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Por:   •  7/3/2015  •  2.976 Palavras (12 Páginas)  •  363 Visualizações

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VALORIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR

Comumente se diz avaliação ao ato de mensurar, através de notas ou de conceitos, o desenvolvimento escolar do aluno, quer aferindo a aprendizagem, quer o currículo. Isso se processa em razão do cumprimento legal dos estabelecimentos de ensino que, frisa-se, seguem normas da LDB e, também, visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem. Portanto é a avaliação uma instituição legal.

Contudo, visto que, ao longo de décadas, a avaliação é tomada mais no sentido de aprovar ou reprovar o aluno, de premiar ou de punir, de julgar, de condenar, e não de incentivar, de promover, de louvar, de reconhecer, de conquistar, de valorizar, de amar, vulgarizou-se, chegando-se, em muitos casos, às raias do ridículo. Em face disso e de outros desmandos tantos, em vez de avaliação, usar-se-á, aqui, valorização: valorização da aprendizagem escolar, valorização do rendimento escolar, valorização do currículo etc.

Mas o que é valorização da aprendizagem escolar? A própria etimologia da palavra já é bem clara, sem margem de dúvida. É dar valor ao que se aprende na escola. É dar força, coragem. É reconhecer a valentia, o esforço do aluno em aprender. É admitir os acertos, é certificar o mérito, é examinar e legalizar o conhecimento que o aluno construiu com a mediação do professor. É verificar como está o afloramento da informação inata do educando. É propiciar e incentivar este afloramento. É, enfim, o educador agradecer ao educando o ensejo que tem de ser-lhe o mediador, o condutor , o apoio, a experiência que o leva ao raciocínio, à ciência , a gostar da vida... a viver.

A escola deve ensinar tudo o que for útil à vida do aluno. Ensinam-se boas maneiras, patriotismo, civismo, práticas esportivas, conteúdos programáticos que condizem com a realidade e vivência a que o aluno estará sujeito. Deve-se incentivar, ainda, o serviço voluntário. Isso tudo deve ser valorizado, uma vez que o aluno, razão do processo ensino-aprendizagem, tem que dar uma resposta ao que é ensinado, tem que se empenhar para aprender, não deve receber notas ou conceitos “de graça” se ele próprio não se valoriza, mesmo com a força e coragem recebidas do professor. Aqui. já não é mais professor – aquele que professa ou ensina uma ciência -, mas, sim, educador. É bom lembrar que, antes de ser um bom profissional, o educador tem que ser um vocacionado. Só o vocacionado vai, realmente, se interessar por seus educandos, por mais que a remuneração não seja a desejada.

O educador sente-se grandemente recompensado, muito feliz, em verdadeira consciência de paz ao verificar o esforço e o resultado almejado de seus educandos. Incentiva-os, encoraja-os a que continuem nesse caminho, prevenindo-os das dificuldades a serem enfrentadas.É muito consciente, também, quanto ao fato de reprovações que acontecem em sua escola, pois elas depõem contra ao que se pode fazer para recuperar os alunos em defasagem de aprendizagem e não se o faz. As reprovações, em sua quase totalidade, pontuam a incompetência do educador e não do educando. O educador que não se atualiza, que não participa de encontros, que não se recicla, entrava o seu próprio andamento e o da escola, assemelhando-se mais a “um fóssil encravado num sulco”. Jamais tem ou teve vocação para o magistério.

Como valorizar o educando

Já no primeiro dia de aula, o professor deve jogar claro com os alunos, expondo seus objetivos instrucionais, o conteúdo programático, as atividades extraclasses, o que vai cobrar via exercícios ou atividades diversas quer em grupos, quer individuais e ou outros tipos de valorização ( para muitos ainda “avaliação”), mas, por favor, evite-se usar o termo prova. Uma vez que tudo em sala de aula pode ser valorizado, por que insistir com prova? No correr do bimestre (se as notas forem bimestrais) haverá tantas notas e ou conceitos que dispensarão os recursos da prova. Contudo, insiste-se, já no primeiro dia de aula, os alunos deverão estar a par de como serão valorizados.

Para que não haja dúvidas com que nível de aprendizagem o professor vai trabalhar, é muito bom que, na primeira semana de aula, faça-se uma sondagem com o respectivo diagnóstico de como está o nível dos alunos para a série em que estão matriculados, independentemente se já são alunos da própria escola ou transferidos. No caso de Língua Portuguesa, por exemplo, pede-se uma redação, mais precisamente uma dissertação, em que se verificarão, para aquele nível, a ortografia, a linguagem, a gramática, o conteúdo e a estética. Só aqui serão

observados e valorizados cinco itens, cuja pontuação vai depender do peso atribuído a cada um. Sugere-se que a ortografia tenha peso maior.

Também a linguagem oral deve ser observada, pois o aluno está na escola aprendendo um nível de linguagem diferente do que usa em casa ou na rua, com pronúncia correta, frases com sentido, verbos e concordância bem empregados. Ele precisará saber esta linguagem mais formal, pois vai ter que usá-la não só na escola, mas também nos ambientes formais, principalmente quando terá que ser entrevistado para um emprego ou em outras situações. Esta é mais uma valorização a ser usada, porém requer muita capacidade, sutileza e sabedoria da parte do professor.Ele é um líder. Deve girar na órbita dos alunos e não querer que eles gravitem em torno dele.

A auto-avaliação, ou melhor, a autovalorização é muito importante no quadro da valorização do aluno. O professor deve dar as coordenadas para o devido enquadramento desta atividade. Mais na frente, este assunto será enfocado novamente.

Os professores das demais disciplinas terão, cada um, sua maneira de valorizar o aluno dentro da sondagem , lançando mão do maior número possível de meios para a verificação do nível de seus alunos . É aconselhável que se faça uso da redação.

Com o prognóstico em mãos, o professor há de chegar à conclusão de que seu plano de aulas ou de conteúdos deverá passar por alterações, máxime na percepção de que terá de rever matérias da série anterior que muitos alunos não viram ou não aprenderam. E aí começa o trabalho consciente de que a carga conteudística nem sempre é o importante, pois se mal vista ou mal dada, não resolve nada. A seqüência do conteúdo, quando necessário, deve dar lugar para os imprevistos, para as dúvidas, para as revisões, para as aplicações quotidianas que os alunos apresentam e ou de que necessitam.

Ao longo do bimestre, o professor vai trabalhando

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