A Educação Ambiental
Por: camilinha_23 • 30/11/2019 • Resenha • 1.609 Palavras (7 Páginas) • 263 Visualizações
Resenha do artigo “Educação Ambiental: Ações Educativas em Espaços Não Formais”. Este artigo foi organizado pelos autores Bruno de Freitas, acadêmico do Curso de Geografia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal/ Universidade Federal de Uberlândia e também pela Maria Beatriz Junqueira Bernardes, professora do Curso de Geografia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal/ Universidade Federal de Uberlândia.
O artigo tem como objetivo promover uma discussão acerca das questões que permeiam a educação ambiental nos espaços de educação não formais. Isto porque, nestes locais além de ser possível desenvolver estas atividades educativas, é provável incentivar a tomada de atitudes mais responsáveis com o meio ambiente, por meio das atividades desenvolvidas com os atores sociais envolvidos neste processo, em espaços que transcendem os espaços formais de ensino. Neste sentido, o presente estudo se justifica em razão da constante preocupação da sociedade contemporânea em estabelecer um comprometimento como espaço em que habitam. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho está pautada em uma análise documental das principais leis brasileiras que legitimam a educação ambiental em espaços de educação formais e não formais e análises teóricas, por meio de autores que discutem questões relacionadas à educação em espaços de educação formais e não formais: Gadotti (2005); Gaspar (2002); Gohn (2006), Marandino (2009), bem como autores que discutem as possibilidades da utilização de espaços não formais de ensino relacionadas às ações de educação ambiental: Guimarães e Vasconcellos (2006); Jacobucci (2008), além disso, também foram feitas visitas empíricas em alguns dos principais espaços de educação não formais brasileiros apresentados no presente trabalho (museus, parques, espaços turísticos, cinemas, meios de comunicação de massa, shoppings centers, aeroportos e outros), bem como um breve levantamento das principais ações educativas que vem sendo praticadas nestes espaços.
O artigo é constituído por uma introdução onde os autores apresentam um breve discurso sobre o tema abordado, quatro capítulos que ilustram a problemática do artigo e o fechamento com as considerações finais da pesquisa.
Na introdução os autores abordam de forma pertinente a problemática do trabalho que consiste em averiguar se os espaços de educação não formal são capazes de fazer com que os atores sociais se constituam em sujeitos mais responsáveis com o meio ambiente, bem como à tomada de consciência que demonstre mudanças de atitudes no que diz respeito à própria problemática ambiental. Ou se, apenas os conteúdos científicos ensinados nos espaços de educação formal, em muitos casos são abstratos e distantes da realidade dos indivíduos.
O primeiro capítulo intitulado “Breve análise dos conceitos de espaços formais e espaços não formais de educação” – é abordado de forma precisa o histórico de surgimento dos conceitos de espaços formais e espaços não formais de educação, através da abordagem de alguns autores como, Gaspar, Gadotti, Jacobucci, Gohn entre outros. Além disso, os autores colocam de forma coerente as diferenças de perspectivas entre os conceitos de espaços formais e não formais de educação. O texto descreve o espaço formal sendo aquele onde o desenvolvimento se dá nos espaços escolares, de forma hierárquica e burocrática, além de ter como objetivo formar indivíduos como cidadãos críticos, capaz de desenvolver competências e habilidades variadas, por meio do estimulo ao desenvolvimento da criatividade, percepção e outros. Entretanto, para o desenvolvimento das atividades vinculadas à educação formal, é necessário que haja um local especifico tempo determinado, profissionais qualificados, organização curricular, sistematização das atividades entre outros. Por outro lado, a educação não formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática, na maioria das vezes as atividades na educação não formal acontece desvinculadas do espaço escolar, de horários ou currículos. Além disso, o processo ensino-aprendizagem ocorre de forma espontânea, contribuindo para a formação de um cidadão autônomo, crítico, reflexivo. Os autores também relatam a importância da educação ambiental interligada com esses processos educativos de educação formal e não formal.
No capítulo seguinte “Políticas Públicas legitimadoras da educação ambiental em espaços formais e não formais de ensino” – é exposta uma discussão acerca das políticas públicas voltadas para a educação ambiental. Dessa forma, o texto traz uma abordagem sobre algumas leis que são pertinentes para o estudo da educação ambiental em espaços educacionais sendo eles formais e não formais. Além disto, os autores também enfocam a importância dos espaços não formais de educação e, que eles podem ser divididos em duas categorias, sendo elas: os espaços institucionais, que são regulamentados e que possuem equipe técnica responsável para desenvolver as atividades realizadas, dentre eles, pode-se citar os museus, centros de ciências e de pesquisas, parques ecológicos, zoológicos, jardins botânicos, planetários, aquários, dentre outros. E os espaços não institucionais que em geral não dispõem de equipe técnica responsável para o desenvolvimento das atividades educativas, como, por exemplo, teatros, shoppings centers, parques, casas, ruas, praças, terrenos, cinemas, praias, cavernas, rios, lagos e outros. O texto ressalta também a importância das atividades de educação ambiental em ambos os espaços institucionais e não institucionais.
O terceiro capítulo dedica-se a “Ações de Educação ambiental em espaços de educação não formais institucionais – os autores evidenciam de forma pertinente como se dá as práticas de educação ambiental nestes ambientes. Dessa forma, eles apresentam algumas atividades de educação ambiental reconhecidas, que vem sendo desenvolvidas em espaços não formais institucionais de ensino, utilizando como exemplos algumas cidades brasileiras. Os autores destacam que os espaços de educação não formal vêm adotando ações de educação ambiental, de formas cada vez mais recorrentes. Alguns exemplos apontados pelos autores como espaços de educação não formais são o museu Náutico da Bahia, onde de acordo com os autores, é possível desenvolver ações de educação
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