Dinâmica expansionista do Estado islâmico na Síria e no Iraque
Por: Katrin Corrêa • 6/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.603 Palavras (7 Páginas) • 315 Visualizações
Geomorfologia da Síria e do Iraque
A Síria está localizada na Ásia, no Oriente Médio e sua capital é Damasco. Faz fronteira com a Turquia, Iraque, Jordânia, Líbano e Israel. Seu território é banhado pelo mar mediterrâneo e sua maior parte é composta por desertos, é um país de clima mediterrâneo no litoral e árido no interior. Sua economia, em sua maior parte, gira entorno da exploração de petróleo e gás natural, além da agricultura. A Síria possui vários sítios arqueológicos e elementos históricos, por conta da sua ocupação que se deu há mais de cinco mil anos. (Wagner de Cerqueira e Francisco geógrafo). De onde você tirou essa informação, é um site, um estudo academico, essa referencia está feira errada).
Tabela I: Dados sobre a Síria.
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O Iraque está localizado na Ásia, no Oriente médio e sua capital é Bagdá. Faz fronteira com Turquia, Irão, Kuwait, Arábia Saudita, Jordânia e Síria. Possui relevo com presença de montanhas e seu ponto mais elevado fica no monte Haji Ibrahin. Quase todo seu território é coberto por desertos, com exceção das áreas banhadas pelos rios Eufrates e Tigre, onde o solo é bastante fértil. O Iraque tem clima tropical árido, com inverno frio e ameno e verão quente e seco. Sua economia gira entorno do petróleo e da exportação de Tâmara. (Eduardo Freitas, Geógrafo).
Tabela II. Dados sobre o Iraque.
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Dinâmica expansionista do Estado Islâmico na Síria e no Iraque
Após os EUA invadirem o Iraque com a justificativa que ali havia armas biológicas e associando o líder Iraquiano, Saddam Hussein ao grupo terrorista da Al Qaeda (Jonathan Weisman, Washington, 2006), grupos sunitas insurgentes começaram a disputar o território do Iraque, que vivia uma grande instabilidade após a invasão americana, esses grupos faziam resistência frente à coalizão liderada pelos EUA (Jason Burke, 2014). O cenário de instabilidade, tanto política como econômica e social, contribuiu para a ascensão de diversos grupos terroristas, incluindo o Estado Islâmico, que com a queda de Saddam Hussein, o estabelecimento de um congresso de maioria xiita no Iraque e a sua participação na guerra civil Síria, criou força e adesão de grande parte da população sunita, tanto no Iraque quanto na Síria. No auge da guerra do Iraque as primeiras cidades que receberam ofensivas dos insurgentes sunitas foram: Al Anbar, Nínive, Kirkuk, partes de Salah ad Din, Babil, Diayala e Bagdá. (The Washington Post, 2006).
No Iraque o Estado Islâmico fez diversas tentativas para a tomada de Mosul no início da sua expansão, porém só conseguiram se instalar em parte da cidade, o exército curdo fez resistência e ganhou apoio das forças de coalizão presentes, ofensivas ocorreram em Al Anbar, maior província do Iraque, onde hoje o Estado Islâmico domina quase todo o território e severos combates ocorreram em Fallujah e Ramadi, Capital de Al Anbar e cidade vizinha a Bagdá (BBC, 2014). O Estado Islâmico acabou conquistando o território a Oeste e norte do Iraque, e até hoje vem conquistando cidades estratégicas na região. Em junho de 2014, antes de Abu Bakr al-Baghdadi se auto proclamar Califa (BBC, 2014), o EI conseguiu conquistar Mosul e Tikrit (El País, 2014), duas cidades sunitas do Iraque. Em 2014 viu-se uma forte expansão do EI no Iraque, avançando em cidades importantes como Ramadi, causando preocupação tanto no cenário nacional quanto no cenário internacional, principalmente por causa da sua proximidade com Bagdá, capital iraquiana (AFP, 2014) Na Síria, onde acontecia uma violenta guerra civil, outro evento que deu força para a ascensão do Estado Islâmico, o EI instala sua base em Raqqa. Grande parte dos rebeldes que lutavam para destituir Bashar al-Assad do poder, se uniram ao grupo Jihadista. Em meio a turbulência da guerra civil síria e com o apoio de grande parte dos rebeldes sunitas, maioria no país (Global Post e CCN, 2013), o EI se estabeleceu em cidades importantes da Síria e foi expandindo seu território. Hoje já se sabe que o Estado Islâmico domina metade do território da Síria (CNN, 2013).
TERRITÓRIO
Cade a introdução
não entendi essa citação
“As organizações canalizam, bloqueiam, controlam, ou seja, domesticam as forças sociais.” (STOURDZÉ, Yves, 1973, Organisation, anti-organisation.)
O Estado Islâmico do ponto de vista do território é compreendido por uma zona de atuação, a escala a que nos referimos é local e regional. Abrangendo do Iraque a Síria e com bases em cada um desses países, (porque ele é compreendido como zona de atuação cade a referência?
SAQUET (2004) trás uma abordagem quanto a produção do território e seus atores, ele diz que o território é produzido por relações de poder de um determinado grupo ao longo do tempo sobre o espaço, portanto pode ser “temporário” ou “permanente” e tem validação em diferentes escalas, não apenas como “território nacional sob gestão do Estado-nação.” Em suas palavras:
“O território é produzido espaço-temporalmente pelas relações de poder engendradas por um determinado grupo social, dessa forma, pode ser temporário ou permanente e se efetiva em diferentes escalas, portanto, não apenas naquela convencionalmente conhecida como o “território nacional” sob gestão do Estado-Nação. (SAQUET apud CANDIOTTO, 2004, p. 81).
Como explica SAQUET, um território nacional, não necessariamente será governado por um Estado-Nação. O Califado, por exemplo, é a forma islâmica monárquica que concentra o poder na mão do Califa, sucessor de Maomé, tendo como objetivo governar para todos os mulçumanos, com sua própria lei (sharia). (Cade a referência) Mesmo que o Estado Islâmico não pretenda ser um Estado-nação e sim um Califado, ele atua a partir de relações de poder e dominação de territórios, entrando em conflito diretamente com diversos Estados e seus atores. Quando ele ganha um conflito e se apropria de uma cidade ele não somente ganha um território, mas também uma população e seus recursos. Portanto, em um Califado há poderes políticos, econômicos, sociais além de uma jurisdição própria, como em qualquer Estado-Nação (que poderem são essses?)
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