A Não Espacialidade Geográfica e a Questão da Terra. Natal-RN: Cooperativa Cultural, 1989. 53p .
Por: migona123 • 19/10/2017 • Resenha • 1.416 Palavras (6 Páginas) • 325 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
CURSO DE BACHARELADO EM GEOGRAFIA
COMPONENTE CURRICULAR: MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA CIENTÍFICA
DOCENTE: MARLUCE SILVINO
DISCENTES: APOLÔNIA DE ARAÚJO BRITO NETA
KLEDIENY TAVARES DE ARAÚJO
RESENHA
SILVA L. R. . A Não Espacialidade Geográfica e a Questão da Terra. Natal-RN: Cooperativa Cultural, 1989. 53p .
O livro abordado, redigido por Lenyra Rique da Silva, que possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba, apresenta mestrado pela Universidade de São Paulo e doutorado pela Universidade de São Paulo, aborda a questão de que não importa qual seja a ciência ou qual seja o conhecimento, é indispensável que tal trabalho apresente teoria e saberes científicos e, consequentemente, uma corrente filosófica que lhe ofereça sustentáculo epistemológico.
Tal livro aborda a questão de que a Geografia passou a ser vista como disciplina obrigatória e que para sua compreensão é necessário observar, compreender; analisar e descrever; e interpretar somente o que é permitido através dos sentidos. Dessa forma, entende-se que o geógrafo se torna limitado como ser racional, haja vista que outras ciências se baseiam em essências sociais e a Geografia limita-se ao empirismo e alienação.
Além do que foi citado, tal obra aborda a questão da Geografia Tradicional vem formulando conceitos sem fundamentos que os façam ser entendidos pelos profissionais ou pelos seus aprendizes; além disso, deve-se lembrar que conceito são os princípios científicos que devem ser pensados, refletidos, modificados e transformados.
É perceptível que a Geografia vem apresentando mudanças no decorrer de todos esses anos. Isso ocorre porque muitos estudiosos revolucionários apresentam determinação para mudar as crenças de ideias fixas e formais criadas há algum tempo. Entretanto, não seria correto afirmar que chegaram a definições, haja vista que não existe definições que possam ser vistas como fixas, já que a Geografia é vista como mudança constante.
Além disso, a obra aborda o fato de que a Geografia crítica não se contrapõe ao que a Geografia Tradicional trata, a aprofunda. Enquanto essa Geografia conservadora relaciona somente as semelhanças, a crítica aborda também as diferenças, procurando as relações ocultas existentes dentro de ambas realidades, as quais determinam as contradições presentes.
A riqueza capitalista torna-se uma relação do trabalhador e sua jornada de trabalho, o salário surge de acordo com as suas horas de trabalho, sendo considerado apenas o horário que o trabalhador passa para reproduzir. Por isso que a Geografia crítica não aborda a questão do desenvolvimento, haja vista que para ela não passa de uma classe dominadora que deseja ter domínio sobre as demais classes. Vale salientar ainda de acordo com a obra o que torna fundamental para a Geografia, será o método utilizado em algumas categorias, como por exemplo: trabalho e renda da terra, além do valor, já que por meio delas pode-se compreender a forma correta de como se redigi o processo do trabalho dentro da sociedade. O espaço geográfico, com a sua grande importância, apresentou diversos rumos. De acordo com os pensamentos que os nortearam, o mesmo passou de um método positivista para uma visão racionalista, assim, na medida que ia fragmentando-se, a geografia dividia-se o espaço. Entretanto, recentemente surgiu a noção de espaço de relações, onde esse movimento se dava na esfera da sensível e do palpável. Todos esses espaços eram trazidos na sua natureza, procurando descobrir qual seria o verdadeiro espaço geográfico. Além disso, reside a investigação sobre o “ser” da geografia. Há uma busca de novos métodos e de bases teóricas que conduzam a uma conceituação de Geografia, através de sua história, vem se comportando como um emaranhado de questões diversificadas.
Pode-se dizer ainda que, a luta de classes é uma categoria bem anterior ao capitalismo. É possível que o seu tempo se confunda com a própria história do homem civilizado. Ela é atemporal e não espacializada. O que se espacializa, se materializa, são as suas manifestações: expressões diversas de um momento em que ela se concretiza pela organização de grupos de trabalhadores; o que raramente na história tem se constituído em confrontos de classes, na sua superação momentânea. Sua total superção possivelmente só será determinada pela plenitude do desenvolvimento da natureza humana dos trabalhadores oprimidos.
A Geografia das próximas décadas, deverá preocupar-se com a natureza em todas as suas instâncias. O Espaço geográfico constituído de totalidades capitalistas e não capitalistas tem a sua produção-reprodução realizada por meio do trabalho dos homens dialeticamente coisificados para o sistema e hominizados para si mesmo, onde a luta da natureza humana pela sua plenitude de vida se dá dentro e fora da atividade produtiva, dentro e fora de si mesmo, do seu corpo, da sua natureza.
Analisando o espaço geográfico, para nós, pode-se dizer que é observado pelas diferentes relações que existem entre natureza orgânica e inorgânica relacionada ao ou seja, o espaço geográfico pode ser avaliado pelas mudanças que o homem provoca na natureza, procurando sempre melhorias de vida sem se preocupar em afetar o ambiente natural.
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