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Amazonas

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Por:   •  3/3/2014  •  Resenha  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  353 Visualizações

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A região onde atualmente se encontra o estado do Amazonas era parte integrante da Espanha, à época do descobrimento do Brasil pelos portugueses, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugal. O período de povoação europeia na Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, não havendo desrespeito oficial aos interesses espanhóis por parte dos portugueses quando penetraram na região amazônica.24 A ocupação do lugar onde se encontra hoje Manaus foi demorada devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata).25 24 Entre 1637 e 1639, o explorador português Pedro Teixeira partiu com uma expedição de Cametá até a cidade de Iquitos, no Peru, com a finalidade de tomar posse da região em nome do Império Português.24

A primeira tentativa de ocupação da região de Manaus ocorreu em 1657, quando tropas de resgate comandadas pelo cabo Bento Miguel Parente sairam de São Luís acompanhadas de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. Durante algum tempo, a tropa fixou-se na foz do rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e, como de costume, rezada uma missa. Em 1658, outra tropa de resgate oriunda também do Maranhão chegou à região, procurando além dos nativos, as chamadas drogas do sertão. Os nativos tinham suas aldeias saqueadas pelos exploradores e os rebeldes que recusavam-se a serem escravizados eram mortos. O interesse em construir um forte na localidade surgiu apenas em 1668, quando o capitão Pedro da Costa Favela, caçador de índios, ao retornar ao Pará, convenceu o governador Antônio Alburquerque Coelho de Carvalho da necessidade tática de se guarnecer a região contra o assédio dos holandeses e espanhóis. A missão de construir um simulacro de fortaleza foi dada a Francisco da Mota Falcão, que recebeu o auxílio de Manuel da Mota Siqueira.24

Assim sendo, a colonização européia na região de Manaus começou em 1669, com uma fortaleza em pedra e barro, com quatro canhões. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O Forte situava-se próximo a foz do Rio Negro e desempenhou sua missão durante 114 anos, sendo o capitão Angélico de Barros o seu primeiro comandante.26

Em 3 de junho de 1542 o rio Negro foi descoberto por Francisco Orellana, que lhe pôs o nome. A região onde se encontrava o Forte de São José da Barra do Rio Negro foi habitada primeiramente pelas tribos manaós, barés, banibas e passés, as quais ajudaram na construção do forte e passaram a morar em palhoças humildes nas proximidades do mesmo.26 A tribo dos "manáos" (na grafia antiga, atualmente mais conhecido como manaós),27 considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava e entrou em confronto com os colonizadores do forte.26 As lutas só cessaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos manaos através de casamentos com as filhas dos tuxauas, iniciando assim, à intensa miscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena Ajuricaba, forte opositor da colonização dos portugueses e que apoiava, no entanto, os holandeses. A morte de Ajuricaba foi um grande mistério: Foi aprisionado e enviado ao Pará, tendo morrido no percuso da viagem.28

Busto de Francisco de Orellana, o descobridor europeu do rio Negro.

Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Pode-se notar isso pela destruição do cemitério indígena, onde se encontra atualmente, a Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Gonçalves Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.29 30

A população cresceu tanto que, para ajudar no catecismo, em 1695

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