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Reflexão Arendt E Stuart Mill

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Por:   •  31/1/2014  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  594 Visualizações

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CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

Reflexão sobre Hannah Arendt

e John Stuart Mill

Docente: Dra. Telma Ruas

Discente: Cristina Santos

INTRODUÇÃO

Para se reflectir sobre estes dois grandes pensadores, é importante analisar as sua vivencias que deram lugar aos pensamentos que hoje conhecemos.

Propus-me fazer a reflexão sobre estes dois pensadores por achar que eram aqueles que mais se aproximam do que o homem comum de hoje procura, a felicidade.

Qual a verdadeira concepção da palavra? Será que significa o mesmo para ambos?

Ao estudar os dois pensadores, John Stuart Mill e Hannah Arendt, percebo que apesar de terem vivido em epocas distintas tinham ideias precisas sobre a felicidade.

Stuart Mill viveu numa epoca, que é vista como o periodo onde começa a haver na sociedade inglesa maior abertura para as liberdades pessoais e politicas. Dessa mesma abertura surgem movimentos feministas, no entanto é preciso deixar bem claro que o facto da sociedade vitoriana ser reformista não pode ser considerada revolucionária.

O movimento cartista de reforma social lutava pela expansão da participação política para a classe operária e durou da década de 1830 (com a publicação da Carta do Povo) até a sua última convenção em 1858. Dos diversos objectivos do movimento os mais significativos foram:

1- Um voto para cada homem (sufrágio universal masculino)

2- Voto secreto

3- Eleição anual

4- Distritos eleitorais com a mesma população, assegurando que os votos tenham a mesma representação

5- Remuneração dos parlamentares

6- Fim das restrições de renda para os parlamentares

A doutrina que Stuart Mill defendia era definida como “…doutrina que aceita a utilidade ou o principio da maior felicidade como fundamento da moral, sustenta que as acções estão certas na medida em que elas tendem a promover a felicidade e erradas quando tendem a produzir o contrário da felicidade.”

Este principio foi contestado por impedir a espontaneadade das acções, o que tem realmente importancia é a felicidade geral, ou seja, de todos.

Por exemplo, torna-se estranho quando queremos abraçar alguém, termos que pensar antes se esse abraço vai causar felicidade geral, quando o valor desse abraço está na espontaneadade

Stuart Mill, considerava que o voto devia ser extensível às mulheres, e condenava o facto das mulheres serem privadas de direitos e terem que estar submetidas aos “desejos” dos maridos (financeiros e sexuais), e de não ser possível o divórcio.

A sua ideia de casamento era baseada no companheirismo e na parceria entre duas pessoas e não uma relação patrão-empregada. Aqui temos que ter em conta o facto de Stuart Mill ter casado, com a única mulher que amou toda a vida, apaixonou-se por ela estando ainda casada e assim que a Sra. ficou viúva aproveitou a facto e casou com ela.

Quanto a Hannah Arendt, nascida e criada no seio de uma família judaica, cedo se começa a interessar por psicologia e filosofia e é precisamente na Universidade de Marburg que conhece Martin Heidegger professor de filosofia, simpatizante da causa Nazi, casado, dezassete anos mais velho do que ela e de quem se tornará amante.

Impedida pelo terceiro Reich de publicar a dissertação que lhe daria acesso a leccionar pela sua condição de judia, vive da caridade até que consegue fugir para Paris onde conhece e se torna amiga de Walter Benjamin critico e filosofo marxista e onde casa com o operário e "marxista crítico" Heinrich Blutcher. Durante este período negro da história da humanidade, ela continua a relação de amizade com Heidegger.

Acaba por deixar a Europa e parte em direcção aos Estados Unidos onde começa a trabalhar em diversas editoras e organizações judaicas, em 1963 é contratada para dar aulas na Universidade de Chicago e em 1967 quando se muda para Nova York passa a dar aulas na New School of Social Research onde fica até à sua morte em 1975.

Todo o seu trabalho filosófico enquanto investigadora envolve temas como a politica, a autoridade, o totalitarismo, a educação e a condição da mulher e a condição humana. Temas que lhe eram muito próximos e pessoais, uma vez que tinha sentido na pele o anti-semitismo exacerbado do terceiro Reich.

O seu pensamento é denso e abrangente, todas as suas reflexões são em busca da liberdade e da felicidade

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