A Importância Das Tecnologias Digitais Da Informação E Comunicação
Por: anselmo101010 • 2/9/2023 • Artigo • 3.690 Palavras (15 Páginas) • 59 Visualizações
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EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA: a importância das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC's na construção reflexiva
do ensino de Geografia
Samara Anselmo de Albuquerque[1]
Universidade Estadual da Paraíba – UEPB
samara.albuquerque@aluno.uepb.edu.br
Juliana Nóbrega de Almeida[2]
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
julianageo2020@servidor.uepb.br
Resumo
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre a importância da utilização de aplicativos e mídias digitais na construção da Educação geográfica, elencando as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC’s como possibilidade para a edificação de um ensino ativo, significativo e participativo. Como procedimentos metodológicos, utilizamos a pesquisa qualitativa e por meio desta abordagem realizamos uma revisão bibliográfica da literatura subsistente. Como resultados, apresentamos a importância e as protuberâncias das TDIC´s para o ensino da Geografia, seja no processo de planejamento e ações do docente como para o aprendizado e/ou fonte de pesquisa do aluno, almejando colaborar/construir um ensino significante. Neste prisma, estimulamos a instrumentalização de práticas significativas, sobretudo, embasadas nas tecnologias. Para que assim, a Educação geográfica venha contribuir para o desvendamento das facetas que envolvem as múltiplas produções espaciais, em suas diversas escalas (do local ao global), dando ênfase aos contrastes e conflitos sociais, econômicos e educacionais. Dessa forma, a Educação geográfica é um conhecimento imprescindível para a formação cidadã, por isso frente ao ensino de Geografia se sobressai o ensejo por práticas educativas eficientes, além de estratégias e uso de recursos que possam viabilizar o processo de ensino-aprendizagem da Geografia e, por sua vez, torná-lo significativo. Em conformidade, o alavancar do meio técnico científico informacional trouxe para a contemporaneidade profundas mudanças (de caráter estrutural e formativo), inclusive, no âmbito da educação. A partir disso, foram evidenciadas novas formas de aprender e ensinar, tanto para professores como para os estudantes, exigindo uma série de adaptações e inúmeras possibilidades para construção dos conhecimentos geográficos.
Palavras-chave: Ensino de Geografia; Educação geográfica; Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC’s.
Introdução
Em termos históricos, a educação brasileira deu seus primeiros passos no período colonial, arquitetada, introdutoriamente, pelos padres da Companhia de Jesus (Jesuítas), com a finalidade de “domesticar e/ou civilizar” a população indígena. Regido pelo plano de estudo Ratio Studiorum, o sistema educacional brasileiro foi moldado conforme os padrões europeus, bem como a Geografia escolar brasileira, secundarizada no currículo subsistente por mais de duzentos anos.
Lamentavelmente, a Geografia escolar foi construída no território nacional de forma obsoleta, marcada pela centralidade enciclopédica dos aspectos físicos e fenômenos naturais, os quais estavam ainda, até início do século XX, distantes da realidade vivenciada, sendo uma Geografia escolar tipicamente europeizada (ALBUQUERQUE, 2011). Com a objetivação de “aprender de cor” e /ou “reter na memória” (PESSOA, 2007, p. 36), o ensino da Geografia seguiu pelos métodos tradicionalistas, visando sempre, a instrumentalização de técnicas que favorecessem a memorização da literatura estudada.
Apesar disso, as temáticas geográficas são extremamente fluídas, podendo, facilmente, serem associadas às diversas áreas do saber e/ou questões que abrangem o globo. Diante disso, surge o ensejo por uma Educação geográfica, que se utilize das diversas ferramentas para inserir os educandos como sujeitos do seu aprendizado, refletindo sobre sua realidade e compreendendo as relações de dominação, que se obstina em diligenciar o entendimento popular.
É necessário romper com a aprendizagem mecânica, possibilitando modelos alternativos para o ensino de Geografia e, consequentemente, para a construção de uma Educação geográfica. Para isso é imprescindível uma boa formação docente, que proporcione ações e saberes para além do acesso aos conteúdos científicos, teorias e métodos da Geografia.
Sabemos que isso é um grande desafio e uma caminhada que requer tempo, saberes, fazeres, vivências e experiências, visto que, não é um procedimento tecnificado, que se desenvolve de forma linear. Por isso, o professor de Geografia deve ser capaz de se posicionar, refletir, construindo um debate profícuo, buscando construir uma prática reflexiva e sonhar com novos horizontes, num futuro não tão distante com uma maior aproximação entre teoria, prática e ação.
Nesse cenário é primordial o uso da ciência e da tecnologia, como aliados dos professores, uma vez que o meio técnico-científico-informacional, conduziu o espaço geográfico à mudanças estruturais, que se refletiram nas diversas esferas governamentais, inclusive na educação, evidenciando novas formas de ensinar e aprender. De certo, as transformações tecnológicas propagadas em âmbito mundial demandam no meio educacional uma série de adaptações. Desse modo, o desafio que permeia a educação e seus profissionais é se adaptar de forma crítica ao turbilhão de avanços tecnológicos e aos diferentes aspectos sociais, os utilizando de forma engenhosa para garantir um melhor aprendizado (KENSKI, 2003).
Para tanto, esta pesquisa compreende um estudo qualitativo, construído através de um referencial teórico, bibliográfico e conceitual, seguida de análise e sistematização das informações pertinentes. Neste caso, buscamos construir uma análise reflexiva acerca do uso de aplicativos e mídias digitais na construção da Educação geográfica. Embasando-se, sobretudo, nas obras: Novos processos de interação e comunicação no ensino mediado pelas tecnologias (2008) e Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação (2003). Nestas condições, refletindo sobre a importância de utilizar as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação - TDIC’s como possibilidades para a edificação de um ensino ativo, significativo e participativo.
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