Didática e Metodologia do Ensino de Geografia

[pic 1]

Discente: Maira Luiza Spanholi

RA: 8041297

Pólo: Sinop/MT

Disciplina: Didática e Metodologia do Ensino de Geografia

Tutor: Victor Hugo Junqueira

1° Etapa

Leia o artigo: KAERCHER, N. A. A Geografia escolar: gigante de pés de barro comendo pastel de vento num fast food? Terra Livre, Ano 23, v. 1, n. 28, p. 27-44. 2007. Disponível em: <https://www.agb.org.br/publicacoes/index.php/terralivre/article/view/220> Acesso em 05 de maio de 2020. (confira no Material de Apoio). Em seguida, responda as seguintes questões:

1) Qual o significado do título do artigo?

        O título quer evidenciar que a Geografia Escolar tem um potencial muito grande de informações, mas aquelas que são repassadas aos alunos não os possibilitam grandes aprendizados, isso porque os professores tem preferido utilizar conceitos muito básicos da geografia, sem provocar o questionamento dos alunos, sem relacionar com atividades práticas, deixando as informações como assuntos abstratos e distantes da realidade dos alunos. A Geografia tem sido tratada em caráter informativo e ilustrativo e não se reflete sobre os espaços na vida das pessoas, sobre o teor político da disciplina. Há muito o que se ver na Geografia, mas pouco é utilizado, o que não provoca a reflexão por parte dos alunos.

2) Cite três críticas que o autor realiza as práticas dos professores de Geografia?

        Ausência do professor enquanto sujeito condutor do processo pedagógico. O autor destaca uma quase omissão do professor, que se preocupa mais em evitar o excesso de barulho do que alguém que instaura o conflito, a tensão cognitiva entre ele e os alunos antes e após sua explanação.

        Nas aulas de Geografia fica-se, no geral, num somatório de informações dispersas, sem um grau de encadeamento, seja com a aula anterior ou com a posterior. Não há uma processualidade nas explicações, fazendo com que os alunos não prestem atenção e, muitas vezes, não anotam e não perguntam e para as provas basta apenas memorizar aquilo que foi anotado, quando anotado.

        O professor caiu no laissez-faire, o deixar fazer, isso porque para evitar o excesso de aula, o professor evita a explanação e a condução. Isso seria um ponto positivo caso houvesse informações suficientes e a mediação e organização pelo professor, mas não é o que acontece.

3) De acordo com autor, como são abordadas as concepções de Geografia em sala de aula?

        Há ainda um predomínio da Geografia mnemônica, ou seja, voltada para a memorização dos assuntos. Tais assuntos que parecem soltos e sem ligação entre si, pois entende-se que por esses assuntos terem sido vistos ao longo do ano, os alunos já os entendem, sem construção desses conceitos e sem questionamentos. Não há incentivo para a construção da reflexão ou até mesmo da controvérsia. O que se vê é que fora das salas de aula, as concepções de quase todos os professores acompanhados são bem articuladas, progressistas e concatenadas, mas em sala de aula essa concepção fica bem menos consensual e organizada, correspondendo a uma prática bem mais desinteressante e conservadora.

4) Qual a crítica realizada pelo autor ao uso de mapas? Como este e outros recursos podem ser melhor aproveitados em sala de aula?

        Muitos professores pedem para os alunos desenharem mapas, mas não se preocupam em identificar se os alunos estão entendendo o que estão desenhando ou apenas reproduzindo um conteúdo. Há muito pouco o uso de mapas nas aulas de Geografia e eles são fundamentais, mas precisa-se fazer entender, não basta apenas mostrar inúmeros mapas acreditando que os alunos sabem a localização daquilo que está sendo falado. A visão é um recurso fundamental nas aulas de Geografia, mas além da quase inexistência dos mapas, há também muito pouco uso de outros materiais visuais. Fotos, imagens, charges, que são relativamente raras.

5) Quais os desafios do ensino de Geografia na atualidade?

        A Geografia não deve ser ensinada de maneira isolada, ela precisa estar interligada com as outras áreas do conhecimento e através dessa interação seja construída a capacidade de reflexão e expressão dos alunos. A Geografia deve ser uma ponte que conecta com mundo e os lugares com o nosso lar, nossa vida.

2° Etapa

Leia o artigo:

STRAFORINI, Rafael. O ensino de Geografia como prática espacial de significação. Estud. av., São Paulo, v. 32, n. 93, p. 175-195, Ago. 2018. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142018000200175&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em 05 de maio de 2020. Em seguida, responda as seguintes questões:

...