Geografia Escolar: relações e representações da prática social
Por: SÁVIO LIMA • 29/3/2019 • Trabalho acadêmico • 829 Palavras (4 Páginas) • 383 Visualizações
Universidade Federal do Pará - UFPA[pic 1]
Faculdade de Geografia e Cartografia
Disciplina: Metodologia do Ensino a Geografia
Discentes: Joelma dos Santos Ferreira e Sávio Levi Moraes Lima
Turma: Higson Reis
LIMA, Márcia Helena de; VLACH, Vania Rúbia. Geografia escolar: relações e representações da prática social. Revista Online Caminhos de Geografia, Uberlandia, Fev. 2005. 44 - 49 p.
“A Geografia escolar tem um papel ideológico. Por isso, não cabe a idéia da neutralidade científica; se, de um lado, essa disciplina contribuiu para reprodução da dominação, por outro lado, as práticas educativas demonstraram e demonstram lutas concretas dos educadores dessa área pela melhoria do ensino público.” (p. 44)
“Entretanto, o ensino de Geografia no ensino fundamental, tanto no campo, quanto na cidade precisa ir além da troca de materiais e manuais didático-pedagógicos. É preciso obter informações que permitam compreender as crianças nos aspectos relativos à educação na cidade e no campo e, principalmente, sobre o seu desenvolvimento cognitivo, psicológico, percepção do espaço e padrão de linguagem.” (p. 44)
“[...] os manuais didáticos e programas de ensino de Geografia retratam uma realidade estereotipada, que nada tem a ver com a realidade social e cultural do povo brasileiro. Os manuais tradicionais não enfatizam a compreensão do saber geográfico historicamente acumulado, dificultando a visão da Geografia real, vivenciada no seu cotidiano e tão necessária para melhorar as relações entre o homem e a natureza.” (p. 44)
“A análise de confronto entre a antiguidade e a modernidade não se reduz à proposição de soluções pedagógicas, nem tão pouco geográficas, com um discurso ingênuo em defesa das classes sociais menos favorecidas, mas recupera a condição de docentes interventores, em um espaço legítimo de transformação social: a escola.” (p. 45)
“O conhecimento do conteúdo geográfico precisa ser repassado de forma apropriada, de maneira que reproduza os conhecimentos construídos culturalmente pela humanidade, redefinindo possibilidades de reconstrução contínua pelo aluno e pelo professor, no cotidiano da sala de aula.” (p. 45)
“[...]cabe ao professor entender as especificidades inerentes a Geografia, mas desconstruir o caráter de fragmentação que a envolve, de forma a intervir no processo de ensino-aprendizagem valorizando o entendimento do espaço geográfico como uma extensão humana e física.” (p. 46)
“O conteúdo da Geografia, neste contexto, é o material necessário para que o aluno construa o seu conhecimento, aprenda a pensar. Aprenda a pensar significa elaborar, a partir do senso comum, do conhecimento produzido pela humanidade e do confronto com outros saberes (do professor, de outros interlocutores), o seu conhecimento. Este conhecimento, partindo dos conteúdos da Geografia, significa ´uma consciência espacial’ das coisas, dos fenômenos, das relações sociais que travam no mundo. (CALLAI, 2000: 93).” (p. 46)
“Segundo VLACH (1989), ensinar é, antes de mais nada, o trabalho do aluno com o saber sob a mediação do professor. O ensino de Geografia possibilita ao aluno a compreensão da realidade, entendendo que esta é uma construção social sobre a natureza; uma construção internamente diferenciada, não podendo essa diferenciação interna ser mascarada.” (p. 47)
“Faz-se necessário um repensar constante sobre o ensino de Geografia, os quais precisam estar contextualizados com o espaço escolar, e, conseqüentemente, levar em conta as especificidades da cidade e do campo.” (p. 47)
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