Apropriação do Lugar para Construção de Conceitos
Por: aspmontini • 29/6/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.186 Palavras (5 Páginas) • 241 Visualizações
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Disciplina: Educação em Geografia
Alunas: Andrea Montini, Ludmilla Pereira e Tainá Capoto Tutor: Carlos Henrique
Data: 31/10/2016
Tarefa: Apropriação do Lugar para Construção de Conceitos
A cidade de Alto Paraíso de Goiás está localizada no Nordeste Goiano, a 230Km de Brasília, no topo da Serra Geral do Paranã, onde se concentram as nascentes do rio Tocantins à Chapada dos Veadeiros. Tem uma população de aproximadamente 7.262 habitantes, e é portadora do título da UNESCO de Patrimônio da Humanidade. A cidade abriga o distrito de São Jorge, porta de entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, sendo composta por uma modesta zona urbana e grande área rural.
Pelo Decreto Lei Estadual 557 de 30 de março de 1938, Veadeiros (seu antigo nome) surge como distrito de Cavalcante. Em 12 de dezembro de 1953, através do decreto estadual Nº 808, Veadeiros foi elevada à categoria de município, desmembrando-se de Cavalcante e pertencendo à Comarca de Formosa e Veadeiros. Em 1963, depois da Lei Estadual 4.685 de 15 de outubro de 1963, a cidade foi batizada de Alto Paraíso de Goiás.
Seu nome foi inspirado por sua beleza natural, visto que está rodeada por cristais – que gera fortes efeitos magnéticos-, montanhas, rios e cachoeiras. Sua diversidade cultural provém da mistura da cultura local, de raízes negras e quilombolas, com a cultura alternativa – que chegou à cidade a partir de 1964 por grupos de pessoas que buscavam um modo de vida mais sustentável. Essa mescla em meio à natureza, à simplicidade e aos cenários exuberantes fazem de Alto Paraíso de Goiás um lugar mágico com mais de 120 cachoeiras catalogadas de diversos tamanhos e águas cristalinas de variadas cores.
O sistema de saneamento de Alto Paraíso está passando por um processo de mudanças não bem definidas. Em 2013, o então prefeito decidiu, sem consulta popular, construir uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETA) cujos efluentes seriam despejados em um dos principais rios da cidade, o São Bartolomeu, que é indispensável para o ecossistema regional e para diversas pessoas que dependem de suas limpas águas para sua sobrevivência e para a produção de alimento. Foi então que deu-se início à luta da população para impedir a construção da ETE, pois tal projeto não oferecia a mínima garantia de que os resíduos não prejudicariam o rio. A pressão popular impediu o progresso da construção da ETE e o caso foi investigado mais afundo. A cidade também apresenta um grande dilema com a questão do lixo. Até então não há o devido comprometimento com a usina de reciclagem, que está abandonada, e os resíduos são lançados a um lixão a céu aberto, ocasionando contaminações.
O Polo da UNB/EAD localiza-se na Rua São Jorge, Quadra 26, Parte da APM 06, no centro da cidade. O acesso é feito através de veículos particulares ou do serviço de moto-taxi. Quem mora em outra cidade e não tem carro próprio conta com os ônibus da Real Expresso ou Santo Antônio e com os serviços de lotação.
O prédio está perto da prefeitura da cidade, e também de onde acontece a Feira do Produtor Rural, evento que promove a economia local através da interação do setor da agricultora familiar, do setor culinário e do artesanato com a comunidade em geral. As principais atividades econômicas presentes na cidade são o turismo, o comércio e a agricultura. A vegetação em volta é típica do cerrado, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil. Também é possível visualizar a presença predominante da braquiária, um tipo de capim de rápida propagação muito utilizado por criadores de gado que, em algumas áreas, torna-se invasivo e dificulta a reprodução de espécies nativas.
A UAB/UnB teve início na cidade com a aprovação da Lei nº. 778, de 23 de julho de 2007, que:
“Dispõe sobre a implantação do Projeto Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB no Município, de que tratam os arts. 80 e 81 da Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o Plano Nacional de Educação aprovado pela Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, e da Lei nº 11.273, de 06 de fevereiro de 2006, bem como nos termos dos Decretos Federais nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, nº 5.800, de 08 de junho de 2006 e dá outras providências.” (MUNICIPAL, Alto Paraíso de Goiás, 2007)
Em 20 de maio de 2008 foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica nº 348/2008 (Processo nº 23.000.027007/2007-59), que entre si celebraram a União, representada pelo Ministério da Educação (MEC) por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Município de Alto Paraíso de Goiás e da Universidade Estadual de Goiás (UFG) e a Universidade de Brasília (UnB).
As instituições responsáveis pela criação do polo foram a Universidade de Brasília e a Universidade Federal de Goiás. A Prefeitura é a sua mantenedora junto com as Universidades parceiras e sua gestão é realizada efetivamente através do Conselho do Polo.
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