Resenha - Metodologia de zoneamento ambiental
Por: anadiacattarin • 13/6/2018 • Resenha • 1.950 Palavras (8 Páginas) • 320 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ANADIA CATTARIN
RESENHA DO ARTIGO ZONEAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARUMBI – PR: PERSPECTIVAS PARA A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS.
CURITIBA
2018
ANADIA CATTARIN
RESENHA DO ARTIGO ZONEAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARUMBI – PR: PERSPECTIVAS PARA A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS.
Trabalho para a disciplina de Zoneamento Ambiental do curso de Graduação em Engenharia Ambiental. Setor de Ciência e Tecnologia.
CURITIBA
2018
RESUMO DO ARTIGO ZONEAMENTO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARUMBI – PR: PERSPECTIVAS PARA A ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS
Empregando uma nova metodologia de zoneamento que integre as potencialidades geoambientais, demandas sociais, interesses econômicos, necessidade de preservação, e a interação entre natureza e sociedade o trabalho aqui sintetizado, buscou analisar as condições sócio-ambientais da bacia hidrográfica do Marumbi, no município de Morretes – PR. A escolha por uma bacia hidrográfica justifica-se na forte integração existente entre as atividades produtivas e a necessidade de preservação ambiental nestes ambientes.
A bacia localiza-se na porção oeste do município de Morretes, possui área de 102,8 m2 e abrange a Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi e parques estaduais de preservação integral e uso sustentável. O rio Marumbi nasce na Serra do Marumbi e deságua no rio Nhundiaquara, no perímetro urbano de Morretes, cuja foz é na baía de Antonina. É um importante acesso para a exportação de produtos oriundos do estado, visto que um dos principais acessos do rio ao município de Curitiba é a rodovia Federal 277, que dá também acesso de Curitiba à cidade portuária de Paranaguá. Localiza-se também em um dos complexos remanescentes da floresta atlântica.
Foram coletados dados sobre vegetação, pluviosidade, ocupação, topografia e pedologia, além de cartas topográficas de órgãos públicos competentes, dentre eles, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA e a Divisão de Serviços Geográficos do Exército -DSG. Foram georreferenciados 61 pontos na área com uso de GPS, inclusive das estradas principais e secundárias. O tratamento de dados foi feito com os softwares ArcView GIS 3.3, AutoCad 2000 e CartaLinx. A escala adotada foi de 1:25000. Nas cartas topográficas em formato raster georreferenciadas (ScanMaps) foi delimitada a bacia considerando os divisores de água pela altitude elevada. As curvas de nível, pontos cotados e rede de drenagem (layers) foram usados para confecção das cartas temáticas que subsidiam a pesquisa.
A carta síntese, que baseará o planejamento e gestão da área, foi gerada unindo a metodologia de Crepani, et al, (2001), que enfoca nos aspectos físico-naturais e Becker e Egler (1996) e Mendonça (1999), que enfocam nos aspectos sociais, e a adaptação das escalas usadas quando necessário, promovendo a integração das duas abordagens.
METODOLOGIA DE VULNERABILIDADE MORFODINÂMICA NATURAL
Foram usados as variáveis de solos, clima geomorfologia, geologia, uso e cobertura de terra para compor cartas temáticas considerando as relações entre fatoras bióticos, abióticos e humanos. A carta síntese de morfodinâmica é elaborada segundo a média aritmética dos valores de vulnerabilidade para cada uma das variáveis listadas acima, uma vez que são conhecidas as condições que favorecem a ocorrência de morfogênese e pedogênese que interferem na morfodinâmica. Por fim, as áreas que cuja média se aproxima de 1,0 são estáveis e mais propensas à pedogênese, valores próximos de 2,0 indicam uma classe intermediária e valores próximos de 3,0 indicam tendência morfogênica.
METODOLOGIA DE POTENCIALIDADE SOCIAL
Buscou-se definir padrões possíveis de serem coletados em campo e que representassem a região em aspectos físico-naturais e socio-amientais. Com isso buscou-se classificar as áreas em: áreas produtivas consolidadas ou em expansão, áreas críticas (por vulnerabilidade) de conservação ou recuperação, áreas institucionais de uso permanente ou restrito e controlado.
Para cada carta temática elaborada foram identificados diferentes valores de vulnerabilidade morfodinâmica. Na carta de clinografia foram identificadas cinco classes de vulnerabilidade entre “Estável” (1,0) e “Vulnerável” (3,0). A dissecação do relevo verificada foi alta, sendo classificados 5 níveis entre moderadamente vulnerável (2,5) e vulnerável (3,0). Quanto à amplitude altimétrica foram definidos quatro compartimentos com características específicas e valores de vulnerabilidade entre 1,7 e 3,0. Quanto às formas de vertentes foram encontrados 4 tipos de vertentes com valores de vulnerabilidade entre 1,5 e 3,0. Segundo à geologia os valores variam de 1,1 a 3,0. Quanto à pedologia, os três tipos de solos existentes possuem valores de vulnerabilidade entre 2,5 e 3,0. Para uso e cobertura da terra foram definidos 12 níveis de densidade de cobertura vegetal do terreno, com valores de vulnerabilidade entre 1,0 e 3,0. Segundo à intensidade pluviométrica, definida de acordo com a frequência e duração dos eventos de chuva., foram definidas cinco classes de vulnerabilidade com valores entre 2,1 e 2,9. A partir da correlação desses fatores, foi elaborada a carta temática sobre geomorfologia e vulnerabilidade à perda de solos.
A carta de vulnerabilidade morfodinâmica natural, ou o equilíbrio dinâmico natural da bacia, foi obtida pela correlação entre a vulnerabilidade morfodinâmica e os aspectos físico naturais. A relação dela com o uso e ocupação da terra relutou na vulnerabilidade morfodinâmica natural de acordo com o grau de proteção da terra. Segundo o primeiro parâmetro, verificou-se que 87,7 % da região é moderadamente vulnerável ou vulnerável, com predominância da morfogênese, sendo comuns escorregamentos e pouca estabilidade nas vertentes. Quando considera-se o uso e ocupação da terra, verifica-se considerável mudança no nível de estabilidade na bacia. Não foi identificada área Estável, a Moderadamente Estável é predominante (49,42%) e a Medianamente Estável-Vulnerável corresponde à 45,71 %. A discreta alteração antrópica e a cobertura vegetal relativamente densa aumenta os níveis de estabilidade nesta região. A classe moderadamente Vulnerável (1,05%) ocorre em regiões cobertas por gramíneas, com rocha exposta ou usadas para atividades agrícolas, de reflorestamento e pecuárias. A área Vulnerável (3.61%) ocorre também em regiões com menor densidade de cobertura vegetal. Verifica-se então que a maior pressão antrópica pode agravar a vulnerabilidade do terreno. O uso e proteção da terra podem reduzir a incidência de processos morfogenéticos e aumentar e pedogênese.
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