A GEOGRAFIA SOCIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

ALUNA: ALANY DA SILVA OLIVEIRA

DAMIANI, Amélia Luisa. População e Geografia. 9. ed., 1ª reimpressão – São Paulo: Contexto, 2008.

RESUMO: População e Geografia

População e Geografia é um livro que foi escrito por Amélia Luisa Damiani, graduada em Geografia pela USP – Universidade de São Paulo, onde também obteve os títulos de Mestre e Doutora, ambos em Geografia Humana, atualmente é professora doutora nessa mesma instituição de ensino, sua experiência está focada principalmente na área da Geografia Urbana.

O livro está divido em quatro capítulos: 1. Introdução; 2. Concepções sobre população, onde discorre assuntos sobre a teoria de Malthus, Marx e a população, Malthusianismo, Neomalthusianismo contemporâneo, elementos da dinâmica populacional, mortalidade, natalidade, fecundidade, e migração; 3. A Geografia da população na Geografia clássica, juntamente com a diversidade de ocupação ou de povoamento da superfície terrestre, fatores da distribuição da população, a importância da demografia na análise geográfica da população, as migrações, superpopulação e superpopulação nos países subdesenvolvidos; e a 4. População e Geografia, abordando sobre população e homem, a produção do homem, o homem ao trabalho e a regulação de sua sexualidade, o caminho das diferenças, o crescimento demográfico e a homogeneização, as diferenças consentidas e as diferenças produzidas.

A busca pelo verdadeiro sentido de população passa inclusive pela ideia do quantitativismo que o termo representa, fazendo então que se tenha uma imagem superficial da realidade, superficial porque não deve-se apenas levar em consideração os números, mas o “qualitativismo”. As concepções sobre população, são feitas pela a autora com base nas reflexões de Malthus (a partir do século XVIII, visando esclarecer o seu entendimento no século XX), os neomalthusianos e Marx, juntamente com seus seguidores.

A teoria de Malthus sustenta que, a miséria é necessária, pois apesar da sociedade está fragmentada em classes dos menos favorecidos que eram os trabalhadores, e os mais favorecidos que eram os proprietários, a miséria não seria vista por esse ponto, e sim, por ser um fator positivo para o reequilíbrio desproporcional da propagação da raça humana, ou seja, o crescimento populacional, e seus pré-requisitos de subsistência. Pois com as dificuldades que os pobres passam, logo fica inviável sua reprodução, mas os cultivadores têm mais chances de desenvolver suas atividades, então dão oportunidades aos pobres, que logo voltam a se reproduzirem, desencadeando novamente, o que a autora chama de “movimento oscilatório”.

Já segundo Marx, os pobres além de serem desprovidos de recursos, ainda são incapazes de se apropriar dos meios de subsistência, o trabalhador então, depende sempre da imposição do empregador (capitalista), que pretende sempre mais lucro, e não pensa nas melhorias para os empregados. A população produz e reproduz, no ponto de vista da autora, distingue-se em população e superpopulação, que este não é relativo ao crescimento populacional, mas sim do progresso da produção social, e “como se desenvolve e reproduz o capital”. A superpopulação vai servir para a acumulação do capital, pois como haverá muita mão de obra, os salários vão ser reduzidos, e com o advento do maquinário será necessário pouca mão de obra masculina, e as poucas vagas obrigariam aos homens aceitarem todo tipo de exploração.

Sobre o malthusianismo e o neomalthusianismo contemporâneo, apesar do primeiro não ser seguido a risca, ainda é construída a ideia de que existe uma relação dos problemas econômicos com o crescimento populacional e os recursos vitais que um dado território proporciona, claro pensado como um fator positivo, o que na visão de Damiani, esse pensamento serviria a uma política interna reacionária e extremamente agressiva. Para autora o neomalthuasianismo é uma ideologia, mas não que signifique uma representação da realidade ilusória.

Os elementos da dinâmica populacional englobam alguns itens, como