A Nova Natureza de Mundo e a Necessidade de uma Biogeografia Social

Lara Carolina Dias Ribeiro

Instituto de Geociências – Biogeografia

Professor Roberto Marques

Texto: A Nova Natureza de Mundo e a Necessidade de uma Biogeografia Social

Albuquerque ES, Candiotto LZP, Carrijo BR, Monastirsky LB.

                A biogeografia é uma das disciplinas fundadoras da geografia moderna ,e tem inicialmente, como objeto de estudo, as distribuições espaciais da fauna e da flora terrestre. Para isso a biogeografia se apoiou,principalmente, nos conhecimentos de botânica e Zoologia,e por meio de viagens financiadas por governos europeus, viajantes naturalistas,percorrendo a maior parte do mundo, puderam ,por estudos essencialmente descritivos e classificativos, expandir os conhecimento biogeográficos(Fim do Sec XVIII e inicio do Sec XIX).O Método cientifico usado era sobretudo Empírico e indutivo, levando a formulação de uma ciência positivista,que metodologicamente separava O Sujeito do objeto estudado e traduzia as ordens naturais por Leis,fixas e Imutáveis. Esse processo metodológico Observava descrevia e classificava as espécies, mas não era capaz de realmente compreender a distribuição espacial e as relações ecossistêmicas. Ainda no Seculo XVIII ,Frederich Ratzel propõe uma visão cientifica mais intergrada ao social, relacionado condições naturais e Humanidade em sua obra “Antropogeografia”,Porém naquele momento em que o método positivista era hegemônico,a proposta de Ratzel praticamente não foi escutada no meio cientifico.
O Artigo “ A nova natureza do mundo e a necessidade de uma biogeografia social”( de Edu silvestre Albuquerque Luciano Zanetti Pessôa Beatriz Rodrigues e Leonel Brizola) evidencia as pluralidades biogeográficas e diante das novas demandas sociais clama por um avanço no corpo teórico e metodológico visando a compreensão da nova Natureza social do mundo.
A partir da acentuação do capitalismo industrial o mundo passa por inúmeras diferenciações sócio-ambientais.

                O crescimento populacional,a urbanização,surgimento de cidades,novas lógicas produtivas, estabelecem também novas lógicas ecossistêmicas e dessa forma obeserva-se que a ênfase dada aos estudos físicos foram germinados em bases epistemológicas ilusórias e insuficiente para a real compreensão das espacialidades. È preciso que se voltem os olhos aos papeis desempenhados pelo homem em sociedade (Degradação,transformação da fauna e flora),já que não só se faz parte integrante da biosfera mas o organismo ecológico Dominante,a espécie com o maior poder de produzir e recriar espaços.

                Os espaços não podem ser compreendidos separados das relações sociais, e assim,não se pode ter um real avanço nos estudos das distribuições espaciais da biodiversidade separando O Sujeito do objeto de estudo dessa disciplina. Cabe aos biogeógrafos sistematizar as problemáticas da disciplina e buscar novas temáticas que orientem para um caminho de caráter social cada vez mais presente.