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Resumo Manoel Castell

Por:   •  26/9/2019  •  Resenha  •  2.464 Palavras (10 Páginas)  •  243 Visualizações

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As características de Manuel Castell

Prefácio

Num mundo turvado pela aflição econômica, cinismo politico, vazio cultural e desesperança pessoal, aquilo apenas aconteceu, subitamente ditaduras podiam ser derrubadas, pelas mãos desarmadas do povo, mesmo que essas mãos estivessem ensanguentadas pelo sacrifício dos que tombaram. A confiança é o que aglutina a sociedade, o mercado e as instituições, sem confiança não funciona.

Nesse contexto Manoel castell refere-se a queda de uma estrutura completa e complexa, de um país, que a partir desse momento são apenas indivíduos tentando se organizar e para terem uma forma de se comunicar, criam redes na internet no intuito de ficar fora do alcance do governo, que por sua vez, tenta controlar e monopolizar os canais de comunicação, as opiniões ganham força e logo começa os encontros, e os movimentos se espalham  num mundo ligado pela internet, caracterizado pela discursão rápida, imagens e ideias.

O autor ressalta que não foi a pobreza, crise econômica, falta de democracia os causadores das rebeliões, mas sim o cinismo e arrogância do poder, pois uniu aqueles que transformaram medo em indignação e esperança de uma humanidade melhor, foram cenários desses  movimentos, Europa, estados unidos e mundo árabe, Castell busca neste livro analisar nesses movimentos  formação,  dinâmica, valores e perspectivas de transformação social, com proposito de sugerir hipóteses, baseada na observação dos movimentos em rede, com a esperança de identificar os rumos da mudança social em nossa época.

Ele apresenta que os detentores do poder constroem as instituições seus valores e interesses,  o poder é exercido por meio de coerção (o monopólio da violência legitima ou não, controle estatal), pela construção de significado na mente das pessoas, por meio de mecanismos de manipulação simbólica, ele enfatiza que torturar corpos é menos eficaz do que moldar mentes. Castell ressalta que nos últimos anos a mudança fundamental no domínio da comunicação foi a AUTO COMUNICAÇÃO, USO DA INTERNET, REDES SEM FIO (WI-FI, ), agora é informação enviada de muitos para muitos isso é comunicação de massa e baseia-se em redes horizontais de comunicação, e a Auto comunicação baseia-se em redes horizontais de comunicação multidirecional, interativa e na internet e redes sem fio de massa fornece a plataforma tecnológica para a construção da autonomia do autor social, seja ele individual ou coletivo, em relação as instituições da sociedade, para que o mesmo possa expor sua indignação.

A sociedade conceitualizada por Manuel é multidimensional e organizada em torno de redes, programadas em cada domínio da atividade humana, tudo isso para influenciar a mente humana, pois são as redes de comunicação as fontes decisivas de construção do poder .

O autor classifica as redes como; redes de finanças, politicas, cultural, militar, criminosa, aplicação da ciência, essas redes não se misturam, em vez disso evoluem em estratégias de parcerias, tendo o Estado como rede padrão, para funcionamento adequado de todas as outras redes do poder. Castell ressalta que se temos o poder, existe também o contra poder, que são redes, horizontais capazes de produção de mensagens nos meios de comunicação de massa desenvolvendo redes autônomas de comunicação criando matérias primas de seu sofrimento, suas lagrimas, seus sonhos e esperança compartilhem suas experiências.

Essa troca de experiência pode acontecer não só no mundo virtual mas também no mundo real, em espaços públicos, podendo esses cidadãos serem pertencerem a mesma rede ou a redes diferentes, com as mesmas ideologias, ou nenhuma, mas estar lá por suas próprias razões, estes espaços públicos ocupados geralmente tem valor simbólico, então ao assumir e ocupar o espaço urbano, os cidadãos reivindicam suas própria cidade, pois o controle do espaço simboliza o controle da vida das pessoas.

Na visão de Castell temos que esses espaços dos movimentos sociais, são híbridos entre as redes sociais da internet e o espaço urbano ocupado conectando o ciber espaço  com o espaço urbano numa interação implacável e constituindo, tecnológica e culturalmente, comunidades instantâneas de praticas transformadoras, porém a questão fundamental desse novo espaço público, o espaço em rede situado entre os espaços digitais e urbanos é um espaço de comunicação autônoma, com isso o autor pergunta de onde vem os movimentos sociais e como são formados; os movimentos sociais vem da injustiça fundamental de todas as sociedades confrontadas pelas aspirações humanas de justiça, são motivados por; exploração econômica, pobreza, desesperança, desigualdade, injustiça, politica anti democrática, estado repressivo, judiciário injusto, racismo, xenofobia, negação cultural, censura, brutalidade policial, incitação a guerra, fanatismo religioso, descuido com planeta, desrespeito a liberdade, violação da privacidade, gerontocracia, intolerância, homofobia, e outras mazelas possíveis.

São formados no plano individual, os movimentos sociais são emocionais, com estratégias politicas, possuem uma liderança, e seu estopim acontece quando uma emoção se transforma em uma ação, porém esta emoção deve ser comum a todos do movimento, para que se consiga uma adesão maior ao movimento é importante que a cognição entre emissor e receptor da mensagem seja eficaz, para se considerar um movimento deve existir um processo de comunicação que propague os eventos e as emoções a eles associadas, para castell a ideia tem um papel fundamental no movimento, quanto mais ideias são geradas dentro do movimento, com base em experiências dos participantes, mais representativo, entusiástico  e esperançoso será ele. O autor enfatiza que a contribuição que ele pretende dar para o entendimento dos movimentos sociais em rede, é que agora não há mais líder, os movimentos são sem lideres e de múltiplas faces, só represento a mim mesmo, isto é apenas  minha reflexão sobre o que vi, ouvi e li,

Capitulo 6 Transformação do mundo na sociedade em rede.

Esses movimentos foram e continuam a ser as alavancas da mudança social, defendem também suas demandas, e no final podem até mudar um governante e até as regras que regem suas vidas, no outro lado, temos as manutenção da ordem social, e em jogo a estabilidade das instituições de poder, dispostas a reestabelecer a ordem pela força, mas os manifestantes convictos em seu proposito, são capazes de superar o medo e perigo  inerente a suas ações.

Castell apresenta o individuo que em tese, estar mais bem preparado para ser um ator coletivo em um movimento, é aquele que estar entusiasmado, conectado em rede e que superou o medo, transforma-se em um ator coletivo consciente, aliado a isso temos os movimentos iniciando na internet e em seguida ocuparem espaços públicos simbólicos, esse hibrido de cibernética e espaços urbanos, constitui um terceiro espaço que o autor chamou de espaço da autonomia. Com o advento das redes na internet, os movimentos tornaram-se simultaneamente locais e globais, pois está conectado com o mundo inteiro, isso proporciona o aprendizado com troca de experiências e se envolver em sua própria mobilização, permite também um debate continuo na internet e algumas vezes convocam a participação conjunta e simultânea em manifestações globais numa rede de espaços locais.

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