Crise do Ensino Publico: Depois dela, o vazio?

RESENHA CRÍTICA

BRAGHINI, Katya. Crise do ensino público: depois dela, o vazio? 12 de novembro de 2016.

O texto a ser relatado tem como título Crise do ensino público: depois dela, o vazio? Escrito no dia 12 de novembro de 2016, é um artigo que contém cinco laudas.

Katya Mytsuko Zuquim Braghini é professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no PEPG em Educação: História, Política, Sociedade (EHPS). Pós-doutorada no Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação (GEPHE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora e Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Graduada e Licenciada em História pela Universidade de São Paulo. Coordena o programa de pesquisa A história da escola por seus objetos: etno-história da escola brasileira - séculos XIX e XX. Coordena o Núcleo de Estudos Escola e seus Objetos (NEO). É pesquisadora dos seguintes grupos de pesquisa: Núcleo de Pesquisas sobre a Educação dos Sentidos e das Sensibilidades (NUPES- GEPHE - FAE-UFMG) e do Grupo de Estudos e Pesquisas: Infância, Cultura e História (GEPICH - UNIFESP). Membro da Sociedad Española para el Estudio del Patrimonio Histórico-Educativo (SEPHE-Espanha). Membro da Red de Estudios de História de las Infancias en América Latina (REHIAL, México). O interesse de pesquisa está concentrado na área de História da Educação, investigando os seguintes assuntos: cultura material escolar; espaços escolares, inovações e mercado didático, patrimônio científico-escolar brasileiro. Tem interesse em estudos históricos sobre a juventude e movimentos estudantis; educação e ditadura civil-militar no Brasil. Recebeu o Prêmio Jabuti (2016), categoria Educação (3º lugar) com a obra "Juventude e pensamento conservador no Brasil", atribuições pesquisadas no currículo lattes.

 A autora Katya descreve sobre os acontecimentos que vieram de encontro com a escola pública, laica e gratuita e como isso iria alterar o progresso que a escola caminha, a luta pela transformação e esperança de um futuro melhor para a classe dominada. A autora fala sobre a importância da escola que juntamente com ela veio a esperança de se ter um amanhã melhor e de qualidade principalmente direcionado a classe menos favorecida, educadores que se comprometem com o ensino público e pretendem transformar a dura realidade que se vê. A educação é prioridade, mas essa prioridade que a autora discorda enfatizando a quem se refere essa prioridade. Se fala em escola democrática que é aquela que prioriza todo o corpo escolar na tomada de decisões, participação dos alunos que se resume a coletividade. Mas atualmente a educação está se tornando excludente, favorecendo a classe dominante, o documento que foi lançado e aprovado a chamada Pec 241, aprovada na câmara dos deputados e pelo anterior presidente Michael Temer que atualmente está preso, a Pec é a proposta para congelar gastos públicos inclusive com a educação. Depois de tantas lutas a educação que caminhava para uma educação pública e de qualidade como a autora cita é lançada a “sorte” de um futuro melhor.

Uma fala que se encaixa muito ao contexto em que o artigo foi escrito é que segundo Paro (2016, p.50) “Parece, assim, que o caso da educação constitui apenas mais um dos exemplos do descaso do poder público para com os serviços essenciais a que a população tem direito” (...)  a população tem direito  a ensino de qualidade, sem mencionar que a luta pela escola pública vem de uma série de fatos históricos para ser o que hoje é, para todos. Como cita a Constituição da república federativa do Brasil de 1988 no artigo 205 que a educação é um direito de todos, dever do estado e da família. A escola é histórica e precisa ser amparada, somente através desse ensino que se formará cidadãos capazes de raciocinar de forma reflexiva e sair do senso comum. Sua importância está no potencial formador sobre a vida das pessoas, educação transformadora, que prepara o aluno para as questões e problemas sociais que estão vigorando nos dias de hoje, pelas lutas que hoje está se travando, pois vai variar de acordo com o contexto social em que estamos vivenciando, o de 2016 é diferente do contexto de 2019.