A BAHIA DIVERSA

Bahia Diversa

Não existe apenas um Brasil, existem diversos “brasis”, a riqueza de costumes, ritmos, danças, tradições, religiões, línguas e povos faz este país ser único. Seus estados são culturalmente muito ricos o estado da Bahia é um bom exemplo, cheio de povos de diferentes culturas e costumes. No litoral Sul habitam os Jangadeiros que tem esse nome por se utilizar de uma embarcação chamada jangada para se locomover e pescar. Ainda no litoral baiano vivem povos conhecidos como Pescadores Artesanais que fabricam suas próprias armadilhas e instrumentos de pesca, são responsáveis pela maior parte de peixe distribuída no estado, há os Marisqueiros que coletam mariscos nas praias e manguezais para ajudar na renda familiar, além dos Piaçaveiros que fabricam chapéus, bolsas e tapetes moldando a palha da Piaçava uma espécie abundante na Mata Atlântica.

No Norte e Sudoeste baiano vivem os Sertanejos, que tem como um dos seus principais símbolos os vaqueiros com suas vestes tradicionais de couro. Os Sertanejos possuem diversos ritmos musicais como o pagode sertanejo que não deve ser confundido com o conhecido pagode carioca, o sertanejo de raiz que fala a vida e costumes desse povo, há também muitas danças, festas e uma culinária rica.

Outro povo que caracteriza tanto o Nordeste brasileiro como o Norte baiano é o povo genericamente conhecido como Catingueiro por conta de viverem no bioma Caatinga, esse povo também tem uma cultura muito rica com danças como xaxado, forró, maxixe, xote, baião entre outras, sua renda é basicamente vinda da pecuária e agricultura familiar.

Quilombo é o nome dado no Brasil aos locais de refúgio dos escravos fugidos de engenhos e fazendas durante o período colonial e imperial. Nesses locais, os escravos passavam a viver em liberdade, criando novas relações sociais. Muitos quilombos existiram no Brasil e centenas deles ainda existem, formando o que hoje é chamado de comunidades quilombolas. Os Quilombolas são descendentes de africanos escravizados e vivem em terras ocupadas ou doadas, se mantem de extrativismo, pesca e agricultura.

De acordo com o historiador Stuart B. Schwartz, entre os séculos XVII, e XIX, há registros da existência de 35 quilombos na região da Bahia.