A Metropolização do espaço, Gestão territorial
Por: Israel Mendes • 9/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.118 Palavras (5 Páginas) • 600 Visualizações
Metropolização do espaço, Gestão territorial
Introdução
A metropolização do espaço implica em profundas alterações na forma, estrutura e natureza, ou seja, uma metamorfose. Em suma, a metropolização do espaço se constitui num processo socioespacial que metamorfoseia o território.
Portanto, o processo de metropolização do espaço é imanente ao processo de globalização, ou seja, fez com que o mundo se constituísse como nunca antes, num único espaço social regido por uma dinâmica de expansão crescente das relações sociais capitalistas em escala planetária e ao mesmo tempo de intensificação dessas relações.
Assim sendo, o desafio é entender a dinâmica socioespacial contemporânea. O que temos que fazer é produzir uma geografia que permitam melhor evidenciar essa nova realidade. Dentre as novas referencias de análise para entender a dinâmica socioespacial contemporânea, se situa a metropolização do espaço.
O que vem a ser a metropolização do espaço? A inspiração em Bernard Kayser.
Para a compreensão maior da temática socioespacial contemporânea as pesquisas por metropolização vem ganhando espaço. E a ideia de metropolização do espaço vem ganhando força com o geógrafo francês, Bernard Kayser.
O geógrafo define o espaço metropolizado como: “ um espaço estreitamente e concretamente ligado à grande cidade por meio de fluxos de pessoas, mercadorias, capitais, fluxos..” Já o espaço não metropolizado se configura por ser: fundamentalmente heterogêneo e essa heterogeneidade se revela em vários níveis… O espaço não metropolizado se caracteriza, ainda, por uma densidade dermográfica fraca.
Porém, é importante afirmar que os dois espaços (metropolizado e não metropolizados) não constituem uma dualidade espacial, não são antagônicos a distinção é particularmente instrumental.
A partir desta distinção entre os espaços, podemos acrescentar que: espaços assumem aspectos e características similares mesmo que em menos escala ao da metrópole ao que diz respeito aos investimentos de capital, ao desenvolvimento das atividades de serviços. Pode-se encontrar uma forma de viver e consumir semelhante a da metrópole, por isso, podemos encontrar espaços metropolizados fora da metrópole.
Algumas abordagens
A seguir, irá ser abordado alguns autores que contribuíram a cerca da discussão a respeito do processo de metropolização.
François Ascher(1998) se aproxima da interpretação do Kayser (1969) no quis diz respeito a metropolização, não se resume somente ao espaço metropolitano. Portanto o fenômeno da metropolização não é apenas o crescimento de grandes aglomerações, está ligado a todo funcionamento cotidiano das grandes aglomerações, englobando pequenas cidades e as mais afastadas que acaba por resultar numa nova morfologia urbana.
Giles Pinçon (2011) também compartilha da ideia que a metropolização engendra morfologia urbana, que resulta na dilatação e a diversificação das mobilidades nas grandes cidades. E com isso se da os fenômenos de retorno ao centro são inseparáveis no processo de metropolização.
Para Pierre Veltz (1997), Michel Quevit e Pascale Van Doren (1993) destacam a força de atração das áreas metropolitanas. No mesmo sentido, relacionando a globalização Claude Lacourt e Sylvette Puissant (1998) discutem o processo de metropolização
é "um conjunto de processos que privilegiam as grandes dimensões urbanas marcadas pelas transformações do sistema produtivo internacional"
Como parâmetros no campo intelectual fundamental na discussão do processo de metropolização estão autores como: David harvey, François Ascher, Manuel Castells, Edward Soja e Saskia Sassen. Nomes que buscavam anunciar que um novo tipo de metrópole estava se desenvolvendo na atual economia pós fordista.
Jacques Levy contribuiu observando que a necessidade de identificar esse novo ciclo urbano menos marcado que o precedente pelas lógicas espaciais da indústria. De forma similar, Micel Bassand (2001) diz que a metropolização se desenvolve sobre o modo de crise, relaciona a ideia de metropolização com a perspectiva a ideia de sociedade.
Alain Scott e Michel Stopper (1986) identificam o processo de metropolização com o de constituição de grandes metrópoles. E portanto, esse processo gera ao mesmo tempo disjunções espaciais como micro diferenças.
Segundo Jacques Garnier (2005), a metropolização possuí uma existência simultânea de mesma intensidade, num tempo que o proccesso é viível porque sua localização gegráfica é circunscrita e ao mesmo tempo pouco visível devido a sua forma caótica.
As pesquisas desenvolvidas a respeito da metamorfose metropolitana, reafirmam as diversas posições aqui apresentadas, que são mais próximas que distantes umas das outras. Finalizando o tópico com a visão do Carlos Mattos, que as metamorfoses generalizadoras de uma metrópole, é ocasionada por mudanças estruturais e pós-fordistas
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