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Segundo Capítulo da obra "O Discurso Do Método" do filósofo Descartes

Por:   •  11/7/2021  •  Dissertação  •  779 Palavras (4 Páginas)  •  174 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÍDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

EXERCÍCIO GERAL 1

EDGAR LIMA DOS SANTOS NETO

São Cristóvão - SE

2021

        No segundo capítulo da obra "O Discurso Do Método" do filósofo Descartes, o autor relata uma passagem de reflexão que o levou a desconstruir uma pensamento formulado ao longo de sua construção enquanto sujeito maleável pelo mundo. Nessa perspectiva, o autor elenca um rol de fundamentos que expressa ser necessário para direcionar o homem a distinguir o verdadeiro e o falso. Ou seja, seu objetivo é fabricar uma inédita ciência, baseada, precipuamente, na experimentação. Assim, o filósofo propõe a desnaturalização da filosofia e a reelaboração da mesma com sustentáculos bem embasados, fundamentados pelos seus métodos. Logo, visa seguir o método da dúvida, haja vista, segundo o autor, os sentidos enganam, e só a razão, sem influência exterior, pode contribuir com um grau de certeza, apesar de não ser uma verdade absoluta. Desta forma, é necessário não mais elaborar o conhecimento sobre velhas bases, mas duvidar de todo fato para encontramos um sentido segundo nossa razão.

        Nessa linha de intelecção, Descartes cria quatro ideias lógicas, quais sejam: a) "O primeiro era de nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse evidentemente como tal; ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida." b) "O segundo, dividir cada um das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas fosse possível e necessário para melhor resolvê-las." c) "O terceiro, conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer [...]" d) "fazer em tudo enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que eu tivesse certeza de nada omitis."(DESCARTES, ANO, P.) Observa-se, portanto, que o autor desenvolve todo um processo de indagação e reflexão a determinado fenômeno, sem que seja incorporado ao sujeito de forma dogmática, como uma verdade pronta e incontestável.

        Quanto o autor manifesta o primeiro preceito, dos quatros elencados anteriormente, ou seja, jamais acolher alguma coisa como verdadeira, evitando ao máximo a precipitação e a prevenção, sem antes passar pelo crivo da razão. Essa primeira premissa demonstra a necessidade de o sujeito, enquanto pensante, duvidar, indagar, não recepcionar o fato como verídico de imediato antes de refletir e pesquisar, pois é preciso caminha para a construção de suas ideias com base na razão e da lógica. Sua importância insurge na medida que permiti o sujeito não adotar fatos de imediatos como únicos e absolutos. O método, e a regra em questão, é a luz para a racionalidade e as imaginações decorrente dessa razão. É a porta para o homem sair da caverna, quer da intolerância, quer da alienação embutida em sua formação. Em um momento contemporâneo, de excesso de informações, em que a pós-verdade tornou-se palco de parâmetro e disseminação da chaga da fake News, duvidar torna-se um ato de resistência contra a manipulação de ideias e disciplinamento de "corpos dóceis", como defendia o filósofo Michel Foucault.

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