A RESENHA DO LIVRO OS (DES)CAMINHOS DO MEIO AMBIENTE
Por: Sebastiana Corado • 24/11/2022 • Resenha • 694 Palavras (3 Páginas) • 550 Visualizações
RESENHA DO LIVRO OS (DES)CAMINHOS DO MEIO AMBIENTE
O livro os (des)caminhos do meio ambiente escrito por Carlos Walter Porto Gonçalves
é estruturado em 16 capítulos sendo num total de 148 páginas que abordam questões sobre a
natureza, seus conceitos e contradições. Trata ainda do ambientalismo com destaque
histórico-cultural, fundamentando o movimento político cultural e procurando demonstrar que
cada um constrói seu próprio conceito de natureza ao mesmo tempo estabelece relações
sociais. Sendo as conclusões fundamentadas na história e cultura da sociedade.
O inicio do livro relata como o pensamento e questionamento humano se transformou
ao longo de acontecimentos importantes da história recente: revoluções e mudanças
comportamentais na sociedade. Neste contexto, o movimento ecológico também está inserido
nestas novas formas de se pensar, pois está estruturado em questões políticas, sociais e
econômicas, no qual questiona a forma como o meio ambiente é visto pela economia e
política em suas decisões, e propõe uma reflexão sobre a relação entre o homem, natureza e
desenvolvimento que estimularam junto com os movimentos políticos das décadas de 60 e 70
o crescimento do movimento ecológico.
O movimento ecológico é marcado pelo caráter inovador e questionador, sendo
comparado com outros movimentos e debates sociais como a luta dos negros, homossexuais,
feministas, jovens, indígenas e operários na busca por recognição e mudança de mentalidade.
Sendo que este movimento se tornou mais difuso, pois os questionamentos entre homem e
natureza abrangeram todos os grupos. Neste sentido, a busca por um ambiente saudável deve
ser de todo nós, uma vez que o homem sofre os impactos que infringe a natureza, pois o
mesmo faz parte dela.
Os participantes do movimento ecológico criaram devaneios sobre a relação entre
homem e natureza, como designos ideais, no entanto, essas utopias podem levar a uma
distorção da realidade, o que acaba dificultando o enfrentamento dos desafios ambientais.
O autor aborda a questão de como foi gerada a polarização homem (sujeito) e natureza
(objeto) exemplificando que as pessoas tendem a valorizar mais o que é “moderno” que o
natural. Relata a história do conceito de natureza criado pelo homem que teve variações na
história do ocidente, ressaltando a relação natureza/homem/deuses desde a Grécia Antiga
passando por Platão, Aristóteles, o pensamento cristão medieval e o pensamento moderno.
A mudança desse padrão se deu pelo cartesianismo, onde consiste na visão de que o
homem é o centro do universo, desta forma nos deu mais poder como seres. Essa vertente
avança com a revolução industrial e o capitalismo que desintegra e particulariza o
conhecimento em campos, extinguindo assim a percepção de um todo.
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