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SÓCRATES E OS SOFISTAS

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  950 Palavras (4 Páginas)  •  492 Visualizações

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SÓCRATES E OS SOFISTAS

        Em momentos de profundas mudanças gerando a estabilização da sociedade grega diante das premissas da necessidade em procurar  vislumbrar a filosofia como fator cultural de contextualização histórica e social, corroborando com o desenvolvimento das atividades comerciais, constituição de cidades-Estado onde o seu apogeu foi definitivamente a estruturação da sociedade ateniense destacando-se com a liderança da Liga de Delfos.

        Com a expansividade marítima e progressão comercial fatores cruciais para o enriquecimento progressivo, pontos principais para a criação de uma classe mercantil de vertiginosa ascensão e grande influência política onde estruturações políticas  foram reformuladas permeando entre Sólon e Clístenes chegando rapidamente ao governo em Péricles e Efiates, resultando nas primeiras ações democráticas  com a quebra de benesses a grupos oligárquicos prática dominante a sociedade naquele tempo.

        Surgimento de novo perfil social onde encontrava-se a necessidade da harmonização e conciliação das diferentes facções de diversos interesses sociais. Essa foi a germinação democrática, soluções de embates conflitantes através da consensualidade, leis igualitárias onde a sociedade não era mais passível de intervenção violentas, do abuso do poder, privilégios utilizados pela autoridades divinas  assim como tradições e costumes arcaicos não o bastante o terrorismo(aplicabilidade do terror, medo) como sustentabilidade do exercício do poder.

        As demandas eram resolvidas através do senso comum em assembléias populares onde todos obtém a igualdade de direitos a defesa de tese, contra tese e embasamentos justificativos concedidos a todos que solicitem interpelações a questionamentos.

A necessidade de embasar essas deliberadas discussões foi o fator crucial para o surgimento da filosofia, buscando sempre as respostas no aprofundamento reflexivo, fator crucial no discurso filosófico.

Tais mudanças sócio culturais não foram permeadas apenas na contextualização filosófica e sim em todas as áreas de abrangência da cultura, como podemos citar, no teatro as tragédias peças que apresentava características  de cunho quase religioso modificando-se o perfil para a notoriedade cívica exaltando algumas virtudes morais, creditando também o surgimento das ciências como a física, astronomia assim como a medicina. Surgindo também as artes do discurso, retórica e oratória como conseqüência da liberdade da oralidade, tornando-se um poderoso instrumento de defesa dos interesses direitos e convicções.

Com o frenesi compenetrado nas calorosas assembléias surge a necessidade do aprimoramento das técnicas de retórica e oratória assim como a conscientização política papel atribuído aos Sofistas.

Etimologicamente o termo sofista significa sábio, entretanto, com o passar do tempo ganhou sentido de farsante, impostor, devido as críticas de Platão.

Grande dificuldade na formação dos perfis conceituais dos sofistas  pois surgem de mendicantes fontes ou fragmentos proferidos pelos seus principais oposicionistas (Sócrates, Platão e Aristóteles) que usavam de pejorativa.

Conhecemos que os sofistas eram mestres viajantes que, por determinado preço, mercavam ensinamentos práticos político filosóficos considerando os interesses dos alunos  enfatizando a eloqüência e a sagacidade mental, facilidade na oratória e astúcia além de conhecimentos úteis para o sucesso público privado.

Lições baseadas no desenvolvimento do poder da argumentação, discursos primorosos na arte do convencimento derrubando as teses adversárias. Entre os que mais se destacaram foram  Protágoras de Abdera e Górgias de Leontinos considerados os mais importantes e influentes sofistas.

Podemos citar como importante e clássica fragmentação de  Protágoras a  obra de sua autoria sobre a verdade, a sua afirmativa de que “ O Homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são” onde podemos afirmar que tudo semelha ao homem, não somente ao ser humano mas todo indivíduo em particular. Relativismo impossibilitando o absolutismo da verdade.

Górgias foi além, radicalmente oposto a natureza e a seu estudo, grande orador e um dos principais mestres da retórica no seu tempo, afirma na fragmentação do seu famoso tratado Da natureza ou Do não ser “Nada existe que possa ser conhecido; se pudesse ser conhecido não poderia ser comunicado, se pudesse ser comunicado não poderia ser compreendido...” Enfatizava-se a importância ao Logos, entretanto, sempre o evidenciamos como enganoso, impostor.

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