As Fases do Capitalismo

O Capitalismo comercial ocorreu no século XV até a primeira metade do século XVIII, no período do mercantilismo. Portugal, Inglaterra, França, Espanha e Holanda, potências da época, ao explorarem novas terras, comercializarem escravos, metais preciosos, produtos agrícolas e especiarias, enriqueceram tendo as trocas de mercadorias como o centro da economia. Houve as grandes navegações e descobrimentos, o colonialismo e crescimento da burguesia.

Em meados do século XVIII, ocorre o início de vertiginosas transformações no setor produtivo industrial – conhecidas historicamente como Revolução Industrial, apresentam três fases - que contaram com o pioneirismo da Inglaterra.

O pioneirismo inglês teve como fatores essenciais a ascensão da burguesia combinada à limitação dos poderes da autoridade real e ampliação da atuação do parlamento que beneficiou os avanços das navegações e a realização de vantajosos acordos econômicos. A exploração intensa das riquezas do país, carvão mineral e minério de ferro, matéria-prima e fonte de energia propiciaram o avanço do sistema de transportes e da indústria, surgindo as locomotivas, navios e máquinas à vapor. Essas máquinas, navios e locomotivas foram desenvolvidas pelos estudiosos iluministas e catapultaram a produção das indústrias têxteis, siderúrgicas e metalúrgicas. O incentivo ao êxodo rural, para destinar o campo à criação de ovelhas para produção lã formou grandes aglomerações nos centros urbanos e uma imensa classe operária, formada até mesmo por crianças, explorada por longas jornadas de trabalho e baixos salários. Esses fatores propiciaram um acúmulo de capital que conduziu o país a um franco processo de expansão a partir do século XVIII, a primeira fase da Revolução Industrial, que foi disseminado pela Europa na segunda metade do século.

A substituição do trabalho manual pelo mecânico e o uso de recursos energéticos deu início ao capitalismo industrial. A indústria se expandiu e virou o centro da economia, multiplicou-se em diversos países, crescendo também o número de trabalhadores e diretamente ampliando a classe operária (ploretariado). A produção em larga escala sobrecarregou o mercado, em busca de mercado consumidor os países europeus partiram para a África e Ásia, o neocolonialismo Os conflitos ocasionados por essa disputa fomentaram a Primeira Guerra Mundial.

A segunda fase da Revolução Industrial teve início entre o final do século XIX e o início do século XX nos Estados Unidos e teve como protagonistas a França, Japão e Alemanha. O aperfeiçoamento tecnológico levou ao avanço das telecomunicações com invenção do telefone, rádio e do telégrafo e também dos veículos automotores e do avião, facilitando assim a exploração de novos mercados e a aceleração do ritmo industrial. As principais matérias primas foram o aço e o alumínio, pela resistência, maleabilidade e menor custo. O petróleo, que antes era permitido somente em pesquisas laboratoriais, se tornou fonte de energia das novas máquinas, contando com a combustão e a energia elétrica. As indústrias automobilísticas, siderúrgicas, químicas e petrolíferas se desenvolveram e mudaram o rumo da humanidade. O capitalismo começa a ganhar espaço e romper as fronteiras da economia mundial.

A terceira fase da Revolução Industrial teve início a partir do fim da Segunda Guerra Mundial com os Estados Unidos continuando a frente, acompanhado pelo Japão e levando em conta a importância de países emergentes, China, Rússia, Brasil e Índia. Também chamada de Revolução Técnico-Científica, corresponde ao processo de inovações no campo da informática e suas aplicações nos campos da produção e do consumo. As grandes realizações desse período são o desenvolvimento da biotecnologia, a escalada espacial, a robótica, a genética, entre outros avanços. Foi responsável pela total integração entre a ciência, a tecnologia e a produção. Com a internet, criada no final do século XX, veio a globalização que transformou as relações internacionais tanto governamentais, quanto comercais e interpessoais. Houve a formação e expansão de empresas globais e a descentralização da indústria, uma cidade passou a ser importante economicamente quando porta um grande setor terciário e não indústrias. Isso gerou a terceirização da economia, supervalorização da máquina, em detrimento do ser humano, principalmente nos setores primários e secundários. Houve