Resumo livro Fundamentos de Filosofia
Por: Sibele Caetano • 12/11/2017 • Resenha • 2.340 Palavras (10 Páginas) • 4.334 Visualizações
Resumo do livro Fundamentos de Filosofia
Capítulo 1 – nem rito nem senha
Não existe uma fórmula para tornar-se filósofo. Ritos de passagem, por exemplo, não marcam uma iniciação filosófica, pois isso induz ao indivíduo fórmulas e passos para que ele o siga. A filosofia, portanto, se inicia a partir de um próprio indivíduo, com suas idéias e experiências de vida, sendo assim, autêntica. Mas para tornar-se filósofo não é necessário apenas ter idéias, como também ter maturidade para observar, questionar, descobrir e ter pensamento crítico. Nesse caso, quem está em desenvolvimento não é, então, o mais autêntico filósofo pois a juventude é o período de descobertas e mudanças, e para chegar ao próximo nível, ou ainda, à maturidade, tem-se de ter esforço e através da retrospecção e da reflexão, é possível chegar à consciência. Não é preciso, apesar disso, evitar o momento juvenil, mesmo que lhe impeça de ter uma lúcida reflexão filosófica, que não tendo maturidade ainda, mergulha em depressão ao deparar-se com a realidade. Diante disso, a contribuição de um professor de filosofia é essencial para introduzi-lo ao pensamento filosófico, entretanto, nem sempre pode ser confiável.
Capítulo 2 – cuidado com o guru!
Ao longo da História houve grandes sábios e, até hoje, em costumes de certos países, como na Índia, a existência de um sábio é importante. O sábio, também conhecido como um guru, é como um mestre, que no qual muitos indivíduos o seguem e escutam seus conselhos e pensamentos. Com tantos sábios ao redor do mundo e em diferentes costumes, em um século tido como globalizado, nem sempre sabemos ao certo quem confiar. A reflexão sobre isso é filosófica, pois induz ao indivíduo o questionamento a si mesmo sobre qual o melhor caminho a ser seguido. Essa conscientização e a dúvida são grandes passos para fortalecer a criticidade. A dúvida e o questionamento, juntos, constroem um espírito crítico e são indispensáveis na conduta filosófica.
Capítulo 3 – Apenas o espírito crítico?
Incentivar a criticidade, ou seja, exercitar e praticar o pensamento crítico é essencial para ter uma orientação na vida, além de contribuir racionalmente para soluções boas para si e para a sociedade. Sendo assim, o espírito crítico é importante na transformação do meio. Nem sempre a solução é apenas exercitá-lo, é necessário educação e boa formação ao longo da vida. Aqueles que não tiveram acesso à ler e escrever, ou mesmo à informação, não tem, portanto, capacidade de discernir determinados atos. Assim, as pessoas que não tem essas duas condições, são parte de uma minoria, estão às margens da sociedade e lutam diariamente por sua sobrevivência. Esses indivíduos não têm tempo de pensar acerca dos problemas sociais, por exemplo, pois não teve oportunidade de desenvolver seu espírito critico. É possível exemplificar as civilizações antigas, onde havia um patriarca ou um deus que os quais comandavam toda uma população, e cada ser daquela sociedade se submetia a um ritual ou a um papel. É perceptível, então, que eles também não tiveram a oportunidade de aprendizagem e conhecimento de mundo, assim como atualmente com a população carente. Porém, hoje em dia, a maioria pode usufruir de educação, mas não necessariamente podemos nos considerar superiores às civilizações e povos da antiguidade, pois através deles podemos compreender nossa própria civilização. O bom senso é indispensável ao espírito crítico, pois assim não se envolve à crítica negativa. É importante ter uma razão para crítica, se não tornará inútil. A criticidade é intrínseca, mas não é um fator determinante da filosofia.
Capítulo 4 – palavra-valise?
Primeiramente, para estudar um assunto é preciso saber sobre o que se trata. A palavra filosofia é proferida em variados sentidos. Em suma, filosofia pode tomar a forma de concepção geral, ou de moderação. Os empregos dados a essa palavra não contribui de nenhuma forma para compreender o seu significado e remete apenas a banalidades. O termo “palavra-valise” significa fusão de duas palavras, sendo assim, a junção de “filo”, que significa amor, com “Sofia” ,sabedoria, e a completa definição da palavra é, literalmente, amor ao saber e ao bom senso.
Capítulo 5 – maiúscula ou minúscula?
Nesse capítulo, a analogia de monumento e filosofia faz-se pensar sobre a superficialidade de ambas. A tradição dessas referencias que faz serem o que é atualmente, pois a idéia feita acerca da palavra filosofia é de algo grandioso, que superou através dos tempos. Até então, a filosofia é citada no livro em minúscula, como forma de naturalizá-la, afinal, ela está presente no âmbito de estudo e de leitura sejam estudantes, professores ou apenas amadores.
Capítulo 6 – Um teste/ Capítulo 7 – Sócrates e Hípias entram em cena
Nos diálogos desenvolvidos em ambos capítulos é perceptível que a definição de beleza é variável e não há um consenso. O questionamento filosófico sobre o que é beleza e sobre o que é belo promove uma discussão acerca da nossa visão atual e um paralelo com Sócrates e Hípias. Sócrates tenta demonstrar ao Hípias que não existe uma idéia universal em relação a beleza e ao belo e sobre a dificuldade de caracterizar algo como essencialmente belo.
Capítulo 8 – difícil ou fácil?
Compreender uma certa idéia e apoderar-se dessa verdade, é realmente ver o que é coerente e assim é possível explicar muitas realidades. Nesse capítulo há uma relação ao Platão e o mundo das idéias. Compreender uma idéia e apoderar-se da verdade dela é ver o que é coerente e, dessa forma, contribuirá para a explicação de muitas realidades. Assim, quando se diz que viu algo, é porque se acredita ter apreendido e essa compreensão juntamente com outros permitirá que não se esteja perdido no mundo real. Essa visão advém da inteligência. O mundo das idéias, para Platão, é analago a um local a ser explorado que pode trazer a oportunidade conhecer novas coisas. Platão, portanto, diferentemente do ser humano atual, se deslumbra com as próprias idéias e admira a sua harmonia.
Capitulo 9 – a galeria dos espíritos nobres: alguns grandes sábios da antiguidade
No pensamento grego, Heráclito e Parmenides foram essenciais antes de Platão. Enquanto Heráclito era considerado orgulhoso, Parmenides era intimidante, o que faria Platão considera-lo como Pai, afinal, ele cria a filosofia proclamando a enigmática frase “o ser é e o não-ser não é”. No caso de Platão, ele é representado pela sua utilização de dialogo, pois, afinal, esse é o seu método. Aristóteles, aluno de Platão, também teve destaque em sua vida, e pode ser caracterizado como um ser tranqüilo e discreto. Ao longo do tempo, a história determinou muitos desvios, já que houve muitas rupturas e esquecimentos que fizeram esvair as fontes filosóficas gregas.
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