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A Introdução E Geografia Do Homem

Por:   •  27/5/2023  •  Resenha  •  3.363 Palavras (14 Páginas)  •  107 Visualizações

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1º) RATZEL:

I) INTRODUÇÃO E GEOGRAFIA DO HOMEM

O autor sugere que essa geografia do homem deve descrever e representar cartograficamente aqueles territórios onde se nota a presença do homem. Encontramos a base para o “princípio de extensão”, e que, segundo ele, afirma que os fenômenos geográficos devem passar por determinada análise e delimitação, sendo necessárias técnicas cartográficas. Em seguida, trata questões que dizem respeito ao movimento do homem na sua dependência do território onde comenta que: “a terra não representa já um elemento totalmente passivo, mas os direciona, os obstaculariza, os favorece, os torna lentos, os acelera, os desordena e os ordena graças as suas condições incomensuravelmente variáveis de posição, de amplitude, de configuração, de riqueza de água e de vegetação.” Neste contexto, vemos traços do determinismo ambiental, todo o conjunto de influências que o meio natural exerce sobre o homem, determinando o próprio comportamento humano. Ratzel cria uma análise interessante ao trabalhar a questão ambiental, focando em diversas questões que dizem respeito às influências que a natureza exerce sobre o corpo e o espírito dos indivíduos, e daí sobre os povos.

Ratzel argumenta em sua perspectiva que a tarefa mais importante da Geografia continuará sendo sempre a de estudar, descrever e representar a superfície terrestre, o que nos mostra que o objeto da Geografia para ele, é a região, com uma certa carga de determinismo da natureza sobre o ser humano.

Quanto à História de um país, Ratzel argumenta que ela deve mostrar que as influências recíprocas que se exercem entre povo e território e entre este e o Estado são ininterruptas e governadas por uma lei de necessidade. Segundo o texto, vemos questões que dizem respeito ao espaço necessário para a sobrevivência de determinada comunidade, neste momento constatamos um dos pontos principais trabalhados por ele, que é o conceito de espaço vital.

O autor diz que a geografia do homem deve ser feita por meio de uma ciência descritiva, pois à medida que os acontecimentos avançam, a descrição vai se tornando cada vez mais completa, mais profunda, mais intelectual e, portanto, mais clara, e ainda essa ciência deve ser feita também por meio do método indutivo, pois, em sua análise, o processo de comparação proporciona um conteúdo intelectual, do qual o método descritivo é privado, criando um futuro.

O interesse pelo ambiente geográfico é, antes de tudo, o interesse de um naturalista. Ratzel conseguiu sua ascensão a partir de seu intelecto e o utilizou tanto como força política quanto como fator de avaliação dos outros povos, pois sábia era aquela civilização que sabia pensar sobre como transformar a Natureza.

II) AS RAÇAS HUMANAS:

Seus objetos eram os “povos” ou “raças”, termos que na época se confundiam, já que localização geográfica, hábitos e composições anatômica e biológica eram tratados como fatores relacionados, tratando das diferenças entre os povos a partir do conceito de civilização.

Nesta obra, ele defendeu a ideia de que os graus de civilização eram aquilo que diferenciariam o que chamava de “povos naturais” e “povos civilizados”. Os povos naturais teriam recebido tal nome não por estarem em uma relação com a natureza, mas sim por serem subjugados as suas finalidades. Já os povos civilizados, seriam aqueles que teriam passado da completa dependência daquilo que a natureza oferece espontaneamente à exploração consciente de seus produtos mais essenciais para o homem por meio do trabalho. Neste trecho da obra, a classificação, era a capacidade racional de se transformar a natureza, e não a de descartá-la.

Conforme as leituras, o autor se mostra surpreendente na maneira que expunha essa estratégia ao mesmo tempo científica e política, onde Ratzel guarda singularidades significativas que devem ser consideradas, e jamais esquecidas.

Por suas contribuições e pelas influências que deixou em várias escolas do pensamento, podemos ter uma ideia do peso da obra de Ratzel na evolução do pensamento geográfico. O autor teve o mérito de dar à Geografia um método científico, podendo ser considerado o primeiro a ter estudado cientificamente a Geografia Humana. Além disso, manteve a unidade entre a Geografia Física e a Geografia Humana, pois, no seu trabalho, o homem está sempre relacionado com o ambiente físico.

Podemos concluir dizendo que a importância maior da proposta de Friedrich foi o fato de haver elencado, para o debate geográfico, os temas políticos e econômicos, colocando o homem no centro das análises, ainda que numa visão homem/natureza.

2º) ÉLISEÉ RECLUS:

I) A NATUREZA DA GEOGRAFIA

Éliseé Reclus foi um pensador da Europa do séc. XIX, francês e reconhecido enquanto geógrafo e anarquista.

1)O homem é a natureza adquirindo consciência de si própria:

O autor inicia fazendo uma análise da sociedade admitindo a existência da luta de classes, no entanto a luta entre classes dentro de uma sociedade sempre tende ao domínio de um grupo e é movida por ações individuais, somente o indivíduo seria capaz de criar o progresso, porém, que a luta de classes, quando desequilibrada, pode gerar uma a guerra civil.

2) A ação do homem como modificador das condições naturais dominando e transformando a natureza:

A partir do texto, Reclus expõe sua perspectiva que o homem, para além a luta de classes, é um modificador das condições naturais, dominando e transformando a natureza, apontando nesta característica algumas disposições. A primeira é a da exploração do globo, para o autor, terminada ainda no séc. XVI com as navegações europeias, a segunda- já em andamento de estudo, conhecer e explorar a fundo a terra, tendo o cientista a missão de ser como um poeta a descrevê-la. Esta é a tendência de transformação do globo. Um sinal que a civilização do XIX estava em pleno avanço da conquista do espaço é o cultivo nos pântanos, técnicas como a de drenagem e o próprio cerceamento da terra. Ele coloca a ação do homem como negativa, nestas atividades, salientando o processo destruidor do avanço e a poluição das águas, em especial dos rios, alertando que a falta, portanto, é iminente.

3)Complexidade da produção do espaço geográfico:

Segundo a leitura, o homem não é exposto a apenas um fator geográfico em toda sua vida, mas a vários pois as forças da natureza são

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