A Influência Americana

        

 

Trabalho de Geografia:

“1984” de Michael Radford

                                                      Miguel Settimio Righetto         nº 28

                                                       Professor Antônio Carlos         3º ano

Enredo

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Dirigido em 1984 por Michael Radford, o filme “1984” é baseado no livro, com meu título, escrito por George Orwell em 1948. O filme é uma distopia que se passa na Oceania, especificamente na Pista No. 1, onde o Partido (o Estado) é completamente totalitário, anulando a individualidade e os desejos de cada indivíduo de seu território. O único objetivo do Partido é conseguir mais poder, dando a mínima importância para dinheiro, que é gasta praticamente apenas na indústria bélica, e mulheres, pois é considerado crime sexual a interação entre os sexos sem intenção de procriar.

De acordo com esse Estado, a Oceania está em constante guerra com a Eurásia e Lestásia, mas também um perigo pior e que está dentro do próprio território, Goldstein, que é apresentado nos dois minutos de ódio. Dois minutos de ódio é um acontecimento diário quando todos os cidadãos devem parar seus trabalhos para atacar o traidor foragido Goldstein e, em seguida, adorar a figura do Grande Irmão, o autocrata do Partido que observa todos através de câmeras.

Em meio à multidão que ataca e adora está Winston Smith, um funcionário do Ministério da Verdade, onde recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime através da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo sempre esteja correto no que faz. O único momento em que Winston se distancia da vigilância do Partido é em seu diário secretamente escondido em seu quarto, o que seria um crime. Nesse diário, Smith dá seus primeiros indícios de desilusão com o sistema, escrevendo coisas como “Liberdade, é liberdade de dizer que 2 + 2 = 4”, frase levantada posteriormente no filme.

        Durante o enredo, Winston acaba se apaixonando por Julia, sua colega de trabalho, que o corresponde. Eles possuem uma relação sexual, que é considerado crime, de forma escondida em um quarto alugado na região do proletariado da Oceania, afinal, no filme, a sociedade se divide em 3 classes: Alta - Grande Irmão e Partido Interno, Média - Partido Externo e a Baixa – Proletariados. Ao mesmo tempo, Winston é cooptado por O'Brien, um burocrata do círculo interno do IngSoc que tenta cooptá-lo as ideias de Goldstein e lhe dá um livro intitulado como a 10ª edição da Novilíngua, dicionário usado pelo Ministério da Verdade que tem a função de reduzir os termos da língua para proveito do Partido. Porém, na parte de dentro do livro, está um livro de Goldstein sobre o poder oligárquico.

        Enquanto está em seu quarto alugado, lendo o livro de Goldstein ao lado de Julia, Winston é flagrado por uma câmera escondida atrás de um quadro e acaba sendo pego por representantes do Partido e levado ao Ministério do Amor, onde se lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Lá ele descobre que O’Brien na verdade estava o enganando e justamente tentando o levar as ideias do “traidor”, contendo cenas de tortura como punição ao crime mental de Winston Smith e diálogos dele com O’Brien, onde este tenta convertê-lo.

        Como cena final do filme, Winston e Julia se encontram dentro de uma estrutura e possuem uma conversa sobre o que viram e fizeram no Ministério do Amor, completamente convertidos e com a memória pré-“prisão” alteradas. Enquanto isso, eles estão ao som das notícias do Partido pois, supostamente, a Oceania havia ganhado a guerra contra a Eurásia.

Caracterização dos personagens principais

Winston Smith – Protagonista do filme, um funcionário do Ministério da Verdade que acaba se desiludindo sua existência miserável.

Julia – Amante de Winston Smith, que tem relação com pessoas de grande escalão, porém é militante do Partido defendendo as doutrinas, assim vivendo em contradição com elas.

O’Brien – Antagonista do filme, gente do governo que provavelmente trabalha no Ministério do Amor e engana Winston e Julia, os fazendo acreditar que ele é membro da Resistência.

Grande Irmão – Suposto autocrata de Oceania, que pode ser visto como apenas uma representação simbólica do Partido, que observa todos e que deve ser adorado por todos.

Emmanuel Goldstein – Suposto ex-membro do topo que se tornou opositor ao Partido, propagando suas críticas em relação à esse poder totalitário, que também pode ser visto apenas como representação simbólica da oposição que não deve ser seguida.

Qual outro nome você daria à obra? Justifique.

O melhor título para obra seria o nome anterior escolhido pelo autor do livro, George Orwell, que seria “O Último Homem da Europa”. A ideia presente no diálogo entre Winston e O’Brien no Ministério do Amor. Winston diz que através do princípio do espírito do homem, o homem derrotará a dominação do Partido porque o medo e ódio não tem vida, e então se reafirma como homem. Assim, O’Brien diz que Smith seria o último homem pois sua espécie está extinta, e então o leva até o espelho para se olhar, já todo desfigurado, mostrando sua insignificância.

Essa cena mostra uma crítica com relação ao Estado totalitário que elimina qualquer ideia de individualidade e desejos de cada indivíduo. Mostra que o homem, como apenas uma célula, é completamente maleável, tornando a conversão fácil e fazendo o coletivismo como um grande organismo que constitui o Estado, este que busca apenas poder de controle.

Esse Estado totalitário, em sua época, podia ser visto no socialismo Stalinista e no fascismo, que estavam presentes ali como os dois representantes da Guerra Fria. Um dos enganos cometidos em relação à obra de Orwell é de que se trata exclusivamente das ideias socialistas, porém, como dito pelo mesmo: