, diferente da nossa concepção tradicional... A única oposição significativa de Alétheia é a Léthe. Nesse nível de pensamento, se o poeta está verdadeiramente inspirado, se seu verbo se funda sobre um dos de vidência, sua palavra tende a se identificar com a ‘Verdade’.” (p. 23).

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