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Teoria do Conhecimento na Contemporaneidade

Por:   •  16/4/2016  •  Resenha  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  1.960 Visualizações

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NESI, Maria Juliani. Questões da Teoria do Conhecimento na contemporaneidade, p. 138-145. In: PACHECO, Leandro Kingeski; NESI, Maria Juliani. Filosofia. 4 ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011, 234 p.                                                                                        

Descartes acreditava na razão como fonte única de conhecimento verdadeiro - racionalismo, assim, buscou construir um método assentado na Matemática. Hume, por outro lado, estava preocupado em frear a confiança na razão, defendia a ideia de que o conhecimento é adquirido através das experiências - empirismo. A seção aborda essas duas teorias como uma questão primordial para o conhecimento científico contemporâneo, lembrando do Positivismo como a corrente de pensamento que buscou sintetizá-las e estabelecer a Ciência como o único conhecimento universalmente válido. É inegável que a partir do século XIX o conhecimento científico tenha se consolidado e determinado significativamente a caminhada da humanidade. No entanto, desenvolveu-se junto com as descobertas científicas e as invenções tecnológicas a complexidade das questões do conhecimento. Os avanços científicos e o impacto deles na vida humana originaram uma série de indagações quanto aos procedimentos e à veracidade do conhecimento científco. Segundo a autora, muitos filósofos contemporâneos dedicam-se exclusivamente ao estudo do conhecimento científico, em outros casos, cientistas, refletindo sobre seu próprio trabalho, tornam-se teóricos do conhecimento.

Um dos exemplos é o contemporâneo Thomas Kuhn, o qual defende a ideia de que a Ciência não progride gradualmente de forma linear, mas através de saltos qualitativos provocados pelas mudanças de paradigma. Segundo ele, paradigma é um conjunto de princípios, postulados e metodologias que regem todas as pesquisas de uma determinada disciplina científica, representa uma matriz a partir da qual cada cientista, em suas especialidades, desenvolve suas pesquisas. Um paradigma também pode surgir de um conjunto de realizações concretas, incorporado pela tradição científica e tornado modelo para outras pesquisas. O período em que um paradigma é unanimemente aceito pela comunidade científica é denominado, por Kuhn, de ciência normal. Mesmo que no entendimento de um cientista ou de outro pairem desconfianças sobre o paradigma que rege suas pesquisas, raramente um deles suscitará um ponto de desacordo. Períodos de estabilidade são necessários para que seja possível estudar profundamente aspectos da realidade. No entanto, pode ser que no desenvolvimento da ciência normal comecem a aparecer incompatibilidades. Se essa situação estender-se ao âmbito de outras pesquisas, sem que os cientistas consigam encontrar soluções para os impasses, começa a nascer a suspeita de que o paradigma deve ser substituído, começa um período de crise. Muitas vezes tais incompatibilidades dão origem a descobertas que promovem o avanço científico, porém, sem que os paradigmas instituídos sejam alterados. Em condições de mudança de paradigma ocorre o que Kuhn chama de ciência revolucionária. Todos os cientistas que trabalham sob o o mesmo paradigma devem parar suas pesquisas e aguardar ou verificar em sua prática os indícios que o invalidem. É necessário um grande esforço para alterar um paradigma, pois exige a revisão dos conhecimentos aceitos como válidos e que foram produzidos sob a proteção do paradigma que está sendo substituído. Além disso, o novo paradigma sempre afronta, de alguma forma, a tradição e a autoridade de cientistas consagrados dentro da comunidade científica e defensores do velho paradigma.

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