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ENSINANDO OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL A COMPREENDER A DINÂMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO ATRAVÉS DO ELEMENTO TERRITÓRIO

Por:   •  7/3/2019  •  Artigo  •  2.592 Palavras (11 Páginas)  •  276 Visualizações

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ENSINANDO OS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL A COMPREENDER A DINÂMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO ATRAVÉS DO ELEMENTO TERRITÓRIO

Alessandra Almeida Oliveti¹

Rosinéia da Silva Oliveira¹

INTRODUÇÃO

O estudo da geografia e de fundamental importância, para compreendermos o significado do que e como o espaço geográfico está presente na vida do sujeito,conhecer sua história e entende - lá.

Sendo assim estudar território através da geografia, traz para o aluno conhecimento e auxiliando de maneira ampla de como sua conexão com outros territórios e de suma importância, as formas de apropriação do espaço é ocupação, as relações de poderes existentes na sociedade e que justificaram sua delimitação.

Assim a realização deste trabalho tem como objetivo trazer novas práticas para geografia em sala de aula com novos instrumentos que excite os alunos, proporcionando o conhecimento satisfatório do sujeito.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

A Declaração Mundial de Educação para todos de 1990, buscou um novo tipo de escola, que buscassem atender as necessidades mínimas e básicas de aprendizagem, como eixo principal o desenvolvimento humano, visando o atendimentos as diferenças individuais e sociais e a integração social (LIBÂNEO, 2012).

A escola tradicional perdeu seu espaço para uma escola que melhor se adaptasse ao meio, que identificasse as necessidades e anseios de um novo mundo, mais globalizado e que necessitava de mão de obra capacitada para seu desenvolvimento, assim podemos disser que surgiu um dualismo nas escolas, uma escola que aprimorasse necessidades básicas que incluísse socialmente os “rejeitados” que buscasse obras sociais, e de outro lado uma escola que preparasse grandes e prósperos “comandantes” do novo mundo, uma escola para “ricos”.

[...] as necessidades básicas de aprendizagem transformaram-se num “pacote restrito e elementar de destrezas úteis para a sobrevivência e para as necessidades imediatas e mais elementares das pessoas” (p.40), bem próximas de ideias de que o papel da escola é promover conhecimentos ligados á realidade imediata do aluno, utilizáveis na vida prática (como acreditam, também, algumas concepções mais simplistas da ligação do ensino á vida cotidiana). Em síntese a aprendizagem se transforma em uma mera necessidade natural, numa visão instrumental desprovida de seus caráter cognitivo, desvinculada do acesso a formas superiores de pensamento (LIBANEO, 2012, apud TORRES, 2001).

        O papel do professor nesta nova escola inclusiva se restringe ao papel de apoio, de auxiliador da inclusão, reduzindo seu papel na formação cognitiva dos alunos. O professor agora passa a ter métodos baseados em livros e técnicas didáticas que devem ser seguidas, limitando muitas vezes sua forma de ensinar.

O que as políticas educacionais pós-Jomtien promovidas e mantidas pelo banco mundial escondem, portanto, é o que diversos pesquisadores chamaram de educação pra a reestruturação capitalista, ou educação para a sociabilidade capitalista. As análises mais críticas dessas reformas educacionais são unanimes em afirmar que o pacote de reformas imposto aos países pobres gerou um verdadeiro pensamento único no campo das políticas educacionais[...], (LIBÂNEO, 2012).

Devemos entender que uma escola não deve ser apenas baseadas em métodos e formulas já elaboradas de ensino, ela deve abranger um todo mais amplo, buscando uma formação de currículo voltada ao conhecimento sistematizado.

[...] o conteúdo fundamental da escola se liga a questão do saber, do conhecimento. Mas não se trata de qualquer saber, do conhecimento. Mas não se trate de qualquer saber e sim do saber elaborado, sistematizado. O conhecimento de senso comum se desenvolve e é adquirido independentemente da escola. Para o acesso ao saber sistematizado é que se torna necessária a escola (SAVIANI, 2016).

A existência da escola não basta apenas para difundir um saber sistematizado, é necessário viabilizar a transmissão e assimilação, não perdendo de vista os conhecimentos gerados pelas relações sociais.

O papel da escola democrática será, pois, o de viabilizar a toda a população o acesso à cultura letrada [...], para se libertar da cominação, os cominados necessitam dominar aquilo que os dominantes dominam. Portanto, de nada adiantaria democratizar a escola, isto é, expandi-la de modo a torna-la acessível a toda a população se, amo mesmo tempo, isso fosse feito esvaziando-se a escola de seu conteúdo especifico, isto é, a cultura letrada, o saber sistematizado. Isto significa, segundo o dito popular, “dar com uma mão e tirar com a outra” [...], para ter acesso ao sabes espontâneo, á cultura popular, o povo não precisa da escola. Esta é importante para ele na medida em que lhe permita o domínio do saber elaborado (SAVIANI, 2016).

3 ÁREA DE CONHECIMENTO

Desde os primórdios da sociedade a geografia já era usada como uma ciência, capaz de fazer com que sociedades ganhassem guerras, através de estratégias e conhecimentos cartográficos, geomorfológicos e geológicos, se tornando uma forma de poder e de conhecimento, que passou a ser inseridos nas escolas como um saber aplicado não só área física, mas a área humana, onde agora não importava apenas o saber os conceitos do território, lugar, região e paisagem e espaço, necessitava se saber como estes conceitos estão interligados qual a relação com a sociedade.

O autor Yves de Lacoste em seu livro “A geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra”, trabalha com dois tipos de geografia dos Estados Maiores – a de origem antiga, e a geografia dos professores.

Desde o fim do século XIX pode-se considerar que existe duas geografias: uma, de origem antiga, a geografia dos Estados-maiores é um conjunto de representações cartográficas e de conhecimentos variados referentes ao espaço; esse saber sincrético é claramente percebido como eminente estratégico pelas minorias dirigentes que o utilizam como instrumento de poder. E a outra geografia, a dos professores, que apareceu há menos de um século, se tornou um discurso ideológico no qual uma das funções inconscientes é a de mascarar a importância estratégica dos raciocínios centrados no espaço. Não somente essa geografia dos professores é extirpada de práticas políticas e militares como de decisões econômicas, mas ela dissimula, aos olhos da maioria, a eficácia dos instrumentos de poder que são as analises espaciais. Por causa disso, a minoria no poder tem consciência de sua importância, é a única a utilizá-las em função dos seus próprios interesses e esse monopólio [...] (LACOSTE, 2001)

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