Deriva continental e tectônica de placas

Os abalos sísmicos resultam do movimento contínuo das placas tectônicas.

A ideia da mobilidade das camadas superficiais surgiu pela primeira vez em 1596, proposta por Abraham Ortelius. Ele identificou encaixe entre a Europa e a África com a América.

Partindo dessa observação, Alfred Wegener apresentou, em 1912, semelhanças entre fósseis na América e na África e argumentou que isso só seria possível se os continentes estivessem juntos no passado. Então propôs a teoria da deriva continental, a qual afirma que, há 225 milhões de anos, tudo era um único supercontinente (Pangeia) e era cercado por um imenso oceano (Pantalassa). A primeira separação da Pangeia originou dois blocos: Laurásia (norte) e Gondwana (sul). Entretanto, Wegener não conseguiu explicar o que fazia os continentes se movimentarem.

Sua teoria só foi retomada em 1940, beneficiada pelas tecnologias da 2° G.M., que possibilitaram confeccionar mapas detalhados do fundo oceânico.

Na mesma década, pesquisadores mapearam uma cadeia de montanhas submarina (Dorsal Mesoceânica Atlântica), onde ocorre intensa atividade vulcânica e formação de novas rochas pelo afastamento de placas tectônicas.

Então surgiu a teoria da tectônica de placas, proposta por Harry Hess. Ele concluiu que a crosta oceânica é dividida em placas tectônicas. As rochas mais próximas do limite das placas apresentam idade geológica recente e, à medida que se afastam dos limites, as rochas são mais antigas.

Movimento das placas

O rompimento da camada litosférica deve-se à sua pequena espessura em relação ao manto e ao núcleo e por estar submetida à pressão e às elevadas temperaturas na mesosfera, que, por apresentar fluidez no seu material magmático, se movimenta em direção à superfície terrestre.

O movimento do magma – chamado de correntes de convecção - força as placas tectônicas a se movimentarem umas contra as outras. Ao colidirem, a mais densa mergulha no interior da Terra. Isso ocorre pela diferença de densidade entre o material aquecido e leve do manto, que sobe rumo à litosfera, e a placa mais pesada, que desce para o manto.

Ao mesmo tempo que o magma solidifica e acrescenta novos materiais rochosos a uma placa, ele as separa e as empurra umas contra as outras. Ao colidirem, originam fossas submarinas e são destruídas pelo processo de subducção (a placa mais densa mergulha debaixo da menos densa em direção ao interior do manto, onde as elevadas temperaturas a absorvem).