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A Urbanização e Meio ambiente

Por:   •  2/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.927 Palavras (20 Páginas)  •  302 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS

URBANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE: UM ESTUDO SOBRE A FORMAÇÃO DO BAIRRO SANTA CRUZ, EM LUÍS EDUARDO MAGALHÃES (BAHIA).

Mailza Pereira Viegas da Silva Santos

Paulo Roberto Baqueiro Brandão (Orientador)

Projeto de Dissertação apresentado na etapa de qualificação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB.

Barreiras (Bahia, Brasil)

Fevereiro de 2019

Resumo

A finalidade desta pesquisa é apresentar uma análise acerca da relação entre urbanização  e meio ambiente, considerando o intenso processo de expansão urbana verificado nos últimos trinta anos em Luis Eduardo Magalhães, que está localizada no Território de Identidade da Bacia do Rio Grande (Bahia). A crescente expansão urbana nos cerrados baianos é resultante da introdução do agronegócio, acompanhada pela mobilização de mão de obra barata oriunda, principalmente, do Nordeste do país.  A expansão urbana não chega sozinha às cidades em crescimento. Muito pelo contrário, vem acompanhada de grandes interferências no meio ambiente, como erosão do solo, aumento da poluição sonora, do ar e das águas, modificação da paisagem, perda de fauna, supressão da vegetação, entre outros. O objetivo principal deste estudo consiste em analisar as implicações socioambientais do processo de urbanização em Luís Eduardo Magalhães, com ênfase no bairro Santa Cruz, o maior dentre os bairros populares daquela cidade. Para tanto, utilizaremos uma abordagem qualitativa, com foco principal em compreender, descrever e explicar os fenômenos sociais e culturais de grupos sociais e/ou indivíduos, utilizando dados bibliográficos, fontes documentais, além da iconografia, em uma perspectiva etnográfica. Desta forma, por meio desta pesquisa, pretendemos identificar as características do processo de urbanização no bairro mencionado e como o meio ambiente foi afetado, além de compreender os impactos socioambientais presentes gerados a partir  do processo de ocupação dos cerrados baianos.

Palavras-chaves: Urbanização; Impactos socioambientais; Bairro Santa Cruz; Luís Eduardo Magalhães (BA).

Sumário        

1. Introdução        4

2. Objetivos        5

2.1 Objetivo Geral        5

2.2 Objetivos Específicos        6

3. Referencial teórico        6

3.1 Breve contextualização histórica sobre a urbanização no Brasil        6

3.2 Impactos/implicações socioambientais da urbanização        10

3.3 Caracterização da área        10

4. Método e metodologias        12

5. Resultados e impactos esperados        14

6. Viabilidade técnica        14

7. Cronograma de execução        15

8. Referências        17


1. Introdução

Nas últimas décadas, a população passou a fixar-se cada vez mais nas áreas urbanas, o que cria, na maioria das vezes, o crescimento espacial das cidades (RODRIGUES, et al.,2010). No Brasil, a urbanização da sociedade é considerada um fenômeno recente, resultado de um processo que ocorreu de forma acelerada e desordenada. Como consequência dessa aceleração, temos a urbanização distribuída de maneira desigual, promotora, por sua vez, de múltiplos problemas socioambientais em escala urbana (LACERDA et al.,2010; MUCELIN; BELLINI, 2008; PIVETTA; SILVA FILHO, 2002).

No caso dos cerrados baianos, o processo de urbanização foi (e continua sendo) ainda mais vertiginoso que em outras regiões interioranas do país, principalmente a partir da apropriação do espaço rural para a introdução de atividades agroexportadoras prenhes em capital intensivo. Decorre disso a migração de sulistas, que, em grande parte, assumiram papeis regionalmente hegemônicos, e, por outro lado, de uma força de trabalho pouco qualificada, saída de outras regiões da Bahia e do Nordeste.  

Assim, a grande concentração de pessoas em algumas cidades dos cerrados baianos se deu por decorrência das migrações, mas também pelo êxodo rural, com a saída das populações que historicamente viviam nos Gerais, expulsas pelo avanço cada vez mais intenso do agronegócio. Dessa forma, tal crescimento urbano acontece por meio da incorporação das áreas contíguas à cidade, ou seja, pela ampliação do conjunto de ruas, casas, prédios, bairros, criação de loteamentos, entre outros.

É nessa conjuntura que o poder público não tem obtido melhores resultados na resolução de demandas derivadas do aumento populacional na área urbana, em especial nos bairros mais populares. Percebe-se a necessidade de atuações em planejamento e gestão, ao passo que tais setores são responsáveis pela organização do espaço urbano e melhoria da qualidade ambiental do mesmo (SILVA, 2012).

A expansão urbana não chega sozinha às cidades em crescimento. Muito pelo contrário, vem acompanhada de grandes interferências no meio ambiente, como erosão do solo, aumento da poluição sonora, do ar e das águas, modificação da paisagem, perda de fauna, supressão da vegetação, entre outros.

É neste contexto que o estudo ora apresentado propõe uma análise acerca da expansão urbana  e o meio ambiente verificado nos últimos trinta anos em Luis Eduardo Magalhães, que está localizada no Território de Identidade da Bacia do Rio Grande (Bahia), expondo, assim, as contradições do modelo de crescimento urbano acelerado e espontâneo, cuja formação se deu pela supressão de manchas de cerrado, podendo esclarecer também como se deu o tamponamento ou mesmo a extinção de riachos e veredas.

A área definida para a realização do estudo (Figura 1) possui características que a tornam um recorte espacial de análise pertinente e adequado com o objetivo da pesquisa.

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