Uma Ética a Nicômaco

Em Ética a Nicômaco, obra de Aristóteles, o filósofo afirma que cada pessoa possui uma formação de caráter individual, agindo com discernimento e sensatez, espontaneamente em momentos inesperados que nos causam novas reações. Agimos de acordo com a formação de nosso caráter, tomando decisões com o objetivo de alcançar a felicidade suprema.

Para Aristóteles, a razão de ser da política de forma ideal, é a ética de viver bem para si mesmo e fazer o bem para o outro. A ética do mesmo distingue o que é virtuoso do defeituoso a partir de certas virtudes para conquistar a felicidade, sendo uma delas a conduta política adequada, visando respeito às leis da sociedade justa.

No caso de Renan Calheiros, indiciado por três crimes: desvio de dinheiro público, falsidade ideológica e uso de documentos falsos para forjar uma renda falsa e justificar seus gastos pessoais, o mesmo agiu em benefício próprio, deixando evidente que sua excelência é maior que a honra, tendo-a como objetivo final da vida política.

Assim como nos escândalos de corrupção no governo, Renan Calheiros usou seus poderes e ações políticas de maneira errada, tendo em vista alcançar a felicidade. Quem busca o bem supremo, ou e felicidade, almeja a ética de viver bem consigo mesmo. Como o político não obedeceu às leis de uma sociedade justa e ignorou sua honra ao cometer ações indevidas, não poderá alcançar a felicidade suprema e nem fazer o bem para o próximo.

Podemos concluir que a ética está ligada às nossas ações, sendo guiadas por princípios para alcançar o bem supremo. Infelizmente, hoje, a maioria vive em função de si próprio ignorando as ações corretas. Deste modo, não importam seus feitos, se não houver ética, nunca alcançarão a felicidade absoluta.  

 

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