As Teorias Do Campesinato Resumo
Por: Snitram10 • 13/12/2023 • Resenha • 606 Palavras (3 Páginas) • 113 Visualizações
O objetivo do texto é explicar que campesinato é parte do capitalismo porque é recriado pelo capital por meio das relações de compra e venda da terra e/ou do arrendamento e se recria por meio da luta pela terra, principalmente pelas ocupações de terra (FERNANDES, 2000). entretanto a análise da questão agrária e dos processos históricos de construção de paradigmas, especialmente no contexto da modernização da agricultura no capitalismo, ressalta a centralidade do campesinato, provocando um debate intenso nesta obra de Munir Jorge Felício, onde ele cita as ideias e pensamentos de vários autores como: (WANDERLEY, 2009, p. 71 e p. 115), que disse: no intenso processo de proletarização “o camponês é um trabalhador para o capital”, pois, “o assalariamento é a condição principal para o acesso, mesmo precário à terra”, já (ABRAMOVAY, 1998, p. 127), diz que pela integração através da metamorfose quando “aquilo que era antes de tudo um modo de vida converte-se numa profissão, numa forma de trabalho”, outro autor é (VEIGA, 1991, p. 191) que traz a ideia de que pela integração ao mercado, “os agricultores familiares operam em mercados de produtos e fatores completamente desenvolvidos”, e vem (MENDRAS, 1984, p. 123) deixando a seguinte contribuição: “ O camponês tornou-se cada vez mais um agente econômico”. O autor cita também a opinião de (FERNANDES, 2008, p. 9) em que ele diz que “a subalternidade e a expropriação aparecem como uma suposta ineficácia do campesinato e não como intensa exploração do agronegócio”.
De acordo com o texto, o campesinato se desenvolve no capitalismo, mas não faz parte da sua lógica e perspectiva. A modernização da agricultura sob o capitalismo representou uma mudança significativa nos métodos de produção agrícola, impulsionada por avanços tecnológicos e transformações estruturais. Enquanto a modernização busca aumentar a eficiência e a produção, o campesinato, historicamente vinculado a práticas agrícolas tradicionais, enfrenta desafios em meio a essa transição.
Conforme as ideias do texto, o avanço do capital na agricultura os camponeses “não desaparecerão completamente, nem permanecerão estruturalmente como antes [...]” (SHANIN, 1980, p. 57) porém o desenvolvimento econômico muitas vezes coloca em xeque a existência do campesinato, com pressões para a adoção de modelos agrícolas mais intensivos e orientados para o mercado. A resistência do campesinato a essas mudanças destaca a importância de reconhecer a diversidade de práticas agrícolas e a preservação das culturas locais. O debate se intensifica ao considerar não apenas a eficiência econômica, mas também a sustentabilidade ambiental e a justiça social.
De acordo com o autor, a questão agrária, nesse contexto, torna-se imprescindível para compreender as dinâmicas sociais, econômicas e ambientais. Ignorar o papel do campesinato na construção de paradigmas pode resultar em desequilíbrios e conflitos. Portanto, é crucial incorporar uma abordagem holística (integral), que reconheça a contribuição única do campesinato para a diversidade agrícola e cultural.
Para o autor e conforme Kautsky (1986) e para Lênin (1980), o fim do campesinato está nos processos de diferenciação, de expropriação ou pela sujeição do campesinato ao Estado socialista, por isso, a construção de paradigmas na questão agrária não pode ser dissociada do debate sobre o desenvolvimento e da necessidade de encontrar equilíbrios sustentáveis. O reconhecimento da importância do campesinato não apenas como produtor, mas como guardião das tradições e práticas sustentáveis, é vital para construir um paradigma que integre eficiência econômica, justiça social e preservação ambiental e manutenção do campesinato.
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