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Resenha Shrek

Por:   •  20/7/2021  •  Resenha  •  436 Palavras (2 Páginas)  •  579 Visualizações

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shrek

Assim conhecemos a história do ogro do título, um ser temido por todos, não apenas pela feiura, mas também por ser

conhecido como do mal e comedor de criancinhas (quase um comunista, na melhor das alusões). Pois ele é o único que

tem coragem o suficiente para enfrentar um dragão e resgatar uma princesa adormecida. É claro que nem tudo é tão ao

pé da letra assim. Primeiro porque os motivos iniciais de Shrek não são nada nobres: ele quer se livrar dos personagens

de contos de fada que foram exilados em sua floresta por conta de uma determinação do maléfico Lorde Farquaad. Ele quer

apenas o sossego do exílio de volta. Mas quando recebe a ajuda do Burro (literalmente e também no sentido figurado) e

resgata a nem tão indefesa Fiona da também não tão maligna “dragoa”. Assim ele descobre novos amigos e, claro, o amor.

Tudo fora dos padrões românticos impostos pelo estúdio de animação mais famoso do mundo.

Esta é a chave do sucesso de Shrek e de suas sequências: o sarcasmo e a ironia a todo instante e que, ao mesmo tempo,

trazem seus personagens, por mais estranhos ou fora do comum que sejam, lado a lado do público. Eles se tornam humanizados

por, em suas personalidades, serem gente como a gente. Tem sonhos, desafios e tudo que se possa imaginar que possa remeter

à Disney, mas também são dúbios em suas intenções, como qualquer um do lado de cá da tela. A história fica melhor ainda

pelas gags divertidíssimas e pelo elenco de dubladores afiados que conta com Mike Myers, Cameron Diaz e, é claro,

Eddie Murphy. Sua composição do Burro é uma das mais engraçadas que já passaram pela história das animações, chegando

no mesmo nível do Gênio da Lampada de Robin Williams em Aladdin (1992) ou da tresloucada e desmemoriada Dory de

Ellen DeGeneres em Procurando Nemo (2003).

Ajuda também a trilha moderna que conta com Smash Mouth com a música tema, entre tantos outras bandas famosas do

início daquela década. Acima de tudo, um roteiro que pode até soar previsível muitas vezes no aspecto geral,

mas não deixa de lado uma bela conciliação entre humor e drama quando é necessário. E o final que mostra a beleza

de diferentes aspectos além do físico é muito mais relevante que qualquer rostinho bonito. Clichê? Com certeza. Mas

não esqueçamos que se trata em que o público-alvo, a princípio, são os pequenos. E eles se divertem, mas talvez não

tanto quanto os adultos que vão entender os diálogos repletos de duplo sentido e as referências que qualquer trintão

pesca de sua infância. Eis o legítimo significado

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