Biogeografia Do Brasil
Artigos Científicos: Biogeografia Do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Teluski • 21/4/2014 • 1.445 Palavras (6 Páginas) • 1.373 Visualizações
BIOGEOGRAFIA DO BRASIL
Cornélio Procópio
2011
BIOGEOGRAFIA DO BRASIL
Cornélio Procópio
2011
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2 BIOGEOGRAFIA DO BRASIL ................................................................................. 5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO
A Biogeografia procura compreender a inter-relações da vida animal e vegetal, como as duas esferas interferem sobre as paisagens e se relacionam entre si e com o meio natural.
Os primeiros estão essencialmente situados nos domínios paisagísticos das caatingas, dos cerrados, totalmente incluídos em território brasileiro, e das pradarias mistas subtropicais pertencentes a paisagem que se estende além desses limites. Os outros são os originados da ação antrópica resultando em expansão da paisagem aberta principalmente em virtude da devastação da cobertura florestal.
1 BIOGEOGRAFIA DO BRASIL
Biogeografia é o ramo das ciências biológicas que estuda a distribuição dos seres vivos (animais e plantas) na superfície terrestre (continentes e oceanos) e, também, as causas dessa distribuição no espaço e no tempo, pois não pode se resumir ao estudo atual da distribuição das espécies. Tem que proceder historicamente. Tem sempre que existir um componente histórico, já que tem que explicar como era a distribuição no passado geológico, e de que modo as espécies estudadas alcançaram a distribuição atual.
A ciência da Biogeografia é uma ferramenta muito importante, pois em um país como o Brasil que apresenta aproximadamente 70 mil espécies vegetais o domínio da mesma mostra se obrigatório. O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta quase 25% das espécies de plantas existentes se encontram em seu solo, portanto podemos dizer que o estudo dessa vegetação é objeto tanto da biologia quanto da geografia.
O relevo, solo, fauna e flora são importantes fatores condicionantes de ocorrência de determinada formação vegetal. Entretanto o clima é crucial, pois sua ação se expressa nos níveis de umidade atmosférica, na temperatura do ar,na quantidade de luz recebida pelas espécies,nos ventos que desempenham importante papel na dissipação das sementes e, por conseqüência,na distribuição de determinadas espécies pelo espaço.
Há mais de 100 milhões de anos, a América do Sul se separou da África, e os mamíferos eram muito raros. Há cerca de 70 milhões de anos, ela se separou da América do Norte, quando os mamíferos começavam sua trajetória vencedora e se espalhavam pelo mundo. Aqui, dominavam os marsupiais, mamíferos mais antigos, parentes dos cangurus da Austrália, que também já era uma ilha. Há três milhões de anos, as Américas se juntaram de novo, assim muitos mamíferos migrarão para o sul. Deles, os de maior importância econômica foram as lhamas e as alpacas, tão úteis aos povos andinos, mas que não passaram da cordilheira, face ao “verde mar amazônico”. Além delas, não chegaram ao Brasil, o urso e nem vários outros mamíferos que chamam a atenção do público.
A Caatinga é o grande desafio brasileiro, por ser semi-árida e desertificável. Apesar disto, sua biodiversidade é invejável. Por exemplo: o número de aves que abriga é maior do que o de qualquer país europeu; ele é comparável ao da Rússia, incluindo a Sibéria, ainda que esse país tenha um território quase 20 vezes maior. A Caatinga é um grande retalho de ecossistemas, com muitas áreas desertificadas, extensa vegetação de arbustos, cactos e matas secas, freqüentes matas de várzea e ribeirinhas, e até várias dezenas de expressivos recortes de matas tropicais mais úmidas. Seus rios, que nascem fora da região, e suas montanhas, que condensam a pouca umidade que vem do mar, sustentam florestas, talvez remanescentes das que um dia lá existiram.
O Subtrópico Brasileiro é a única grande região climática não tropical do país. Os nossos pinheiros e o ratão do banhado só existem por lá, e na América do Sul de clima parecido. Os campos que admiramos nas paisagens européias consagradas por muitos pintores famosos, só existem em nossas terras de lá. Elas são os nossos únicos grandes produtores de trigo, maçã, pêra e outras frutas de climas frios, e do sul saem os nossos bons vinhos. Diferentes povos europeus colonizaram suas terras, criando paisagens, que lembram suas origens. Lá estão as nossas melhores terras, as nossas primeiras de grande expressão na agropecuária mundial, e um dos nossos principais celeiros. Porém, pouco restou da sua paisagem natural.
Amazônia Sul-Oriental, um arco envolvente, menos úmida do que as outras, com vastas riquezas naturais; é a grande fronteira de expansão econômica e demográfica atual do país.
A Amazônia Ocidental Brasileira, a mais úmida e isolada de todas é também, a de menor potencial econômico; este se concentra nas suas possibilidades em gás e óleo, afastadas dos atuais grandes centros consumidores.
A Amazônia Centro-Norte, intermediária em umidade, potencialidades econômicas e isolamento. O desenvolvimento da Amazônia brasileira acompanhará esta gradação: difuso e impactante na Sul-Oriental; isolado e pontual, na Ocidental; e linear, ao longo do sistema viário existente, na Centro-Norte.
As nossas savanas cobrem cerca de 2 milhões de km2 contínuos, extensão de bioma só superado pelas
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