A IMPORTÂNCIA DO GEÓGRAFO PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Por: NildaSouzaP • 24/4/2018 • Artigo • 3.620 Palavras (15 Páginas) • 230 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DO GEÓGRAFO PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Nilda Souza Pereira Trindade[1]
RESUMO
A presente pesquisa pretende realizar um levantamento bibliográfico sobre a importância do geógrafo na preservação ambiental. Para tanto, foi realizada uma busca em base de dados como Scielo, LILICAS e Google Acadêmico. Nota-se o papel mediador que o geógrafo exerce no processo da Educação Ambiental bem como, a necessidade que a sociedade atual impõe para atividades cada vez mais respeitosas com o meio ambiente. O modo como a Geografia é introduzida na vida dos educandos a torna cada vez mais fragmentada, minimizando ainda mais o papel do geógrafo. Somado a isto, é preciso que o ser humano identifique o meio em que vive e compreenda a sua importância nesse. Portanto, nota-se a escassez de estudos voltados para a temática bem como, a necessidade de promover cada vez mais debates sobre o assunto.
PALAVRAS-CHAVES: Geógrafo. Importância. Preservação. Ambiente.
INTRODUÇÃO
O presente estudo possui como objetivo promover uma discussão sobre a importância do geógrafo na preservação ambiental. Para tanto, a metodologia utilizada foi um levantamento bibliográfico utilizando os descritores: geógrafo, preservação, meio ambiente, papel e importância.
Para tanto, buscar-se-á fontes bibliográficas, a exemplos do: Scielo, Google Acadêmico, CAPES e LILACS. Assim, alguns autores se destacam como: Santos (2000), Serpa (2000) e Carmo (2005).
Por conseguinte, há afirmações que o ensino da Geografia é visto como uma “disciplina que se preocupa com localizações” somado a isto, o geógrafo, profissional habilitado para o ensino da Geografia, é reconhecido, majoritariamente, como um educador que é dotado, apenas, da habilidade de confeccionar mapas e cartas.
Diante do exposto, pode-se notar, o conceito reducionista da sociedade no fazer pedagógico desse profissional, advém, primordialmente, da desarticulação enquanto categoria que não se impõe mais publicamente ou talvez, não se dispõe a debater sobre variados temas de interação com a Geografia.
Pode-se atribuir, ainda, a construção das matrizes discursivas que insinuam ou mesmo corroboram com um verdadeiro desserviço à essa categoria e à disciplina. Esses conceitos equivocados permitem compreender que a Geografia se constitui como um ensino insuficiente no que se refere ao rol de relações que ocorrem entre o homem e o meio.
Contudo, esse papel atribuído à geografia e a possibilidade de uma intervenção válida dos geógrafos no intuito de modificar a sociedade ocorrem de forma independente. Nota-se, que por vezes é a própria formação do geógrafo que se torna um convite a realizarem a fragmentação do conhecimento e do trabalho.
É preciso que o conhecimento geográfico seja considerado em sua totalidade, comumente, ela e apresentada ao educando de forma segmentada. Isso dificuldade, ou impossibilita, a apreensão de uma abordagem essencialmente geográfica. Consequentemente, haverá um comprometimento da formação do profissional e o futuro da disciplina. Em contrapartida, a sociedade contemporânea demanda, cada vez mais, a construção de um ambiente mais sustentável, emergindo assim, a figura do geógrafo.
No contexto da preservação ambiental, o geógrafo, surge como um profissional habilitado, por desenvolver um ensino da Geografia de forma que contribuía com esse cuidado. Assim, é necessário que o professor geógrafo proponha uma educação ambiental pautada na formação de cidadãos conscientes de sua responsabilidade e direitos. Isso requer afirmar que, é preciso incluir a qualidade de vida e o meio ambiente saudável.
Portanto, diante das necessidades atuais é necessário que o fazer pedagógico do geógrafo seja, cada vez mais, concatenado com estas. É preciso que o geógrafo faça do ensino da Geografia algo que evite a parcialidade, segregação socioespacial e opte por uma trajetória mais complexa e eficaz, associadas às questões ecológicas pertinentes.
A RELEVÂNCIA DO GEOGRÁFO
O geografo, é o profissional responsável pela resolução de problemas do espaço geográfico, seja ele natural ou modificado. Portanto, compete a ele a função de analisar uma multiplicidade de variáveis que constituem a dimensão da realidade humana e ambiental.
A partir de meados do século XX, a temática ambiental se popularizou em diversos campos do conhecimento científico, isto ocorre desde o aprofundamento da crise ambiental. Contudo, as discussões sobre a temática ocorrem desde o final do século XVIII, onde o foco passou para a influência do homem sobre o ambiente, conforme Pádua (2010).
É possível notar que as atividades antrópicas possuem grande interferência sobre o meio ambiente, que se caracterizam como verdadeiros desastres com consequências irreversíveis, em sua grande maioria. Pensar sobre o ambiente e as atividades exercidas pelo homem neste, se tornou algo de extrema urgência.
A existência de mudanças em padrões produtivos e populacionais acarretaram em alterações na natureza. Isso propiciou grandes impactos ambientais nas condições socioambientais das aglomerações humanas.
“O que não permite uma maior eficiência da política ambiental é a falta de critérios necessários para a avaliação da qualidade ambiental.” (NUCCI, 1998, p.212).
Entre as principais causas desse processo, pode-se citar a urbanização que inseridos nas transformações mundiais da economia, impôs grandes e marcantes características em termos ambientais.
“[...] a velocidade com que se desenvolveu o processo, associado à falta de investimentos em planejamento e infra-estrutura, acabou fazendo com que houvesse, principalmente nas grandes cidades, um comprometimento dos recursos ambientais básicos (água, ar, solo), o que significou também uma perda considerável em termos de qualidade de vida da população.” (CARMO, 2005, p.111-112).
A evolução do termo ambiente evoluiu juntamente com o conceito de Geografia, estes que agregados acompanhavam a tendência de totalidade da Geografia Tradicional, mas que ao longo do século XX, foi esfacelando.
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