SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO CONGREGACIONAL COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO CRISTÃO
Por: Ruthe Souto • 15/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.067 Palavras (5 Páginas) • 178 Visualizações
SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO CONGREGACIONAL
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO CRISTÃO
RUTHE SOUTO DA SILVA
RELATÓRIO DE LEITURA
Campina Grande – PB
2018
Relatório de Leitura
Os puritanos eram um grupo de cristãos piedosos e cultos que prezavam pelos valores da família e a educação entre outras valores que causaram profundo impacto na sociedade e inspira cristãos até hoje através da literatura que estes produziram o do legado deixado pelo modo que viviam numa harmônica prática da ortodoxia e da piedade. Em seu livro “Santos no mundo”, Leland Ryken aborda os diversos aspectos da vida dos puritanas, e ele dedica o nono capítulo do livro para relatar o legado dos puritanos quanto a educação.
O capítulo é dividido em dez partes, respectivamente: os puritanos como defensores da educação, defesas puritanas do estudo contra o anti-intelectualismo, a aversão puritana à ignorância, o propósito cristão da educação, a centralidade da bíblia no currículo, a definição de Milton de educação cristã, o ideal das artes liberais, toda verdade é verdade de Deus, uma educação completa e generosa, e por fim um sumário onde ele sintetiza as ideias expostas no capítulo.
No primeiro ponto abordado por Ryken no capítulo 9 do seu livro, “os puritanos como defensores da educação”, ele destaca o zelo dos puritanos pela educação como aspecto mais marcante do movimento, ele relata que “na América, nenhum dos outros colonizadores de fala inglesa estabeleceu tão cedo a educação universitária após sua chegada quanto o fizeram os puritanos... Fundar escolas tornou-se a marca do puritanismo americano” (p. 222). O mesmo empenho em fundar escolas e universidades aconteceu na Inglaterra, segundo o autor, tornando os puritanos notáveis como empreendedores educacionais.
No ponto seguinte, “defesas puritanas do estudo contra o anti-intelectualismo”, o autor relata o empenho dos puritanos em defender a racionalidade e a educação por serem estes meios pelos quais Deus comunica a sua graça, ele afirma: “os puritanos maciçamente defendiam a causa do estudo e a faculdade da razão contra tais ataques à mente. Para eles, o zelo não era um substituto para o conhecimento” (p. 224). Semelhantemente no tópico subsequente, “a aversão puritana à ignorância”, o autor expõe a forte oposição demonstrada pelos puritanos ante a ignorância ou o desprezo pelo conhecimento especialmente em assuntos religiosos, mesmo estando cientes da dificuldade da questão com a qual lidavam, os puritanos consideravam a educação superior às riquezas, como cita o autor: “em dias de meios materiais relativamente modestos, muitos puritanos demonstraram pelas suas ações que valorizavam o estudo acima dos bens” (p. 226).
Em seguida, o autor discorre sobre “o propósito cristão da educação” sob a ótica puritana, que tinham a educação como meio para um fim religioso: “a força de sua teoria educacional era que sabiam para que era a educação. Seu objetivo primeiro era a nutrição e crescimento cristãos” (p. 227). Para tal se fazia necessário um currículo que tivesse a bíblia como fundamento, assunto abordado no quinto ponto abordado pelo autor: “a centralidade da bíblia no currículo”, onde ele relata que “dada esta concepção religiosa de educação, os puritanos naturalmente tornaram central no currículo o estudo da Bíblia e da doutrina cristã... O objetivo dos puritanos na sala de aula era medir todo o conhecimento humano pelo padrão da verdade bíblica” (p. 229).
Em “a definição de Milton de educação cristã”, sexto ponto exposto no capítulo, é exposta a visão do puritano John Milton a respeito da educação. Segundo Milton “o fim então do estudo é reparar as ruínas de nossos primeiros pais, recuperando o correto conhecimento de Deus, e a partir deste conhecimento amá-Lo, imitá-Lo, ser como Ele” (RYKEN apud MILTON; p. 230). O autor conclui este assunto refletindo sobre a contraposição que há entre os ideais puritanos de educação, tal como descrito por Milton, onde eles buscavam ser mais parecidos com Deus, e os valores da sociedade atual, que “está preocupada com habilidades comerciáveis” (p. 230).
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