O Imperialismo, Fase Superior Do Capitalismo (1917)
Pesquisas Acadêmicas: O Imperialismo, Fase Superior Do Capitalismo (1917). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: julicleidy • 1/8/2013 • 1.601 Palavras (7 Páginas) • 834 Visualizações
LÊNIN, V. I. O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo [Ensaio Popular]. In: ______. Obras Escolhidas. v. 1. 2ª ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1982.
O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo (1917)
É um livro escrito em 1916, em Zurique, durante o período de janeiro a junho, por Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido como Lênin, foi um importante revolucionário, líder da Revolução Russa de 1917, e estadista russo. Nasceu em 22 de abril de 1870 na cidade russa de Simbirsk (atual Ulyanovsk) e morreu em 21 de janeiro de 1924 em Gorki (próximo a Moscou).
O livro teve seu ensaio publicado pela primeira vez por Zhzn i, Znaniye Publicações, Petrogrado, em meados de 1917; após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) ele redigiu um novo prefácio para as edições francesa e alemã (06 de julho de 1920), que foi publicado na Internacional Comunista 18 (1921).
No livro, o autor, a partir da análise de estatísticas burguesas do século XX e das relações econômicas internacionais que se estabelecem em período precedente à primeira guerra mundial trata a respeito do que se chama a fase monopolista do capitalismo financeiro, o Imperialismo, que é a fase mais avançada e superior do capitalismo, que se deu com o desenvolvimento deste e com a sua tendência de concentração da produção e do capital em grandes empresas.
Ao longo do texto, Lênin vai caracterizando a fase monopolista do capitalismo financeiro como; a formação dos monopólios nos diversos ramos da economia, a dominação da oligarquia financeira(bancos e capital industrial),o acirramento de uma disputa entre os países imperialistas pela hegemonia na Europa, a partilha do mundo entra as associações de capitalistas, e a partilha do mundo entre as grandes potências (neocolonialismo).
Um breve resumo para compreensão dos capítulos do livro
1- Concentração da produção e os monopólios
Nesse primeiro capítulo Lênin trata exatamente desse "avanço" do capitalismo que se dá por conta do grande desenvolvimento da indústria e a concentração da produção em empresas cada vez maiores.
A livre concorrência gera a concentração da produção que conduz ao monopólio que surgiu nas décadas de 1860 e 1870 com a livre concorrência em alto desenvolvimento.
O autor cita Karl Marx, que, em O Capital, explica muito antes de ocorrer esse fenômeno, Marx já anunciava que a livre concorrência gera a concentração da produção, que num certo grau de desenvolvimento, conduz ao monopólio.
Com o monopólio, é grande a dificuldade de concorrência, já que, em função de se ampliar os lucros, cada vez mais os grandes capitalistas apostam na integração entre empresas, dificultando cada vez mais a possibilidade de crescimento das pequenas empresas. Dá-se então a substituição da livre-concorrência pela formação de monopólios.
O processo de monopolização se qualifica com a formação de uniões monopolistas (cartéis, sindicatos patronais e trustes).
2- Os bancos e o seu novo papel
Os bancos, nesse processo de desenvolvimento do imperialismo têm uma participação fundamental, uma vez que seu papel que antes eram apenas intermediários, é alterado A concentração de capital e o aumento do movimento dos bancos modificam radicalmente a importância deles. contribuindo para a concentração cada vez maior de capital e monopolização da economia.
“À medida que vão aumentando as operações bancárias e se concentram num número reduzido de estabelecimentos, os bancos convertem-se, de modestos intermediários que eram antes, em monopolistas onipotentes”
Surge a união pessoal dos bancos com grandes empresas e governo, mediante a posse de ações, participação da direção dos bancos e das empresas, desenvolvendo e aperfeiçoando os grandes monopólios capitalistas, dividindo o trabalho entre reis financeiros da sociedade.
3- O capital financeiro e a oligarquia financeira
O capital financeiro que nada mais é do que a fusão do capital bancário com o capital industrial; é, portanto, um capital de que os bancos dispõem e que os industriais utilizam.
O capital industrial ou capital financeiro se encontra a disposição dos bancos e que os industriais utilizam, onde, concentrado em poucas mãos obtém lucro enorme, consolidando a dominação da oligarquia financeira e impondo a toda a sociedade um tributo em proveito dos monopolistas.
O autor cita exemplo de empresas que têm participação em outras. E, mostrando o total de valores emitidos no mundo era em 1910, destaca os quatro países capitalistas mais ricos são a Inglaterra, França, Estados Unidos e a Alemanha.
4- A exportação de capital
O capitalismo moderno é caracterizado pela exportação de capital, na qual impera o monopólio, que dá-se pelo fato de ter ocorrido um amadurecimento do capitalismo em alguns países e o capital precisa de campo para a sua lucratividade e través da exportação de capitais para os países atrasados, resulta-se em lucros elevados.
Esses capitais exportados, todavia, tem por objetivo subjugar ainda mais um país em relação a outro através na divisão internacional do trabalho. Trata-se de sob argumento de modernizar os países mais atrasados, interpenetrar-se no seu sistema produtivo e financeiro, através do capital financeiro para assim expropriar riqueza e transferir mais valia de um país para o outro através também da circulação de capitais.
5- A partilha do mundo entre as associações capitalistas
Com a expansão das "zonas de influência" dos maiores grupos monopolistas, com o aumento da exportação de capitais, com a ampliação das formas de relações com o estrangeiro, naturalmente, acordos de formação de cartéis internacionais, supermonopólio, vão sendo realizados entre os grandes grupos monopolistas.
As associações de monopolistas (cartéis, sindicatos, trust) partilham entre si o mercado interno, apoderando-se da produção do país. Mas sob o capitalismo interno está inevitavelmente entrelaçado com o externo.
É nessa dinâmica que vai se desenhando a partilha do mundo entre os grandes grupos capitalistas e por consequências pelos Estados, também capitalistas.
6- A partilha do mundo entre as grandes potências
Quanto mais o capitalismo se desenvolve, mas se faz sentir a falta de matérias-prima, mais dura se torna a concorrência e a procura de fontes de matérias-primas no mundo inteiro, e
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