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Teoria do Conhecimento

Por:   •  28/7/2016  •  Ensaio  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  218 Visualizações

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Universidade Federal de Juiz de Fora

Teoria do Conhecimento I

Professor: Luís Henrique Dreher

Aluna: Isabela Barros Ribeiro

Resumo:

No texto de Alberto Oliva, mais especificamente, das páginas de 20 a 30, há uma preocupação com as fontes do conhecimento no que diz respeito ao sujeito epistêmico e na relação sujeito/objeto, assim como a necessidade e a insuficiência da verdade e o desafio da justificação do conhecimento.

Introdução:

Um grande esforço dos filósofos ao longo de toda a história da filosofia ocidental, sobretudo, na Idade Moderna, foi discutir sobre a questão do conhecimento. Os filósofos da Antiguidade, principalmente Platão e Aristóteles, já se preocupavam com a fonte do conhecimento e sua verificação, embora suas problemáticas principais girassem em torno da ontologia, da metafísica,  mas foi com Descartes que a Teoria do Conhecimento se torna Filosofia Primeira.

De um lado, a corrente idealista fundada inicialmente por Platão, defende que a fonte de conhecimento é o sujeito. Essa corrente foi retomada posteriormente pelo racionalismo cartesiano. Neste caso, qualquer teoria filosófica compreende que o mundo material, objetivo, exterior só pode ser compreendido plenamente a partir de sua verdade espiritual, racional ou subjetiva.  Em contraponto, a corrente do realismo, iniciada por Aristóteles que dizia "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", e resgatada pelos empiristas das Ilhas Britânicas, como Locke e Hume elimina esse sujeito epistêmico e “encara o sujeito como uma folha de papel em branco na qual a experiência escreve seus caracteres.” (OLIVA, ?, P.21), ou seja, qual todo conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo, pelos sentidos, ou do mundo subjetivo, pela introspecção, sendo geralmente descartadas as verdades reveladas e transcendentes do misticismo, ou apriorísticas e inatas do racionalismo.

Kant, no século XVIII, vai responder essas duas correntes, que absolutizam cada uma uma fonte de conhecimento, com a primeira frase do seu livro “Critica da Razão Pura”:

Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, porque, com efeito, como haveria de exercitar-se a faculdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzem por si mesmos representações, e de outra parte, impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência? No tempo, pois, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela. Mas se é verdade que os conhecimentos derivam da experiência, alguns há, no entanto, que não têm essa origem exclusiva, pois poderemos admitir que o nosso conhecimento empírico seja um composto daquilo que recebemos das impressões e daquilo que a nossa faculdade cognoscitiva lhe adiciona (estimulada somente pelas impressões dos sentidos); aditamento que propriamente não distinguimos senão mediante uma longa prática que nos habilite a separar esses dois elementos. Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível um conhecimento independente da experiência e das impressões dos sentidos?” ¹[1]

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