Virtude Humor
Por: Leuzes • 8/12/2015 • Resenha • 805 Palavras (4 Páginas) • 591 Visualizações
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
Leonardo Luis Brunetto Begnini Relações Internacionais – 2A
História do Pensamento Filosófico Professor Wollmann
Virtude: HUMOR
O humor nos preserva da seriedade, e por tal motivo é considerado uma virtude, pois além de nos proporcionar prazer condena a seriedade e nos faz almejar pelo mesmo. Segundo Jankélévitch “a seriedade designa a situação intermediária de um homem equidistante entre desespero e futilidade”, com isso podemos perceber que a virtude designada opta pela resolução do que chamamos de “Polidez do Desespero”, sendo que a futilidade também pode ter um grande papel consequentemente.
Vian fala que é impolido dar importância a futilidade, sendo caracterizado como ridículo leva-la a sério. Com isso, torna-se perceptível que a falta de humor gera ausência de humildade, falta de lucidez e um exagerado senso de agressividade e severidade. Pode-se dizer que o excesso de seriedade é a carência de virtudes e leveza.
Deve-se notar que não se pode exagerar quando se trata de tal virtude, pois um canalha pode ser repleto de humor quanto um herói ter falta dele. O que se torna claro a respeito do humor é que ele não prova nada, pois se tentasse provar não continuaria a ser ele mesmo. Humor é uma virtude anexa, que caçoa da verdade, virtude engraçada e leve, que pode faltar a um homem de bem, de modo que atinja sua estima e moral dada para a importância da presença da virtude. Um santo sem humor é um triste santo, bem como um sábio sem a presença do mesmo em seu espírito.
Ressalta-se que isso não impede nossos compromissos e obrigações com a ele, bem como a condução de nossa própria existência, mas acaba nos impedindo de nos iludirmos ou da demasiada satisfação. Entre o desespero e a futilidade, em alguns momentos a virtude fica em um meio termo entre os dois extremos que evoluímos e vivemos. “Verdade do humor. A situação é desesperadora, mas não é grave. ”
O humor não está apenas a serviço da humildade, ele vale por si mesmo, transmutando a tristeza em alegria (bem como o ódio em amor ou em misericórdia, segundo Spinoza) e o desespero em alegria. Ele desarma a seriedade, bem como o desespero, o ressentimento, o fanatismo e até mesmo a ironia. Rir de si primeiro, com ausência de ódio, ou de tudo, desde que se faça parte disso e o aceite. A ironia diz não muitas vezes fingindo dizer sim; o humor diz sim, sim a tudo que o humorista enquanto indivíduo tem a incapacidade de aceitar.
A ironia é uma manifestação da avareza, sabendo apenas odiar, criticar e desprezar o humor ao contrário, é uma manifestação de generosidade. Segundo Dominique Noguez “O humor e a ironia repousam identicamente numa não coincidência entre a linguagem e a realidade, mas aqui sentida afetuosamente como uma saudação fraterna à coisa ou à pessoa designada, e ali, ao contrário, como a manifestação de uma oposição escandalizada, depreciativa ou carregada de ódio. Humor é amor; ironia é desprezo. ” Ou seja, não há humor sem um pouco de simpatia, na dor, no desamparo, na fragilidade e na angústia. Assim percebe-se que o humor tem a ver com o absurdo.
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