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As Teorias Demográficas

Por:   •  3/9/2016  •  Ensaio  •  934 Palavras (4 Páginas)  •  349 Visualizações

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IFBA- Instituto Federal da Bahia

Estudante: Bruna Alves Santos

Orientador: Ivan Matos

Turma:5831

N° 05

Teorias Demográficas

Para começar vamos entender qual o objeto de estudo da demografia. Bom, a demografia é a ciência que estuda a dinamicidade populacional humana por meio de estatísticas que utilizam como critérios e religião, educação, etnia e outros critérios que são influenciados por fatores como taxa de natalidade, fecundidade e migrações. Em outras palavras, seu objetivo é analisar e estudar o movimento populacional, como a mesma está estruturada, sendo levado em consideração a faixa etária, o sexo, dentre outras características da população.

Sabendo o que de fato estuda a demografia, percebeu-se ao longo dos anos a necessidade de esquematizar como ocorre essa dinamicidade. Assim, com a presença de tal necessidade, surgiu as teorias demográficas.

A primeira teoria que surgiu, que serviu de “base” para todas as outras, foi elaborada por Thomas Robert Malthus, a Teoria Malthusiana. O desenvolvimento de sua teoria se deu no contexto da Revolução Industrial, onde era notável o grande aumento populacional nas cidades industrializadas, seguida de baixos salários e situações extremamente precárias. Observando tais fatos, Malthus concluiu que os problemas sociais estavam relacionados com o excesso de população no espaço das cidades. Além disso, previu que a população tendia a crescer ainda mais rapidamente do que outrora, o que o fez concluir que o crescimento demográfico seria superior ao ritmo de produção de alimentos.

A teoria Malthusiana afirmava que o número de pessoas aumentava conforme uma progressão geométrica (2,4,8,16, 32, 64, …), enquanto a produção de alimentos e bens de consumo crescia conforme uma progressão aritmética, portanto, mais lenta (2, 4, 6, 8, 10, 12, …).  Sua teria pode ser resumida no gráfico a seguir:

[pic 1]

Fonte: Geografia Opinativa

Assim, para evitar a ocorrência de grandes tragédias sociais, Malthus defendia o “controle moral” da população, em outras palavras, defendia a abstinência sexual. Dessa forma, os casais só deveriam possuir filhos caso tivessem condições para sustentá-los. Nesse sentido, para o malthusianismo, os casais mais pobres não deveriam casar-se e procriar, pois gerariam apenas miséria para o mundo.

Depois de um certo período, no pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus, sendo este chamado de Teoria Neomalthusiana. Nesse sentido, dotados das mesmas preocupações de Malthus, os neomalthusianos afirmaram que era necessário estabelecer um controle do crescimento populacional, enfatizando que um país era pobre por conta do grande crescimento demográfico que apresentava. No entanto, diferentemente do malthusianismo, o neomalthusianismo defendia o uso de métodos contraceptivos, o que não era aceito anteriormente em função da formação religiosa de Malthus. Com isso, o neomalthusianismo foi amplamente adotado como política de governo por parte de inúmeros países, incluindo o Brasil, que passaram a estabelecer políticas de controle sobre o aumento de seus habitantes.

Há relatos que além do contexto citado anteriormente, essa teoria cresceu em meio aos avanços medicinais, proporcionando uma queda brusca na taxa de mortalidade de vários países pobres. Assim como, há estudos mais aprofundados que relevam que o único propósito dessa teoria era barrar o crescimento da população de outros países, evitando assim a entrada de imigrantes em países mais ricos e desenvolvidos.

As teorias contrárias a essas teorias não tardaram em aparecer. Uma das principais teorias contrárias ao malthusianismo e ao neomalthusianismo foi baseada no pensamento de Karl Marx, onde ficou conhecida por Teoria Reformista. Para esta teoria, a superpopulação é a causa da pobreza (contrariando as teorias citadas acima, em que a pobreza favorecia a superpopulação). Enfatizando que a causa de tudo está na má distribuição de renda, a concentração de riquezas nas mãos de poucos. E segundo os reformistas, se há uma melhora na vida da população pobre, há mais acesso à educação, saúde e informação, impedindo assim o rápido crescimento demográfico.

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